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    quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

    José Bastos

    17 de Outubro de 1929. Guarda-redes.
    Épocas no Benfica: 11 (49/59 e 60/61). 
    Jogos: 196. Titulos: 3 (Campeonato Nacional), 5 (Taça de Portugal) e 1 (Taça Latina).
    Outros Clubes: Atlético e Beira Mar. 

     
      
    Equipa 1950/1951

    Martins havia sido o guarda-redes dos anos 40. Para o substituir, já no poente da carreira, perfilaram-se Pinto Machado e Contreiras. Revezaram a titularidade, durante duas temporadas (47/48 e 48/49). Quando no começo da década de 50, emergiu um terceiro guardião, de nome Rosa, talvez não se prognosticasse que o novel reforço Bastos pudesse ganhar a corrida. Mas assim foi. Durante jogos a fio, com Rosa, Furtado, Bráulio ou Sebastião relegados para o banco das opções.

    Entrou no Benfica numa época dourada. Que o foi também pelo seu inestimável contributo. A Taça Latina passava a ser objecto de culto na sala de troféus do clube. Foi em 49/50. Com Jacinto e Fernandes; Moreira, Félix e José da Costa; Corona, Arsénio, Julinho, Rogério e Rosário. Nos tempos do WM, no seu apogeu. Houve finalíssima e tudo. Tudo? Tudo não, mais dois prolongamentos ainda. Ao minuto 134, Julinho sentenciou, fez o 2-1. Com letra pequena, escrevia-se Girondinos de Bordéus. Em caixa alta, Benfica. Era o primeiro grande titulo internacional. Bastos bravo havia sido.

    Intocável no seu posto, assim percorreu os quatro anos seguintes. Com três Taças de Portugal para festa fazer. Académica (5-1), Sporting (5-4) e FC Porto (5-0), na passarela estiveram do aparatoso desfile de graça vermelha. Já o Campeonato, esse, foi-se escapando. Por algum motivo, ainda na actualidade, badalados são os méritos dos Cinco Violinos do Sporting. “O Zé era um guarda-redes muito calmo, nada o perturbava, nada lhe causava intimidação; sem grande elasticidade, era sóbrio, abominava dar espectáculo, fazer defesas para a fotografia; não me lembro de ter sofrido um golo após ressalto, ele adivinhava a trajectória da bola”, no raio x do jornalista Alfredo Farinha.

    Nas épocas de 54/55 e 55/56, perdeu a titularidade para o novo recruta Costa Pereira. No biénio imediato, a sub-rogação, outra vez primeiro foi. As hostes benfiquistas dividiam-se. Para uns, Bastos; para outros, Costa Pereira. Ganharia a juventude à experiência. Assim aconteceu no termo da década de 50, vivia-se o limiar das subjugantes exposições internacionais do Benfica.

    José Bastos ainda hoje integra a meia centena de jogadores mais utilizados na vida do clube. Aproximou-se dos 200 jogos oficiais, com saldo de três Campeonatos, cinco Taças de Portugal e uma Taça Latina. E aquele pequeno-grande detalhe, da humildade. Que mais valorizava o aprumo e a categoria com que subiu a escadaria principal de acesso ao salão nobre das glórias benfiquista.

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