Lisboa. 19 de Abril de 1929. Médio.
Épocas no Benfica: 6 (54/60).
Jogos: 140. Golos: 1.
Títulos: 3 (Campeonato Nacional) e 3 (Taça de Portugal).
Outros clubes: Oriental. Internacionalizações: 1.
Épocas no Benfica: 6 (54/60).
Jogos: 140. Golos: 1.
Títulos: 3 (Campeonato Nacional) e 3 (Taça de Portugal).
Outros clubes: Oriental. Internacionalizações: 1.
Tão perfeito e rápido era na execução do desarme que a dúvida persistia. Qual foi o pé utilizado? Ganhou, por isso, alcunha. Três Pés lhe chamaram. Era lisonja. E Alfredo gostava. Nasceu na Lisboa popular, na Lisboa pobre. No Oriental começou a luzir, lá por Marvila. Alfredo era extremo-direito, naquela tendência juvenil para viver mais intimamente ligado ao golo. O Sporting namorou-o. Ainda se treinou de verde, por uma única vez. Agradou, rogaram-lhe que ficasse, usou expediente adequado. O pai não autorizava. Era mentira, era vermelho o coração. Do Benfica.
Já sénior, já defesa, investiram, então, o Belenenses e o FC Porto. Debalde também. Só poderia ser outro, o caminho. Finalmente aberto, pouco depois. A paciência deu lugar à impaciência. Benfiquista de alma, agora também de ficha. Queria apresentar-se ao serviço.
O desvairo iniciou-se em 54/55. Era mesmo para alucinar. Campeonato e Taça no bornal. Com as impressões digitais de Costa Pereira, Jacinto, Artur Santos, Coluna, Caiado, Ângelo, Palmeiro, José Águas, Arsénio. Também já as de Alfredo. Parecia fácil jogar ao lado de campeões. Continuava a destacar-se na leveza com que desarmava os oponentes. Frugal, perseverante, eficaz, ficavam-lhe bem os adjectivos.
Já sénior, já defesa, investiram, então, o Belenenses e o FC Porto. Debalde também. Só poderia ser outro, o caminho. Finalmente aberto, pouco depois. A paciência deu lugar à impaciência. Benfiquista de alma, agora também de ficha. Queria apresentar-se ao serviço.
O desvairo iniciou-se em 54/55. Era mesmo para alucinar. Campeonato e Taça no bornal. Com as impressões digitais de Costa Pereira, Jacinto, Artur Santos, Coluna, Caiado, Ângelo, Palmeiro, José Águas, Arsénio. Também já as de Alfredo. Parecia fácil jogar ao lado de campeões. Continuava a destacar-se na leveza com que desarmava os oponentes. Frugal, perseverante, eficaz, ficavam-lhe bem os adjectivos.
Viveu mais quatro anos em alta. Antes do Mundial da Suécia de 58, numa entrevista, considerou “aquele interior do Santos, chamado Pelé, o jogador mais difícil de marcar”. Tinha olho vivo. De José Águas, ainda militava no Oriental, havia dito algo semelhante. Também não se equivocou. Águas, agora, companheiro de equipa ou uma enxaqueca a menos. Com ele, com os outros, ganhou três Campeonatos e três Taças de Portugal. Até ouviu A Portuguesa, inamovível e trajado a rigor, em jogo internacional.
A despedida bem poderia ter sido na temporada de 59/60. Nos arrebaldes de Lisboa, no Jamor, com cartaz de pompa. Era a final da Taça. Pela primeira vez, um Chefe de Estado desceu ao relvado. Cumprimentou Américo Tomás. Poderia também ter cumprimentado uma gigantesca onda vermelha. Seria o adeus em apoteose.
Alfredo prosseguiu mais uma época no Benfica. Tão-só para um jogo fazer. Madrasto, o tempo, já não era o mesmo Três Pés. Mas assim ficou, com justiça, na selecta benfiquista.
A despedida bem poderia ter sido na temporada de 59/60. Nos arrebaldes de Lisboa, no Jamor, com cartaz de pompa. Era a final da Taça. Pela primeira vez, um Chefe de Estado desceu ao relvado. Cumprimentou Américo Tomás. Poderia também ter cumprimentado uma gigantesca onda vermelha. Seria o adeus em apoteose.
Alfredo prosseguiu mais uma época no Benfica. Tão-só para um jogo fazer. Madrasto, o tempo, já não era o mesmo Três Pés. Mas assim ficou, com justiça, na selecta benfiquista.
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