quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

[Destino] Amaral: «Abaixo de Deus, o Benfica é o maior!»

Amaral: «Abaixo de Deus, o Benfica é o maior!»

Amaral teve duas passagens pelo Benfica, ambas curtas e por empréstimo, mas ficou no coração encarnado. Os adeptos criaram até um fundo, o «Fica, Amaral» para comprar o passe do médio, embora em vão. Ao Maisfutebol recorda a passagem por Lisboa, por um clube que passou a amar, e conta várias histórias da carreira, esclarecendo a alcunha de coveiro.
Amaral: Benfica (segunda metade de 1996/97 e segunda metade de 1997/98) Médio brasileiro que passou por duas ocasiões pelo Benfica, ambas curtas, mas suficientes para o nome de Amaral ficar no coração dos benfiquistas. Não foi pelos golos porque não marcou nenhum, nem pelas assistências, nem por ser um virtuoso. Foi pela «entrega», refere o próprio em conversa com o Maisfutebol, na qual recordou a passagem pela Luz, os pastéis de Belém que comia aos «dez por dia», o plantel do Parma com Buffon e Cannavaro, a seleção brasileira e ainda a participação num reality-show. Tinha ainda a alcunha de «Coveiro» que esclareceu ao nosso jornal.
Foi numa viagem de carro que nos atendeu o telemóvel e esteve uns longos minutos à conversa, com a alegria de sempre. Aliás, essa alegria é um dos motivos que o faz ser tão concorrido para ir à televisão.
«Quando você liga a televisão só vê sangue, então quando liga a televisão e vê o Amaral vai dar risada, vai ficar feliz.»


Recuámos então até dezembro de 1996 quando Amaral chegou ao Benfica por empréstimo do Parma, conjunto que o tinha contratado ao Palmeiras, onde se formou.
Entrou a meio da época, mas impôs-se logo nas águias e dali até ao fim da temporada fez 24 partidas, apenas uma como suplente utilizado. Esse Benfica acabaria por ser apenas terceiro na Liga e finalista derrotado da Taça de Portugal, perdida para o Boavista (2-3). Amaral relembra os bons amigos desse plantel. «Tenho vários amigos aí. Quando cheguei ao Estádio da Luz houve um cara que me deu muita moral que foi o João Vieira Pinto. Vi-o ser campeão europeu pela seleção portuguesa este ano e fiquei muito feliz. É uma pessoa com quem aprendi muito. Depois o Donizete e o melhor guarda-redes que joguei na minha vida, o Michael Preud’Homme», contou. O médio reconhece que o Benfica não vivia um bom período da sua história e relembra o famoso «Fica, Amaral»
«No Benfica eu estive muito bem, só que o clube passava por uma situação financeira difícil e não tinha condições de comprar o meu passe. Até houve uma iniciativa dos adeptos, o ‘Fica, Amaral’, na qual foram recolhidos fundos, mas não conseguiram chegar à quantia que o Parma queria pelo meu passe.» 

Para o brasileiro, o que os adeptos encarnados fizeram foi «muito gratificante» e diz mesmo que são «a melhor torcida do mundo». «Digo sempre aos meus companheiros no Brasil que o Benfica atualmente não tem conquistado títulos importantes como a Champions League mas graças a Deus é sempre campeão português. Para mim, a maior torcida que eu já vi na vida é a do Benfica. Em todos os lugares do mundo onde fui havia benfiquistas. Estive na casa do Benfica na Suíça há uns anos e há sempre benfiquistas que me recordam.» Apesar do tal fundo não ter resultado, Amaral voltaria ao Benfica pouco depois. No final de 1996/97 saiu das águias e foi cedido pelo Parma ao Palmeiras até ao término do ano no Brasil. Ora em dezembro de 1997, Vale e Azevedo, que se tinha tornado presidente do Benfica em outubro desse ano, resgatou o jogador. «Voltei com o Vale e Azevedo e tenho a certeza que mesmo não tendo conquistado títulos no Benfica, os adeptos têm um carinho muito grande por mim e eu também tenho um carinho muito grande por eles. Espero um dia regressar aí e ser homenageado, porque quando eu joguei no Benfica, eles viram que eu vesti a camisola com amor», explicou. Nesse ano era Graeme Souness o treinador dos encarnados, que não lhe deu muito tempo de jogo. Fez apenas quatro jogos logo em dezembro e janeiro e só voltou à ação em maio para mais uma partida. Isso foi um pormenor para Amaral, já que o seu amor ao Benfica não tem limites, reconhece.
«O benfiquista é apaixonado. Eu não sabia da grandeza do Benfica, só a descobri quando cheguei a Portugal e depois quando estive pela Europa, na Itália, na Turquia, na Polónia e depois na Austrália. Encontrei sempre portugueses e sempre falando do Benfica. Abaixo de Deus, o Benfica é o maior!»

E Amaral ainda acrescenta que quando vê este Benfica de agora, fica com ciúmes: «Gostaria de ter ficado mais épocas, às vezes até me tenho ciúmes porque atualmente têm um melhor plantel, um belo estádio, um centro de treinos. Na época não tínhamos a facilidade que os jogadores têm hoje.» Depois fica o aviso para quem representa hoje em dia o clube: «Que isso sirva de exemplo para eles jogarem com amor à camisola porque o Benfica é grande!» Amaral tem um grande amigo no plantel do Benfica que é Luisão e o médio já lhe transmitiu esta ideia: «Torço muito por ele, é um grande parceiro, um grande amigo.» O que é que Amaral tinha de especial para ser amado na Luz? Como já referido não foi pelos golos, pelas assistências ou pelo brilhantismo que Amaral ficou conhecido na Luz. O próprio explica:
«Foi pela minha entrega dentro de campo, não fui um jogador que fiz muitos golos, mas quando vestia a camisola do Benfica e entrava na Luz lotada, mais de 90 mil pessoas, com a águia descendo do céu... não tinha como você não inspirar e ‘comer a grama’

De imediato recorda um exemplo dessa «entrega»: «O jogo que me marcou mais no Benfica foi quando me lesionei. Levei 10 pontos perto do joelho e vi o sofrimento dos torcedores. Os médicos disseram que ia parar um mês e eu em quinze dias estava pronto com a perna ligada. Foi isso que conquistou os corações dos benfiquistas.» Só que Amaral era «entrega» dentro de campo e «risada» fora dele. Diz o médio que eram tantos diariamente que não se lembra de todos, mas destaca um logo após a chegada.
«Lembro-me de um episódio quando cheguei aí e precisava de colocar uma coisa no meu armário. Fui à secretaria e perguntei à senhora: ‘Me empresta um durex [fita-cola no Brasil], preciso colar na parede uma coisa e tal...'. Ela me 'xingou', me 'escolachou'. Eu fiquei puto, caramba. Fui com toda a educação pedir um durex. Depois fui para o balneário e falei para o roupeiro. 'Fui à secretaria pedir um durex e a Dona Paula me 'escolachou'. E ele disse-me: 'Não, rapaz, Durex é camisinha'. Eu não sabia!»

O convívio com o «amigo Buffon», Cannavaro, Ancelotti, Rui Costa e Nuno Gomes Amaral chegou à Luz por empréstimo do Parma em 1996, clube que tinha comprado o seu passe no verão desse ano. Antes de rumar a Portugal ainda fez uns jogos pelos italianos, um deles em Guimarães, na estreia de Gianluigi Buffon em jogos europeus. Os vimaranenses venceram por 2-0 e eliminaram o Parma da Taça UEFA. Vítor Paneira abriu o marcador aos 16 minutos e Ricardo Lopes fez o segundo aos 50’, já sem Amaral em campo, que foi titular e saiu ao intervalo. Amaral recorda esse jogo e sobretudo o «amigo Buffon». «Buffon tinha um bom talento, tinha uma sombra muito grande que era o Bucci, que era selecionado para a seleção italiana. O Buffon esteve sempre a correr por fora e quando ele teve a oportunidade entrou e não saiu mais. Está hoje aí ainda, é a estrela maior da Juventus.»

O guarda-redes tinha 19 anos na altura e foi nessa época de 1996/97 que se começou a afirmar, realizando 29 jogos. Atualmente, Amaral e o capitão da seleção italiana ainda conversam. «O Buffon é um grande amigo, até hoje ainda temos contacto. Ele veio aqui ao Brasil para disputar o Mundial, mas não tivemos a possibilidade de nos encontrarmos. Às vezes a gente conversa pelo Whatsapp. Foi uma pessoa com quem aprendi muito, também com o Fabio Cannavaro, que estava nessa época.» Era uma grande equipa e os dois internacionais pela Squadra Azzurra são só dois bons exemplos. Amaral dá mais: «O Parma era uma equipa muito forte. Tinha ainda o Lilian Thuram, o Zola, que era considerado o sucessor do Roberto Baggio. Tínhamos um elenco maravilhoso e um treinador que estava a começar e que hoje é dos melhores do mundo, Carlo Ancelotti.» Havia ainda o sueco Tomas Brolin, o jovem Hernán Crespo, Mario Stanic, Dino Baggio, Zé Maria ou Roberto Sensini. O brasileiro diz que aprendeu muito naquele pequeno tempo no Ennio Tardini, apesar das dificuldades linguísticas. «Não entendia muito o italiano (risos), mas o que eu entendi foram tudo coisas que acrescentaram na minha carreira e que me fizeram evoluir e crescer.»

Acabaria por ser emprestado ao Benfica, depois ao Palmeiras, novamente ao Benfica e fez mais duas passagens pelo «seu» Brasil: Corinthians e Vasco da Gama. Após isso chegou à Fiorentina, na qual fez duas épocas: 2000/01 e 2001/02. Em Florença, cidade da qual tem grandes recordações, jogou com dois portugueses que tal como ele nutrem um grande amor pelo Benfica. «Tive a possibilidade de jogar com o Nuno Gomes no Benfica e na Fiorentina. Com o Rui só na Fiorentina. É uma pessoa que aprecio muito, com quem aprendi muito, é um dos ‘camisas’ 10 que todos os clubes queriam ter. O Milan adquiriu-o depois da Fiorentina entrar em falência. Felizmente, tive a possibilidade de ser campeão da Copa de Itália com ele.» Amaral foi internacional brasileiro por 13 ocasiões. Quando fala sobre isso deixa uma opinião curiosa: «Foi uma oportunidade muito grande. Sempre dei valor à seleção brasileira, mas em primeiro lugar dava valor ao meu clube, porque é através do clube que pagava o meu salário, que cheguei à seleção. Não podia jogar mal no clube porque ia jogar mal na seleção.»

Preud’Homme, Helton e Buffon: o que têm em comum?
Amaral estreou-se na equipa sénior do Palmeiras em 1993 e só terminou a carreira em 2015, ao serviço do clube da sua terra, o Capivariano. Tinha 42 anos. Na sua longa carreira, na qual passou por 20 clubes em oito países diferentes e quatro continentes distintos, Amaral não hesita em destacar três senhores das balizas com quem jogou. «Digo sempre que tive o privilégio de jogar com três grandes guarda-redes, os melhores com que joguei: Preud’Homme, Helton e Buffon.» Em Parma encontrou Buffon como já referido, em Lisboa, o belga, que para si era o melhor:

«Era impressionante, tinha uma facilidade de encaixar, não soltava uma bola. Vê-se aí muitos guarda-redes que soltam a bola, e às vezes eu falo: ‘Porra, com o Preud’Homme chegavam cara a cara e ele não soltava. Parecia que tinha um super-gum [pastilha elástica] no peito’.» 

«Coveiro? Não! Eu enfeitava e maqueava os defuntos» Amaral é conhecido como o «coveiro», já que diziam que antes de ser futebolista trabalhava no cemitério a abrir covas. Afinal é mentira:

«Eu trabalhava numa funerária, mas não fazia covas. Eles falavam que eu era coveiro, mas eu era agente. Eu enfeitava e maqueava os defuntos, que já estavam com a cara triste  e eu fazia na cara deles uma risada no caixão.» 

Ri-se Amaral depois de contar isto, mas logo a seguir conta mais uma história digna de gargalhada. Em 2015, o ex-jogador participou no reality-show denominado A Fazenda, uma experiência diferente e «sofrida»
«Foi uma experiência legal, muito sofrida que durou 14 dias. Olha, tive uma prova lá em que tinha de ficar a dormir com um cavalo e o cavalo ‘peidava’ a noite toda. Os meus companheiros achavam que era eu que estava ‘peidando’. Foi uma risota, mas foi legal!»
Atualmente, Amaral vai participando nesse tipo de eventos, comenta futebol na televisão, é protagonista em publicidades e joga ainda numa seleção de veteranos do Brasil. Já em fase de despedida, de uma conversa longa enquanto conduzia, Amaral reiterou a vontade de regressar a Lisboa e há algo de que tem muitas saudades. 

«Espero voltar a Portugal e a Lisboa, mas não só ao Estádio da Luz. Quero voltar a Belém, comer aquele pastelzinho que eu ia sempre. Comia 10 por dia». 

Não resistimos: ‘Mas como é que alguém que comia tantos pastéis de Belém conseguia estar em forma?’ 

«Depois eu corria tanto dentro de campo que as ‘gordurinhas’ saíam todas!» Risos e mais risos e uma despedida com o seu clube do coração em foco.
«Deus vos abençoe. Força Benfica!» 

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Equipa de sonho de Rui Costa



Desafiado pela Sky Sports a escolher o melhor onze baseado nos colegas de equipa que teve ao longo da sua carreira, Rui Costa colocou uma equipa que, muito provavelmente, colocaria em respeito qualquer adversário. Eis as escolhas do atual administrador da SAD do Benfica.




Vítor Baía - "O melhor guarda-redes com o qual joguei foi o Vítor Baía, que foi meu colega na Seleção. Para além dele, não posso esquecer Toldo e Dida, mas o Baía é a minha primeira escolha. Apenas joguei com ele por Portugal, mas é um grande amigo e foi um grande colega. Era muito bom entre os postes e toda a equipa podia confiar sempre nele".

Cafú - "Colega de equipa dos tempos de Milan. Era um lateral que, por vezes, mais parecia um extremo. Foi para o Milan já nos seus 30 anos, mas destacou-se em todos os jogos".

Alessandro Nesta - "Foi provavelmente o jogador mais elegante com o qual atuei. Era muito rápido, tinha uma aceleração fantástica e tinha a sua forma particular de defender. Era brilhante nos duelos um para um e é um grande amigo meu".

Carlos Mozer - "Foi, provavelmente, o defesa em quem mais me inspirei, por causa da sua capacidade como atleta, a sua técnica e pelo facto de ser um vencedor".

Paolo Maldini - "Um grande capitão, futebolista, homem e colega de equipa. Quando jogámos juntos ele já tinha conquistado tudo, mas mostrava todos os dias aquela vontade de ganhar e passou isso para os colegas do Milan".

Andrea Pirlo - "Escolho o meu miúdo Pirlo, que curiosamente começou a jogar com número 10, a minha posição. Foi para o Milan para jogar a 10 e acabou por ser tornar no melhor 6 do Mundo. Foi provavelmente o jogador mais talentoso com o qual jogou".

Paulo Sousa - "Era brilhante taticamente. Tinha a capacidade para entender e antecipar o que estava a acontecer no jogo. Por isso o escolho para a minha equipa".

Luís Figo - "Ganhou a Bola de Ouro quando era meu colega. Foi provavelmente o melhor extremo que alguma vez vi. A sua capacidade no um para um e de cruzamento. Não era um extremo de ficar colado à linha, pois vinha muitas vezes para o meio, para jogar e criar situações".

Kaká - "Veio para o clube [Milan] ainda jovem e eu estava praticamente no final da carreira. Qualquer jogador que esteja perto de perder o seu lugar na equipa quer que o seu substituto seja um grande jogador e uma pessoa humilde. Ao intervalo de cada jogo olhava sempre para mim, para ver se tinha algum conselho para lhe dar. Foi uma honra fazer parte do seu crescimento".

Cristiano Ronaldo - "O que mais destaco no Ronaldo é a sua disciplina de trabalho. Teve sempre aquela 'fome' desde miúdo até chegar à Seleção Nacional e sabia que seria o melhor do Mundo".

Batistuta - "Somos amigos desde sempre, tínhamos uma relação fantástica dentro e fora do campo. De todos os avançados com os quais joguei, o Batistuta era aquele que tinha maior faro pelo golo. Podia marcar de qualquer lado. De cabeça, penálti, de fora da área, com as costas, ombro, calcanhar... Marcava golos de tantas formas. Não éramos a melhor equipa italiana, mas tínhamos a missão de ter o melhor ataque na Fiorentina".


segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Manuel Fernandes: «Voltar ao Benfica? Tem de ser numa altura como esta»



Ofertas concretas, concretas, isso nunca houve. O que me foi chegando foi sempre por intermédio de um conhecido, de um conhecido, de um conhecido... Apenas sondagens para medir a minha disponibilidade, creio.
Para voltar, tem de ser numa altura como esta, em que ainda pratico um bom futebol e tenho condições para ajudar e acrescentar.
Independentemente de as coisas não terem corrido da melhor maneira quando saí, foi ali que cresci e me tornei jogador de futebol. (...) Se um dia puder retribuir, com muito gosto.
O Benfica tem uma equipa muito sólida, cínica no sentido em que é capaz de marcar um golo e segurar essa vantagem. Hoje em dia, tem uma equipa madura, e isso é muito importante para se ser campeão. 


in Zerozero

sábado, 24 de dezembro de 2016

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

O estado do plantel


Após 25 jogos esta época (18 vitórias) já foram utilizados 27 jogadores (29 no lote de convocados).


Guarda Redes

Começou por ser titular Júlio César, na Supertaça, nos primeiros 5 jogos do campeonato, porém após a derrota em Nápoles, deu-se a troca na baliza. Ederson agarrou o lugar (à semelhança da última época) e já tem mais do dobro dos minutos.


Lateral Direita

Nélson Semedo tem sido dono e senhor do lugar, apenas não jogou nos 8ºFinal da Taça frente ao Massamá. De resto conta com 24 presenças a titular, 3 golos e 3 assistências.


Lateral Esquerdo

Aqui começam as lesões a terem impato nas escolhas do treinador. Começou Grimaldo (13 jogos) e com excelente registos, mas já está afastado à 2 meses e para o seu lugar foi chamado Eliseu (que perdeu o lugar no inicio da época, após o Campeonato da Europa). Após a lesão deste, foi chamado o "tapa buracos" André Almeida, que já fez 10 jogos, só não atuou na lateral esquerda no jogo contra o Massamá, onde se estreou Yuri da equipa B.

Centrais

Com Jardel (titularíssimo na última época) de fora por lesão praticamente desde o inicio da época até à pouco tempo, o centro da defesa tem se baseado em Lindelof. O sueco é o 3º jogador com mais minutos do plantel. Ao lado dele já esteve Lisandro (3 golos), beneficiando da lesão de Luisão, que voltou a partir da 7ªjornada, já contabilizando 17 partidas.

Médios Centro

A metade mais defensiva do médio campo está entregue ao incansável recuperado Fejsa, já com 21 jogos feitos e, por enquanto, sem lesões. A sua condição física tem sido gerida recorrendo a Samaris, ou em alguns casos para fechar o meio campo. O grego já tem 12 jogos, mas apenas 3 a titular. 
Danilo e Celis outras opções para o miolo não têm vincado, apesar do potencial do brasileiro, não ultrapassam os 400 minutos.
Na metade ofensiva, a aposta para substituir Renato Sanches, foi André Horta, jovem português e benfiquista. Mais uma vez as lesões levaram o treinador a mudar, e surgiu a necessidade de deslocar Pizzi da direita (e também fez alguns jogos à esquerda) para o centro do terreno para ser ele a pautar o jogo ofensivo do Benfica. É o jogador mais influente com 8 golos e 7 assistências, teve diretamente envolvido em 15 golos.

Alas

Salvio é a principal opção para o lado direito e Cervi para a esquerda, os dois com mais de 1400 minutos. Com Pizzi no meio, Carrillo passou a ser a 3ª aposta para entrar durante os jogos, apenas 4 vezes titular e nunca cumpriu os 90minutos. Zivkovic a entrar a conta gotas na equipa, surge agora o regresso de Rafa após lesão. Com a ausencia de Salvio, tem jogado sobre a direita, mas deverá ser sobre o lado esquerdo que deverá ficar.

Avançados

A frente do ataque tem alternado entre Mitroglou e Raúl. O grego com 9 golos é o melhor marcador da equipa, enquanto o mexicano com menos de metade dos minutos tem apenas menos 1 golo. Jonas está agora, depois de 4 meses, a regressar. Durante este tempo a aposta foi Gonçalo Guedes (jogou em 24 dos 25 jogos), tem estado em bom plano. O miúdo José Gomes também foi chamado numa altura de várias lesões no ataque.





quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Camisola de 2017/18 em homenagem a Eusébio




O portal 'Footy Headlines', habitualmente bem informado no que a novos produtos desportivos diz respeito, revela esta quarta-feira que a camisola do Benfica para a próxima temporada será inspirada nos equipamentos que foram utilizados pelas águias na era de Eusébio. De acordo com aquele site, o equipamento principal será uma homenagem ao Pantera Negra, devendo ser lançado em julho do próximo ano.
De acordo com o 'Footy Headlines', a nova camisola, que será de vermelho vivo e que terá na frente a publicidade da Emirates, deverá "quase de certeza" apresentar um colarinho clássico, conforme era utilizado na década de 60. Além deste pormenor, o mesmo site revela que os calções serão brancos e vermelhos, ao passo que as meias combinarão dois tons de vermelho.


in Record

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Benfica reforça-se na América do Sul



O Benfica terá assegurado a contratação do defesa/médio direito Simón Ramírez, de 18 anos, ao Huachipato, por 700 mil euros.
A imprensa portuguesa e chilena dá o negócio como fechado e avança que o internacional sub-20 pelo Chile vai chegar a Lisboa em janeiro para integrar a equipa B dos encarnados, ainda que o cenário de um empréstimo imediato também esteja a ser considerado.
Ramírez já leva 14 partidas na atual temporada ao serviço do emblema chileno e foi peça fundamental na qualificação da seleção para a Taça Sul-Americana de sub-20 que está prestes a iniciar-se. No entanto, o jovem de 18 anos não vai ser utilizado na fase final por pedido expresso do Benfica, segundo as notícias avançadas na imprensa chilena.
Quem também já estará ligado ao Benfica é Christian Arango, avançado colombiano de 21 anos que representa o Milionários. Arango trocou recentemente de clube - deixou o Envigado - por 1,5 milhões de euros, sendo que terá sido o Benfica a assegurar 90 por cento do passe e a emprestá-lo ao Milionários, ficando, por isso, com os direitos do jogador.

in Zerozero
 

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Caminho até à final



4º Final

Covilhã - Guimarães
Chaves - Sporting
Estoril - Académica
Benfica - Leixões



Meias Finais

Estoril - Académica  vs  Benfica - Leixões
Covilhã - Guimarães  vs  Chaves - Sporting

As meias finais serão disputadas a 2 mãos

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

[Destino] Donizete: «Continuo a ser um benfiquista da porra»

Chegou com o estatuto de craque, mas saiu pela porta pequena ao fim de pouco mais de cinco meses para esquecer no Benfica. Vinte anos depois, Donizete fala em «ciúmes» e «vaidade», mas lamenta ter ficado tão pouco tempo na Luz






DONIZETE: Benfica (1996/97) 


Esteve apenas meia temporada no Benfica, em 1996/97, um ano horribilis para o clube da Luz, que começou a época com uma derrota histórica diante do Porto em pleno Estádio da Luz (0-5), na segunda mão da Supertaça Cândido de Oliveira. Um jogo que marcou o plantel e condenou toda uma temporada. Donizete fala em «falta de união», em «ciúmes» e «vaidade», mas lamenta não ter ficado mais tempo no Benfica. 


Chegou com o estatuto de «craque», abrilhantado pelo facto de ter alcunha de, tal como Eusébio, «Pantera Negra», pela forma como festejava os golos, com as mãos em forma de garras, numa altura em que era chamado com frequência à seleção do Brasil. Chegou a encantar, formando dupla no ataque com João Vieira Pinto, mas acabou submergido na crescente contestação à direção de Manuel Damásio e ao treinador Paulo Autuori. Saiu do clube, pouco mais de cinco meses depois, no início de 1997, com o treinador, apontado como um dos muitos problemas que o Benfica tinha no balneário. 


«Não deu certo porque o grupo estava muito desunido. Isso atrapalhava muito, não só a equipa, mas atrapalhava também os jogadores que se queriam projetar. O Benfica tinha um grande plantel, tinha grandes jogadores, tinha jogadores de seleções, o João Pinto, o Panduru, o Valdo, o Preud’homme, mas faltava união», começa por recordar Donizete, desde o Rio de Janeiro, agora com 47 anos. 


A verdade é que a expetativa que se criou na pré-temporada, com a chegada de muitos reforços, desmoronou-se em dois tempos, com a disputa da Supertaça, na altura disputada em duas mãos. Depois de uma derrota pela margem mínima no Estádio das Antas, com um golo solitário de Domingos, o Benfica afundou-se em plena Luz, com uma goleada por 0-5 que deixou marcas. Donizete foi titular e jogou os 90 minutos. «Esse jogo deixou o time muito chateado, muito triste. Quando se perde, todos os jogadores brigam, apontam o dedo uns aos outros: não devias ter feito isto ou aquilo. Quando se ganha, é ao contrário, fica tudo bem», destacou. 



O segundo jogo, no Estádio da Luz, foi disputado um mês depois do primeiro. O Benfica estava outra vez com a moral em alta, com dez golos marcados nos dois jogos anteriores, com goleadas ao Ruch Chorzów (5-1), na extinta Taça das Taças, com um golo de Donizete, e ao V. Setúbal (5-1). Depois veio o FC Porto. «Perder em casa por 0-5 já era mau, ainda mais perder para o grande rival do Benfica. É como aqui [no Brasil] o Cortinthians perder para o Palmeiras ou o Flamengo para o Vasco. Muito mau», recordou. 


Os problemas começaram aqui. «O problema não era meu, o problema é que cada um queria ser melhor do que o outro, havia muita competição entre os lideres. O que aconteceu foi pela vaidade dos jogadores. Senti que eles ficavam chateados. Como estava na seleção, ia e voltava muitas vezes e o grupo não estava fechado, sentia que havia ciúmes. Uns ficavam chateados outros não, mas não havia união no grupo», recorda. 



Donizete ainda arrancou bons jogos e, até ao final de outubro, marcou oito golos, mas mesmo a relação com o João Pinto teve altos e baixos, segundo contam os jornais da altura. «Formei uma dupla com o João Pinto que era o líder do grupo, junto com o Valdo. Na altura falavam que tinha problemas com o João Pinto, mas não é verdade, o João Pinto era um grande amigo, nunca tive problemas com ele», referiu. 


O problema não era apenas com Donizete, havia de facto um problema de balneário que, segundo conta o nosso entrevistado, estava mesmo dividido. «Tinha muita vaidade, muito ciúme, fiquei muito chateado com isso. Senti que podia e queria ter dado muito mais ao Benfica. Hoje lamento ter saído tão cedo. Queria ter ficado mais tempo, queria ter feito história no clube», prosseguiu. 


Os casos multiplicaram-se, Paulo Autuori saiu e, pouco depois, Donizete seguiu-lhe as pisadas. A situação no balneário tinha ficado insustentável. «O ano do Benfica também foi difícil. Havia uma forte contestação à direção, muita gente queria que o presidente [Manuel Damásio] saísse, não era fácil. O ambiente não estava bom, falei com o treinador, Paulo Autuori e, quando ele saiu, saí junto com ele». 



Donizete foi, numa primeira fase, emprestado ao Tenerife, depois ao Flamego que acabou por comprar o seu passe a título definitivo. Uma decisão que o jogador lamenta até aos dias de hoje. Foi apenas uma temporada, mas Donizete não esquece a sua passagem pela Luz. «Não posso esquecer, tenho aqui um poster na parede com a equipa do Benfica. Tenho as camisolas que usei naquela altura e continuo a ser um benfiquista da porra. Estou sempre a ver os jogos. O Benfica agora está bem, está a jogar bem, tem uma grande equipa. Tem o Luisão e tem o meu grande amigo Júlio César na baliza», destacou. 


Sim, apesar de ter saído pela porta pequena, Donizete garante que manteve sempre uma relação especial com o clube da Luz e diz que nunca conheceu uma claque como aquela que o Benfica tinha no final dos anos noventa. «Gosto muito do Benfica, sempre gostei, um clube muito organizado, o ideal para um jogador se projetar. Arrependi-me muito de ter saído do Benfica da forma como saí. Se fosse hoje, tinha ficado mais tempo. Adorava aquela torcida, é melhor torcida que conheci enquanto jogador profissional, muito legal, sempre apoiando. Fui muito bem recebido e sempre me trataram com muito carinho. Nunca tive problemas com os adeptos, pelo contrário, sempre me trataram bem», recorda. 


A verdade é que Donizete também teve bons momentos. Marcou nove golos e há um que não esquece. Pelo menos o que a memória de vinte anos permite manter. «Já foi há muitos anos, mas não esqueço um que marquei em Moscovo, só não lembro do nome da equipa adversária…». Lokomotiv? «Isso mesmo!». O lance começa em Nica Panduru, que já tinha marcado um golo nesse jogo, Donizete combina com João Pinto e atira a contar. O Benfica venceu por 3-2 e seguiu para os quartos de final da Taça das Taças, onde acabaria por ser afastado pela Fiorentina de Rui Costa, Schwarz e Batistuta. 




«O Amaral era muito burro» 


Mas uma história que Donizete não esquece da sua passagem por Lisboa, foi um episódio que não se cansa de contar até aos dias de hoje. Aconteceu com Amaral, o «coveiro», outro internacional brasileiro que sentiu muitas dificuldades para se adaptar ao futebol português. «Ele não entendia o português falado pelos portugueses, era incrível. Teve de contratar um explicador para aprender e entender os portugueses, mas acho que, na verdade, nunca conseguiu. Eu gozava com ele toda a hora e explicava para ele que era a mesma língua, mas ele não entendia nada. Era muito burro o Amaral. Ainda hoje brinco com ele e conto essa história para os amigos aqui. Andava com um explicador para todo o lado», conta entre gargalhadas. 


A verdade é que Donizete mantém contato com outros antigos jogadores do Benfica. «Vou conversando com o Valdo, sempre que ele vem aqui no Brasil, também falo com o Mozer, mas gostava de recuperar alguns contatos. Que é feito do Calado? E o João Pinto, o que faz ele agora?», pergunta. 


Benfica perguntou por Renan, filho de Donizete 


Donizete, depois de deixar o Benfica, ainda teve uma longa carreira no Brasil, ao mais alto nível. Vestiu as camisolas do Corinthians, Cruzeiro, Botafogo, Palmeiras, Vasco, entre outros, até pendurar as botas em 2006. Ainda tirou o curso de treinador, mas optou por ser empresário, tirando proveito dos contatos que manteve no México onde também jogou. «Vivo aqui no Rio de Janeiro há mais de vinte anos, na mesma casa para onde vim quando deixei o Benfica e faço empresariado para vários jogadores», conta. 


Uma nova profissão que o levou a ter um contato esporádico com o Benfica. «O meu filho, Renan, joga no Flamengo, com o número dez. Há uns tempos falaram-me do interesse do Benfica, queriam que ele fosse para a formação de lá, mas depois não me chegaram a contatar mais. Não foi para a frente e ele continua no Flamengo», acrescentou ainda. 



A conversa acabou com Donizete a pedir contatos de empresários em Portugal e a manifestar o desejo de voltar a Lisboa para conhecer o novo Estádio da Luz. «O antigo era incrível, já me falaram que o novo é ainda melhor. Quero conhecer», atirou Donizete, um assumido adepto do Benfica que jogou pouco mais de cinco meses de águia ao peito. 


Modalidades [18 Dezembro]

Futsal


Modicus 3-4 SL Benfica



Hoquei


Lodi 6-7 SL Benfica 



Basket


Vitoria SC 68-65 SL Benfica



Volei


SL Benfica 3-0 Esmoriz



Andebol


Belenenses 30-31 SL Benfica




sábado, 17 de dezembro de 2016

Deputados criticam mas não se intrometem em perdão do Novo Banco ao Sporting



PSD e PCP consideram que perdão do Novo Banco, intervencionado pelo Estado, faz parte de atos de gestão do banco.


Do PSD ao PCP, os deputados não deverão tomar partido no polémico acordo estabelecido entre o Novo Banco e o Sporting para renegociar a dívida da SAD leonina, que o Novo Banco herdou do BES. A petição que pede a anulação do perdão de juros ao Sporting, por se tratar de um banco intervencionado pelo Estado, não encontrará simpatizantes no plenário, independentemente das preferências clubísticas.
O assunto vai esta quinta-feira a debate em plenário na sequência de uma petição pública que questiona os moldes do acordo que permitiu ao Sporting - na condição de aceitar uma profunda reestruturação financeira na sua operação - ter acesso a juros mais baixos no pagamento das suas dívidas e a um prolongamento de 10 anos no reembolso de 55 milhões de euros de Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis (VMOC), que terminavam a 17 de janeiro de 2016.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Federação confirma que Sporting tem 18 títulos e não 22


Campeonato de Portugal é contabilizado no site da FPF como prova antecessora da Taça, ao contrário das pretensões leoninas

Mesmo sem pronunciar-se oficialmente sobre o tema, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) tomou posição na polémica desencadeada pelo Sporting e contabiliza 18 títulos de campeão nacional para a equipa de Alvalade e não 22, como era pretensão do leonino presidente Bruno de Carvalho.
A FPF associa o Campeonato de Portugal à Taça de Portugal e a informação é confirmada através da consulta da lista de vencedores no seu sítio oficial, atualizado recentemente numa remodelação que está a ser levada a cabo ao longo dos últimos meses.
Nessa lista a federação acrescenta todas as equipas vencedoras do Campeonato de Portugal entre 1922 e 1938, confirmando que esta competição antecedeu a Taça de Portugal.
Desse modo, contraria a versão do Sporting, que alegava que esta competição deveria ser considerada como o campeonato nacional.




in MaisFutebol

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Tribunal rejeita recurso e Sporting terá de pagar 12 milhões à Doyen



Eis o comunicado:

Em virtude da decisão tomada pelo Supremo Tribunal da Suíça e de que hoje tomámos conhecimento, entende a Sporting Clube de Portugal – Futebol SAD fazer o seguinte esclarecimento:

1 – O Supremo Tribunal da Suíça decidiu não dar provimento ao recurso interposto pela Sporting Clube de Portugal – Futebol, SAD sobre o chamado “caso Doyen”. Nesse sentido, foi confirmada a sentença proferida pelo Tribunal Arbitral do Desporto de Lausanne (TAS) que condena a Sporting Clube de Portugal – Futebol, SAD ao pagamento de 12 milhões de euros à Doyen acrescidos de juros.

2 – A manutenção de situações como esta é uma das muitas razões que têm levado o Presidente do Sporting CP a manifestar publicamente, em inúmeras entrevistas, “vergonha” pelo estado em que se encontra o mundo do Futebol.

3 – Apesar de estarmos absolutamente convictos de que a razão nos assiste e está do nosso lado – e a prova de que é assim foi, não só o apoio manifestado pela FIFA e pela UEFA em diversas ocasiões à posição do Sporting CP sobre este tema em concreto e sobre a questão dos fundos em geral, mas também o facto de terem tido intervenção directa no processo – foi também afirmado em diversas Assembleias Gerais da SAD e do Clube e noutros fóruns que este era um processo que poderíamos perder tendo em conta o carácter cego da Justiça.

4 – A Sporting Clube de Portugal – Futebol, SAD reitera que os impactos financeiros decorrentes desta decisão já tinham sido integralmente provisionados nas contas da Sporting SAD, não apresentando qualquer risco para as mesmas, não sendo necessária a venda de activos como por exemplo a alienação de direitos desportivos de atletas, cumprindo as regras do Fair Play financeiro e a reestruturação financeira aprovada em 2013.

Próximos Jogos



Estoril - Benfica - 18 de Dezembro 
Benfica - Rio Ave - 21 de Dezembro 
Benfica - Paços de Ferreira - 29 de Dezembro (Taça da Liga)
Benfica - Vizela - 3 de Janeiro (Taça da Liga)
Guimarães - Benfica - 8 de Janeiro 
Guimarães - Benfica - 11 de Janeiro (Taça da Liga)
Benfica - Boavista - 15 de Janeiro 
Benfica - Tondela - 22 de Janeiro 
Setúbal - Benfica - 28 de Janeiro 
Benfica - Nacional - 5 de Fevereiro
Benfica - Arouca - 12 de Fevereiro
Benfica - Dormund - 14 de Fevereiro (Liga dos Campeões)

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

A história dos números - 8

Em 1995 o futebol nacional mudou, as equipas deixaram de jogar de 1 a 11 e os jogadores começaram a ter números fixos para toda a época.


Vamos conferir o número 8. Recorde os restantes...






95/96 João Pinto
96/97 João Pinto
97/98 João Pinto
98/99 João Pinto
99/00 João Pinto
00/01 Chano
01/02 -
02/03 Roger
03/04 Roger
04/05 Bruno Aguiar
05/06 Bruno Aguiar
06/07 Katsouranis
07/08 Katsouranis
08/09 Katsouranis
09/10 Ramires
10/11 Salvio
11/12 Bruno César
12/13 Bruno César
13/14 Sulejmani
14/15 Sulejmani
15/16 -
16/17 André Horta



Jogos (desde '95)

João Pinto 175 [56 golos]
Katsouranis 122 [15 golos]
Bruno César 60 [13 golos]
Ramires 42 [5 golos]
Salvio 39 [10 golos]
Sulejmani 34 [3 golos]
Roger 31 [5 golos]
Bruno Aguiar 30
Chano 24 [2 golos]
André Horta 10 [1 golo]


Destes 10 camisola "8", João Pinto, Salvio, Roger e Chano tiveram mais temporadas  no clube, ou foram anteriores ou com outros números. O maior destaque vai para o "menino de ouro" que sempre utilizou este número e fez 5 épocas com o número em exclusivo. Apenas 2 ultrapassaram a centena de jogos. Que falta nos fazia agora o "queniano" Ramires...

Qual o vosso preferido?

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Sorteio - 8º Final



Manchester City - Monaco
Real Madrid - Nápoles
Benfica - Dortmund
Bayern - Arsenal
Porto - Juventus
Leverkusen - Atl. Madrid
PSG - Barcelona
Sevilha - Leicester

Não vai ser facil jogar na Alemanha, é fundamental um bom resultado na 1ªmão na Luz.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Ademir Alcântara: e a paz entre Benfica e FC Porto acabou


Herói no Vitória Guimarães, o elegante brasileiro foi a figura do mercado de transferências em 1988. Vive em Curitiba e tem uma empresa de construção civil com Nené, outro antigo vitoriano




DESTINO: 80's é uma rubrica do Maisfutebol: recupera personagens e memórias dessa década marcante do futebol. Viagens carregadas de nostalgia e saudosismo, sempre com bom humor e imagens inesquecíveis. DESTINO: 80's. 


ADEMIR ALCÂNTARA: Vitória Guimarães (1986 a 1988); Benfica (1988 a 1990); Boavista (1990 a 1992); Marítimo (1991 a 1994).    


«ADEMIRável», «Mestre Ademir», «Adormir». 
Um craque dos anos 80 e 90. Genial na forma como tocava a bola, pés de veludo e sempre de cabeça levantada. Irritante, para os mais sensíveis, pela placidez com que encarava cada jogada, como se fosse nada com ele. Ou não era assim? 


«Eu, lento? Não, eu adivinhava tudo antes dos outros, por isso não precisava de correr tanto. Comigo a bola é que corria, sempre redondinha»

Caros leitores, eis o grande Ademir Alcântara. Aos 52 anos encontrámo-lo em Curitiba, afastado do futebol e proprietário de uma empresa de construção civil. 


O sócio de Ademir é Nené, outro antigo atleta do Vitória Guimarães (1986-1990), um excelente defesa. É ele, de resto, a atender o telefone ao Maisfutebol


«Querem falar sobre aquela equipa horrível do Vitória?», pergunta Nené, irónico e brincalhão. «O Ademir está a chegar e já fala com vocês»

Ademir no Vitória Guimarães

OS NÚMEROS DE ADEMIR EM PORTUGAL: 

1986/87: Vitória Guimarães, 37 jogos/6 golos (3º lugar) 
1987/88: Vitória Guimarães, 42 jogos/17 golos (14º lugar) 
1988/89: Benfica, 25 jogos/7 golos (campeão) 
1989/90: Benfica, 8 jogos/sem golos (2º lugar) 
1990/91: Boavista, 18 jogos/10 golos (4º lugar) 
1991/92: Marítimo, 28 jogos/6 golos (7º lugar) 
1992/93: Marítimo, 30 jogos/8 golos (5º lugar) 
1993/94: Marítimo, 29 jogos/2 golos (5º lugar) 

Um golo de Ademir no V. Guimarães ao FC Porto (3m00s): 

Ademir adivinha a chamada de Portugal - como se fosse mais um lance no meio-campo - e chega a tempo. Lento nas palavras, desenvolto no raciocínio. 29 anos após a chegada ao nosso país, Ademir continua igual. 


«Eu e o Nené conhecemo-nos no aeroporto, em 1986, à ida para Portugal. Somos amigos até hoje»


No Vitória, Ademir faz duas temporadas fabulosas. E golos, muitos golos. 

Sem surpresa, mas com muita polémica, transfere-se em 1988 para o Benfica. Sem saber, desenterra o machado de guerra entre os dois rivais. 


«Fui para o Benfica porque o Pimenta Machado, presidente do Vitória, me disse que foi esse o primeiro clube a fazer uma proposta. Foi uma confusão! O FC Porto também me queria, insistiu bastante, subiu a parada e o Pimenta já não me queria vender a ninguém»


Ademir acaba mesmo por ir para a Luz, «debaixo de um tumulto»«A minha esposa estava grávida, eu já não sabia o que fazer, e é nessa altura que tudo fica decidido. Foram dias insuportáveis, o senhor Pinto da Costa não ficou nada contente»


O Porto vinga-se e garante Dito e Rui Águas na Luz. As relações ficam tensas, estado de guerra assumido. Mas Ademir não quer falar de coisas más. 


«Eu só queria o bem da minha família. Por mim até tinha ido com o Paulinho Cascavel para o Sporting. Nós jogávamos de olhos fechados e a adaptação teria sido mais fácil para ambos»

Golo de Ademir no Benfica-Montpellier (2m00s): 

Benfica-3 Montpellier-1 de 1988 por MemoriaGloriosa

Na Luz, Ademir faz um ano de estreia «muito bom» às ordens de Toni. Tudo muda, porém, com a chegada de Sven-Goran Eriksson. 


«Passei a jogar muito menos (oito partidas no campeonato). Ele trouxe três jogadores suecos [n.d.r. Thern, Schwarz e Magnusson], preferia atletas robustos e intensos. Eu, o Elzo e o Lima fomos afastados dos principais planos dele. Temos de respeitar. Não encaixei na ideia de jogo do Eriksson»


Ademir (2º em baixo, a contar da esquerda) no Benfica

O ambiente no balneário também não é perfeito. 


«No Vitória a união era total, incrível. No Benfica era cada um por si, um clube de dimensão incrível. Mas fui campeão nacional, não esqueço isso. Só tenho pena de não ter jogado a final da Taça dos Campeões Europeus [derrota por 1-0 em 1990, diante do AC Milan]. Nem convocado fui. Isso sim, foi frustrante»


De cabeça baixa e os níveis de confiança no mínimo, Ademir Alcântara transfere-se para o Boavista e posteriormente para o Marítimo. E volta a ser herói. «Fiz um milagre nos Barreiros!» 


«O Marítimo estava a perder 1-2 contra o Boavista, meu anterior clube. Fiz dois golos mesmo no fim, vencemos 3-2 e assegurámos a primeira presença do Marítimo na Taça UEFA. Senti-me enorme, recuperei o meu prestígio».  

in MaisFutebol