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    quarta-feira, 16 de maio de 2012

    Ao microfone: Shaffer


    Entrevista: O Jogo
    Quem: José Shaffer



    Shaffer chegou ao Benfica em 2009/10, mas nem tempo teve para aquecer, pois foi cedido por empréstimo ao Banfield. Daí deu um pequeno salto até ao Rosário Central e, na última temporada, seguiu para o União de Leiria. Entretanto, falta apenas uma temporada para expirar a sua ligação com o Benfica. Shaffer chegou à Luz cheio de ganas, mas nem oportunidade teve para demonstrar as suas qualidades. Os sucessivos empréstimos demonstram a desconfiança dos responsáveis encarnados e o próprio jogador, embora com uma elevada autoestima, não acredita na sua projeção de águia ao peito. O lateral-esquerdo argentino é simples, direto e fala sem complexos de Emerson e Capdevila, assumindo que o supercampeão espanhol é melhor do que o jogador brasileiro.
    Já teve alguma indicação do Benfica para se apresentar no clube no arranque da próxima época?
    A única indicação que recebi foi aqui do Leiria. Disseram-me para me apresentar no Benfica no dia 28 de junho, mas o meu papá vai falar, por estes dias, com os dirigentes para saber exatamente quando devo apresentar-me.
    Acredita que pode ficar?
    Sinceramente, não sei. Fiz uma boa temporada no Leiria, mas não sei se volto ao Benfica. É difícil acreditar nessa possibilidade porque ninguém falou comigo. Vamos ver o que acontece.
    Percebe-se que está ansioso?
    Claro. Quero ter uma oportunidade, quero demonstrar o meu valor. Penso que tenho lugar no plantel do Benfica.
    Ao longo da época foi seguindo as exibições de Emerson. Concorda com as críticas que se fizeram a este jogador?
    A verdade é que as coisas não lhe saíram nada bem. Não gostei de o ver no Benfica, não sei como era no seu anterior clube [Lille]. Mas também reconheço que não foi fácil para ele jogar com tanta pressão em todos os jogos. A partir de determinada altura, pareceu-me que não tinha condições para jogar. Era complicado para ele estar em campo.
    E Capdevila? Merecia ter tido mais oportunidades?
    Sem dúvida. É um jogador mais experiente, com alguma idade, mas é muito melhor do que Emerson.
    E perante este cenário, sente que poderia fazer alguma diferença se tivesse integrado este plantel?
    Poderia ter ajudado. Fiz bons jogos no campeonato, apresentei um bom nível e entendo que poderia ter sido útil ao Benfica.
    A verdade é que o Benfica está de novo no mercado à procura de uma solução para o lado esquerdo. Considera inútil essa procura poderiam apostar em si?
    Parece-me que não vale a pena irem buscar um lateral-esquerdo quando têm aqui um jogador como eu e não precisavam de gastar dinheiro. Deviam contar comigo.
    Que análise faz ao comportamento do Benfica esta temporada?
    Não foi uma época fácil. O Benfica esteve em muitas competições e acabou por pagar caro essa experiência. Não foi o ano que todos ambicionavam porque o Benfica quer sempre mais e mais. É preciso ganhar na próxima temporada, até porque os adeptos estão zangados.
    Sente que tem sido acompanhado pelo seu clube durante estes anos?
    Sempre que necessitei, o Benfica esteve ao meu lado. Tentaram resolver a minha vida, dando-me oportunidade de jogar noutros clubes. Portaram-se sempre bem comigo. Não tenho razões de queixa deste grande clube.
    Mas isso é o procedimento normal com os seus jogadores...
    Sim, é normal. No entanto, não deixa de ser importante sentir algum conforto. E eu sinto esse conforto com o Benfica.
    Desde que saiu do Benfica falou alguma vez com Jorge Jesus?
    Falei com ele depois do jogo na Luz, na semana passada. Cumprimentei-o como forma de agradecimento por me ter permitido vir para o Benfica. Agradeço muito a oportunidade que me deu. Tenho muito respeito por ele.
    E sente que Jorge Jesus confia em si?
    É difícil dizer. Não sei...
    O que lhe passou pela cabeça quando o plantel ou a maioria dos jogadores do União de Leiria rescindiu contrato?
    Apeteceu-me fazer exatamente a mesma coisa, mas eu não podia porque sou jogador do Benfica. Os dirigentes têm de perceber o que se passou e o que fizeram de mal para provocar esta situação.
    Mas também teve vontade de faltar aos jogos?
    É óbvio que tive vontade de faltar e estar ao lado dos meus colegas. Eles viveram uma situação dramática. Não nos podemos esquecer que têm família.
    Acabou por não sofrer porque está ligado ao Benfica e tem os seus ordenados em dia...
    Sim. Por isso, tive de respeitar a decisão dos dirigentes e cumprir com a minha obrigação.

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