«Quando se atira a bola a um bebé, o reflexo natural dele é agarrá-la com as duas mãos. O meu filho chutava-a com o pé esquerdo.»
A frase pertence a Dona Totta, mãe de Maradona. Nela cabe toda a perfeição da mais pura definição do génio que nasceu para jogar à bola.
Nasceu a 30 de Outubro de 1960, pelas 7.15 da manhã, na Policlínica Evita, em Lanús (Buenos Aires). Na Argentina brinca-se que quando Maradona nasceu, os médicos gritaram golo.
Se não gritaram, deviam ter gritado.
Ora como meio século é uma data que merece ser celebrada em grande, o Maisfutebol convida o leitor a uma viagem sem retorno: uma viagem por todas as histórias e vídeos de Maradona, com depoimentos de gente dentro, gente que viveu com o génio.
Está tudo num conjunto de textos que vão ser lançados a partir das zero horas e durante a tarde deste sábado.
No primeiro bloco vai viajar desde o nascimento até ao dia em que saiu para o Barcelona. Vai ler os depoimentos do irmão Raul e do filho Maradona Jr., vai recuar até Villa Fiorito com um amigo de infância, vai vestir a camisola do Cebollitas ao lado de um antigo colega.
Vai estar com o treinador Juan Carlos Montes quando o chamou ao plantel principal do Argentino Juniors e vai ser Rúben Giacobetti a cruzar a linha lateral para ser substituído por Maradona na estreia como sénior.
Vai perceber com Ricardo Bochini o que é ser o ídolo do ídolo de milhões, vai estar com Mario Kempes a recordar um almoço da concórdia entre os dois maiores dez do futebol argentino, vai ser Batista e saber o que é ser agredido por Maradona num Mundial.
Vai juntar-se a nós e gritar «Maradó, Maradó».
Mas porque este dia não é só de Maradona, é de todos nós, que amamos o futebol, tem de fazer parte da viagem: envie vídeos, envie textos, deixe-nos a sua homenagem. Venha enfim celebrar o génio.
É fácil: imagine que é Maradona e tem uma bola nos pés.
Pena a droga em que se meteu.
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