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    domingo, 26 de setembro de 2010

    Álvaro Gaspar Pinto





    Oeiras. 27 de Fevereiro de 1912-1969. Defesa.
    Épocas no Benfica: 12 (34/46).
    Jogos: 305. Golos: 6. 
    Títulos: 3 (Iª Liga), 3 (Campeonato Nacional), 3 (Campeonato de Lisboa) e 3 (Taça de Portugal).
    Outros clubes: Carcavelinhos. 
    Internacionalizações: 7.



    Poucos se poderão gabar de um papel tão propulsor quanto o de Gaspar Pinto no Benfica. Jogando na retaguarda, emocionalmente sugeria ser o primeiro da linha da frente. Um futebolista intratável. Duro, arrojado, pungente. No colectivo, combatia qualquer vestígio de laxismo. Por amor à chama sagrada. Ao Benfica.

    Expressão da sua longevidade, entregou-se à causa garrida de 1934 a 1946, na caderneta de títulos, no numero de três sempre presente – três Campeonatos Nacionais, também três I Ligas, mais três Campeonatos de Lisboa, ainda três Taças de Portugal. Conterrâneo foi de Gustavo Teixeira, Albino, Vítor Silva, Valadas, Espírito Santo. Ao debute assistiu de Francisco Ferreira, Teixeira, Rogério, Julinho, Arsénio, Moreira, Jacinto. Era referência obrigatória de um Benfica ainda nos tempos do mais terno amadorismo. Mas já à procura da estrada do sucesso, na rudimentar semiótica do profissionalismo. E em plena sala de espera da Taça Latina, o troféu que haveria de arrebatar, quatro anos depois do abandono de Gaspar Pinto. A sua influência era tão acentuada que Rogério de Carvalho, o célebre Pipi, confessava ter “sentido receio, no primeiro ano, por estar rodeado de craques como ele, Albino ou Francisco Ferreira, ídolos da juventude, cujo os cromos com as caras deles saíam nos rebuçados da altura”.

    Para os anais ficaram duelos que protagonizou com Fernando Peyroteo, genial avançado do Sporting. A palavra de ordem era desestabilizar. Física ou verbalmente. Não poucas vezes, Gaspar Pinto foi acusado de falta de lealdade. O ferrete provocava-lhe irritação e era “nos campos a vibrar”, do poema imortal de Paulino Gomes Júnior, que sempre o demonstrava.


    Equipa de 1935/36


    Nasceu em 1912, ano da morte do maratonista do Benfica, Francisco Lázaro, nos Jogos Olímpicos da Suécia. Pelo Carcavelinhos chegou à Selecção Nacional. Só depois vestiu a camisola da águia, aumentado para sete o número de internacionalizações. Vítor Gonçalves, uma das mais notáveis personalidades do universo benfiquista, foi o seu primeiro treinador. Com o húngaro Janos Biri terminou a carreira, num encontro disputado na Tapadinha (2-3), frente ao Atlético. Para trás ficavam mais de três centenas de jogos na equipa de honra, marca apenas conseguida por outros 25 jogadores ao longo da centenária viagem.

    Gaspar Pinto era um dos mais populares atletas do clube. Os adeptos reviam-se nele, na sua abnegação, na sua vontade indómita de vencer. Durante anos, foi lembrado com saudade. E porque a “memória… é onde tudo acontece para nos pertencer”, como escreveu Virgílio Ferreira, Gaspar Pinto pertence-nos, pertence à antologia benfiquista.

    1 comentário:

    1. Bem, eu não sei se essa foto do jogador em cima seria para identificar o jogador Álvaro Gaspar Pinto ou apenas uma foto alusiva ao Benfica. É porque esse jogador nessa foto não é Álvaro Gaspar Pinto mas sim Álvaro Gaspar, um jogador mais antigo (1911/1914) que jogou no tempo de Cosme Damião e que morreu prematuramente. Um craque na sua altura, tal como foi Álvaro Gaspar Pinto. Seja como for, muito interessante o artigo e parabéns pelo site!

      Saudações Benfiquistas

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