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    sábado, 30 de janeiro de 2010

    Aldair Nascimentos dos Santos.

    Ilhéus, Brasil. 30 de Novembro de 1965. Defesa.
    Épocas no Benfica: 1 (89/90). 

    Jogos: 33. Golos: 6. 
    Títulos: 1 (Supertaça).
    Outros clubes: Flamengo e Roma. Internacionalizações: Brasil.





    Primeiro, chegou Mozer, um dos melhores do Mundo na sua posição. Depois, Ricardo Gomes, para compor a mais imperial dupla de sempre. Por fim, Aldair, uma promessa de nível internacional. Aos três centrais brasileiros muito ficou a dever o Benfica, nas transição das décadas de 80 e 90.

    As insistentes abordagens de algibeira cheia não poderiam deixar os responsáveis benfiquistas indiferentes. Mozer partiu para Marselha, Ricardo foi considerado inegociável. Duo desfeito, baterias apontadas para o inesgotável filão brasileiro. O alvo era Aldair, central do Flamengo, de 24 anos, já internacional canarinho. Apresentou-se ao serviço, consumado o enlace, disposto a mitigar as saudades de Mozer. Sólido e correlativo foi o dueto que então formou com Ricardo, naquela época de 89/90.


    Eriksson estava de regresso, após cinco anos de suspiro pela águia, relegando o campeão Toni para técnico adjunto. O Nacional discutia-se a duas vozes. Mais alto cantou o FC Porto, através de quatro pontos à melhor na hora do acerto de contas. A Supertaça Cândido de Oliveira, essa, não escapou, com a devida vénia ao vencido, o Belenenses. A nível internacional, o Benfica, como dois anos atrás, atingiu a final dos Campeões. Para a trajectória imaculada muito contribuiu Aldair, ausente apenas um jogo, por razões clínicas. Que não o da meia-final, com o Marselha, na Luz, esse mesmo da mão de (Deus) Vata.

    A 23 de Maio, no Estádio Prater, em Viena, o Benfica repetia a final de 62/63, com o AC Milan. Pela frente tinha a melhor equipa do Mundo a nível de clubes, com os holandeses Gullit, Van Basten, e Rijkaard no topo das carreiras. Aldair e Ricardo estiveram quase insuperáveis, contrariando os tiques ofensivos do antagonista. O jogo foi equilibrado e revelador do receio mútuo das duas formações. Mais feliz, o Milan, por intermédio de Rijkaard coloriu o marcador. De nada valeram as preces de Eusébio na sepultura de Guttmann. A maldição continuava. Aldair não seria campeão da Europa.

    Para começo de viagem, o ano apresentava resultados favoráveis. O jogador exibiu-se nas montras principais. Tecnicamente equipado. Tacticamente calçado. Emocionalmente agasalhado. E não era saldo, antes produto de primeira qualidade. Por isso, valeu cerca de um milhão de contos ao Benfica, quando transaccionado para a Roma.

    Uma só época jogou Aldair na Luz. Ele que viria, como prova de afeição, a ultrapassar dez anos de permanência na capital italiana. Poderia ter sido assim no Benfica, não ditasse lei o dinheiro. Mas sempre ficou a imagem, a saudade mesmo, de um jogador diletante.

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