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    quinta-feira, 5 de outubro de 2017

    A Taça que não pode ser para os pequenos




    O futebol maior do nosso país raramente sai da zona litoral, a sua zona da conforto, e, quando o faz, é por via da Taça de Portugal.
     
    Primeiro fazem-se as regras. Na primeira oportunidade, contrariam-se essas regras. Esclarecendo: em tempos, foi decidido que na primeira eliminatória da Taça de Portugal em que entrem as equipas grandes, leia-se Liga NOS, é obrigatório que os jogos que sejam encontrados no sorteio se realizem sempre no terreno dos tidos por mais pequenos.

    Por força desse sorteio realizado recentemente, ao Sporting coube a deslocação a Oleiros, ao Futebol Clube do Porto uma saída até Évora, tendo o Benfica como adversário o Olhanense na cidade do sotavento algarvio.

    De imediato, surgiram as primeiras reacções negativas: tanto em Oleiros como na cidade museu não há condições satisfatórias para que os jogos sorteados ali se disputem.
    No caso do Lusitano foram até adiantadas alternativas, no caso Campo Maior, Setúbal e até, imagine-se, o Estádio do Restelo.

    O Lusitano de Évora foi um clube dos mais prestigiados nos anos 50, com equipas que fizeram a delícia dos adeptos do futebol e conquistaram posições de grande relevo.
    Oleiros tem uma história muito mais recente, mas merece louvor o esforço que tem vindo a ser desenvolvido numa vila da zona do pinhal interior, recentemente devastada por incêndios inclementes, que ainda povoam as nossas memórias.

    O futebol maior do nosso país raramente sai da zona litoral, a sua zona da conforto, e, quando o faz, é por via da Taça de Portugal. E quando tal acontece a festa ultrapassa os limites dos resultados do jogo, e fica a constituir um marco na história das pequenas colectividades.

    Exige-se, pois, que seja feito um esforço por parte de todas as entidades abrangidas por esta situação, com a Federação Portuguesa de Futebol à cabeça, para que a festa da Taça não sofra um rombo incalculavelmente pesado.

    A história de Évora merece esse esforço, e o entusiasmo de Oleiros também.

    Portanto, não os desiludam.


    in RádioRenascença

     

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