Arrentela. 18 de Maio de 1943.
Guarda-redes.
Épocas no Benfica: 12 (66/77 e 78/79). Jogos: 298.
Épocas no Benfica: 12 (66/77 e 78/79). Jogos: 298.
Títulos: 8 (Campeonato Nacional) e 3 (Taça de Portugal).
Outros clubes: Arrentela e Atlético. Internacionalizações: 15.
Outros clubes: Arrentela e Atlético. Internacionalizações: 15.
Se, na Margem Sul do Tejo, o alfobre Barreiro ganhou destaque ao
conduzir farto contingente de jogadores para o Benfica, há também os
exemplos da Moita, do Montijo e de Almada. Na mesma faixa geográfica, do
Seixal, da popular Arrentela, haveria de chegar à Luz, pouco depois da
gesta dos Magriços, um guarda-redes de nome José Henrique, que no
Atlético Clube de Portugal tinha demonstrado surpreendente vocação. Cedo
passou a Zé Gato, cuja significância andará muito perto de
adjectivações como felino, ágil ou veloz. Ou talvez todas elas.
Viviam-se tempos de incerteza na baliza do Benfica. O melhor guarda-redes até então, Costa Pereira, estava no ocaso da carreira. Nascimento fez, durante alguns meses, a transição. José Henrique, por seu turno, não demorou a conquistar a confiança e logo partiu para uma duradoura etapa com o estatuto de intocável. Era já o dono das redes, quando participou na final da Taça dos Clubes Campeões Europeus, em Londres, frente ao Manchester United. No prolongamento, coincidindo com o sobressalto benfiquista, sofreu três golos, mas nem por isso deixaria de seduzir a exigente imprensa britânica.
Em Portugal, rivalizava com Vítor Damas. O sportinguista era mais elegante, mais bonito a defender, dir-se-ia. Mais José Henrique revelou-se mais eficaz. E desalojou o seu concorrente da equipa nacional, cumprindo 15 chamadas, 14 das quais consecutivas, sendo de evidenciar a presença na Minicopa. Batido apenas foi a cinco minutos do final, por Jairzinho, no triunfo do Brasil sobre Portugal, com o superlotado Maracanã em desespero, perante a forma como se apunha ao ataque dos então campeões mundiais.
Viviam-se tempos de incerteza na baliza do Benfica. O melhor guarda-redes até então, Costa Pereira, estava no ocaso da carreira. Nascimento fez, durante alguns meses, a transição. José Henrique, por seu turno, não demorou a conquistar a confiança e logo partiu para uma duradoura etapa com o estatuto de intocável. Era já o dono das redes, quando participou na final da Taça dos Clubes Campeões Europeus, em Londres, frente ao Manchester United. No prolongamento, coincidindo com o sobressalto benfiquista, sofreu três golos, mas nem por isso deixaria de seduzir a exigente imprensa britânica.
Em Portugal, rivalizava com Vítor Damas. O sportinguista era mais elegante, mais bonito a defender, dir-se-ia. Mais José Henrique revelou-se mais eficaz. E desalojou o seu concorrente da equipa nacional, cumprindo 15 chamadas, 14 das quais consecutivas, sendo de evidenciar a presença na Minicopa. Batido apenas foi a cinco minutos do final, por Jairzinho, no triunfo do Brasil sobre Portugal, com o superlotado Maracanã em desespero, perante a forma como se apunha ao ataque dos então campeões mundiais.
Eram os tempos da hegemonia absoluta do Benfica intramuros. Em 11 anos, venceu oito Campeonatos e três Taças de Portugal, chegando quase às três centenas de partidas oficiais. Nos últimos anos, teve Bento a morder-lhe os calcanhares. Não se acabrunhou, resistindo na fase inicial, mas acabando por ceder a defesa da baliza ao seu companheiro e amigo.
No Verão de 79, o Benfica prestou-lhe uma justa homenagem. De resto, ao serviço do clube se tem mantido, desenvolvendo trabalho muito apreciado no futebol juvenil. Por ele têm passado várias promessas e algumas certezas, como o caso de Moreira.
José Henrique foi sempre a imagem estampada da simplicidade. Parece que nunca soube quem foi, o que fez, quanto fez. Sabem-no, seguramente, os adeptos do Benfica.
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