sábado, 29 de outubro de 2011

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Empresário de Maxi esteve na Luz

Paco Casal esteve a assistir ao treino da equipa encarnada, numa altura em que a renovação do uruguaio volta a estar na agenda
O empresário de Maxi Pereira está em Lisboa, e nesta tarde visitou o Estádio da Luz, numa altura em que a renovação do lateral, que está lesionado, volta a estar na ordem do dia. Paco Casal assistiu ao treino orientado por Jorge Jesus e que serviu como uma das iniciativas de comemoração dos oito anos do recinto.
O empresário esteve ao lado de outro agente, este português: Jorge Gama. A dada altura do treino, ambos falaram com o director jurídico do Benfica, Paulo Gonçalves, habitual responsável por tratar da «papelada» relativa aos contratos dos atletas. Todas as notícias de Benfica Assim, a presença de Paco Casal na Luz pode indicar que o dossier Maxi Pereira estará prestes a ser encerrado. O acordo com o lateral já tem sido noticiado, embora falte colocar o preto no branco. Nos últimos dias surgiram informações de que o problema estaria no montante a que Paco Casal terá direito, mas a presença do empresário na Luz pode indicar que tudo estará prestes a ser resolvido.




Porque tanta demora? Estamos aqui estamos a acabar Dezembro e depois? Já agora, não esquecer que o contracto de Aimar e Saviola também termina no fim desta época.

sábado, 22 de outubro de 2011

Beira-Mar vs Benfica… com Eusébio do outro lado

Eusébio não marcou mas fez uma assistência. O jogo terminou 2-2, com o Pantera Negra a recusar-se a marcar um livre, a minutos do fim, contra o seu clube do coração



A 5 de Janeiro de 1977, o SL Benfica deslocou-se a Aveiro para defrontar o Beira-Mar, em jogo da 12.ª jornada do campeonato nacional, num jogo muito especial para Eusébio.  O “Pantera Negra” tinha regressado a Portugal para jogar alguns meses pelo clube de Aveiro, aproveitando a paragem no campeonato norte-americano, e quis o destino que o maior símbolo dos encarnados defrontasse o seu clube do coração pela primeira e única vez.

António Sousa, antiga glória do FC Porto e da seleção nacional, estava a dar os primeiros passos na 1.ª Divisão e jogou ao lado de Eusébio contra o Benfica. A poucos minutos do fim do jogo, com o resultado em 2-2, o Beira-Mar teve um livre frontal contra o Benfica. Eusébio era o habitual marcador de livres mas o coração não deixou. Sousa foi chamado a converter o livre mas a bola saiu por cima.

«Foi um jogo normal para nós. Naturalmente que para ele não foi porque Benfica é Benfica e Benfica é o Benfica do Eusébio. O sentimento dele era enorme e jogar contra a sua equipa do coração e da vida foi marcante para ele. Porventura o mal-estar dele em relação ao próprio jogo era porque ele gostava de ganhar e de marcar. São momentos que se vivem na hora. O facto de o Eusébio não querer marcar um livre e dizer para eu marcar é sinónimo precisamente disso», lembrou António Sousa ao SAPO Desporto.

«Não sei o que se passou comigo, mas comecei a tremer com aquelas camisolas vermelhas todas à minha frente, aquelas caras familiares. E recusei bater o livre. Passei a bola ao Sousa, que atirou por cima. Esse episódio foi inesquecível, mas senti-me aliviado pelo Benfica não ter saído derrotado de Aveiro, quando eu era ainda jogador do Beira-Mar», disse Eusébio mais tarde.

Manuel José, treinador do Al-Ahly, jogou ao lado de Eusébio no Benfica em 1968, e no Beira-Mar em 1977. O ex-jogador não se lembra do livre em Aveiro mas recorda um episódio caricato com Eusébio, na Venezuela.

«O único livre que me lembro dele foi na Venezuela. Nós, Beira-Mar, fomos jogar três jogos à Venezuela onde defrontámos o Alianza de Lima do Peru, que era 80 ou 90 por cento da seleção do Peru, e eles tinham acabado de ganhar num torneio com as melhores equipas da América do Sul. Quando entrei no campo olhei para as balizas e reparei que eram mais baixas, aquilo não tem 2,44 metros disse para mim próprio, e fui lá confirmar, e realmente não tinham a medida. Então fui à outra baliza e era a mesma coisa. Durante o jogo, há um livre contra o Alianza. O Eusébio tinha uma coisa fantástica, quando a bola passava a barreira o Eusébio sabia que a bola ia entrar. Ele bateu na bola, saiu a correr, a bola passou por cima da barreira e eu saí a correr atrás dele mas a olhar sempre para trás. Era ele a festejar o golo mas a bola bateu na barra, bateu no chão e o guarda-redes agarrou a bola. Então eu disse-lhe: Ó Eusébio a bola não entrou. Ele respondeu-me: Como não entrou? Eu disse-lhe: Não te lembras de eu dizer que a barra era mais baixa? Mas acabamos por ganhar o jogo por 1-0 com um golo do Sousa», recordou Manuel José em declarações ao SAPO Desporto.

O SL Benfica defronta esta noite o Beira-Mar, no Municipal de Aveiro, em jogo da 8.ª jornada do campeonato nacional. O histórico dos confrontos entre os dois clubes dá clara vantagem ao Benfica que em 25 jogos, venceu 15, empatou oito e perdeu apenas dois. 



 

in Sapo

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

[Champions 3ªJornada] Basileia 0-2 Benfica




Titulares
 1 Artur
14 Maxi Pereira (M.Vitor 78')
 4 Luisão
24 Garay
 3 Emerson
 6 Javi Garcia
28 Witsel
10 Pablo Aimar (Nolito 67')
 8 Bruno César
20 Gaitán
19 Rodrigo(Cardozo 70')


T: Jorge Jesus

Não Utilizados
47 Eduardo
36 Luís Martins
21 Matic
30 Saviola

Golos
20' Bruno César
75' Cardozo

Cartões
41' Emerson (A)
86' Emerson (V)
90' Artur (A)


Highlights




Importante vitória na Champions que nos dá o 1ºlugar do grupo. O Benfica apresentou uma novidade de início, Rodrigo no lugar de Cardozo. O jovem espanhol esteve bem para a estreia num jogo deste nível, conseguiu por diversas vezes segurar a bola esperando que a equipa subisse e também foi importante no lance no 1ºgolo. O Basileia entrou forte nos primeiros 10 minutos, mas o Benfica respondeu bem, beneficiando da pouca pressão a meio campo exercida pela equipa suíça. O 1-0 aos 20' ajudou, porque o Basileia sentiu-se bastante. Na 2ªparte saído do banco Cardozo fechou o encontro. De destacar Witsel no meio campo, Bruno César por mais um golo, está cada vez mais adaptado ao clube e a responder ao críticos que lhe apelidavam de "gordo", e especialmente Artur, mais uma grande exibição com uma mão cheia de boas defesas.

[O que é feito de...] Calado



Nome Completo: José António CALADO da Silva
Posição: Médio Centro
Nacionalidade: Português (Internacional A)
Data de Nascimento: 01-03-1974
Número da Camisola: 7 e 22
Pé Preferido: Direito



Épocas ao serviço do Benfica: 6
Total de Jogos pelo Benfica: 188

Total de Golos pelo Benfica: 8
Títulos pelo Benfica:
1 Taça de Portugal (1995/1996)

1995/1996
Jogos: 23
Golos: 0

1996/1997
Jogos: 36
Golos: 1 (0 na Liga)

1997/1998
Jogos: 37
Golos: 2 (2 na Liga)

1998/1999
Jogos: 33
Golos: 3 (0 na Liga)

1999/2000
Jogos: 35
Golos: 2 (2 na Liga)

2000/2001
Jogos: 24
Golos: 0



Currículo
2009/10 AEP  (Chipre)
2008/09 AEP  (Chipre)
2007/08 APOP (Chipre)
2006/07 Poli Ejido (Espanha)
2005/06 Poli Ejido (Espanha)
2004/05 Poli Ejido (Espanha)
2003/04 Poli Ejido (Espanha)
2002/03 Bétis
2001/02 Bétis
2000/01 Benfica
1999/00 Benfica
1998/99 Benfica
1997/98 Benfica
1996/97 Benfica
1995/96 Benfica
1994/95 E.Amadora
1993/94 E.Amadora
1992/93 E.Amadora
1991/92 Casa Pia



Calado não era um mau jogador, oriundo do Estrela da Amadora, era na altura um dos poucos jogadores que jogava de cabeça levantada, era um médio centro que muitas vezes foi adptado a lateral direito, até que um dia disse: «Não volto a jogar a lateral direito. Recuso-me. Essa posição ia acabando com a minha carreira». Tinha um bom remate, alguma técnica e visão de jogo. O ano de 97/98 foi o melhor dele, fez uma grande época, conseguindo chegar à selecção nacional. Teve 6 épocas no Benfica, chegando a ser capitão do clube, saiu muito por culpa de um boato. Foi para Espanha, e agora ainda joga no Chipre com 37anos.





Já agora fica aqui uma preciosidade



sábado, 15 de outubro de 2011

[3ªElim. Taça Portugal] Portimonense 0-2 Benfica






Titulares
47 Eduardo
27 Miguel Vitor
 4 Luisão
24 Garay
38 Capdevila
21 Matic
 8 Bruno César
26 David Simão (Witsel 57')
 9 Nolito
19 Rodrigo(Rodrigo Mora 78')
16 Nélson Oliveira (Saviola 45')


T: Jorge Jesus

Não Utilizados
39 Mika
 3 Emerson
33 Jardel
36 Luís Martins

Golos
59' Bruno César
72' Rodrigo

Cartões
38' Matic (A)
40' Nolito (A)


Highlights




Vitória tranquila. A aposta de Jesus em jogadores menos utilizados (5 estreias oficiais nesta temporada) correu bem. O Benfica apresentou um onze com 4 portugueses, 3 dos quais formados no clube. O Miguel cumpriu, apagado ofensivamente, porque não é um lateral. Gostei do David Simão, apesar de ter pouco espaço - grande aglomerado de jogadores no campo pequeno - tentou sempre passes longos ou verticais. O Nélson esteve móvel na frente, esforçado, mas inconsequente. Precisa de minutos.
O principal destaque vai para Rodrigo que se estreou no 11, e estreou-se a marcar. Bom para a sua moral e para Jesus que tem aqui uma opção para lançar em jogos que precise de mexer no ataque.
Eliminatória resolvida, 3ªfeira temos mais, em Basileia.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Hoje é o primeiro passo

Sete anos, sem vencer a Taça de Portugal, é muito tempo. Hoje começa, em Portimão, mais uma caminhada nesta competição que apesar de não ser a principal prova desportiva, tem muita história e deve ser encarada com grande importância. É normal fazer descansar alguns jogadores, dar minutos a outros, mas tudo isso deverá ser em q.b. não pondo em risco a eliminatória.




Edição
Atingiu
Eliminado por
2010/11Meia FinalPorto
2009/104ªEliminatóriaGuimarães
2008/098ºFinalLeixões
2007/08Meia FinalSporting
2006/078ºFinalVarzim
2005/064ªEliminatóriaGuimarães
2004/05FinalistaSetúbal
2003/04Vencedor



Convocados
Possível onze: Eduardo, Miguel Vitor, Luisão, Garay, Capdevila, Matic, Witsel, Nolito, Bruno César, Rodrigo, Saviola

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Ai Portugal, Portugal...

A selecção portuguesa fez ontem uma exibição muito má, má demais para ser verdade. Depois de Paulo Bento ter conseguido o "feito" de vencer 5 jogos seguidos, quebrou na "final" onde bastava empatar. Este empate obriga-nos a disputar um play-off (novamente, em 2009 foi frente à Bósnia) de onde nos pode sair Turquia, Bósnia, Montenegro ou Estónia.
Paulo Bento tem culpas, obviamente, aquela defesa é um fraca. Patrício, J.Pereira, Rolando,B.Alves e Eliseu? Isto é uma defesa que se apresente? É sabido que Pepe e Coentrão estão lesionados, mas onde está o Bosingwa? Castigado? Como o Carvalho e possivelmente o Danny. Já agora podia-se questionar também Miguel, Sílvio, P.Ferreira, Tiago, Manuel Fernandes, Simão não terão qualidade para jogar?
O falhanço da qualificação directa não foi no jogo na Dinarmarca, porque até era o mais complicado do grupo, mas sim nos 4-4 em casa com o Chipre e na derrota na Noruega. Talvez Queirós se tenha esquecido disso, quando diz: «Comigo à frente, a selecção já estaria no Euro».

Um olhar sobre os possíveis adversários (sorteio é amanhã)

TURQUIA

Alemanha 30
Turquia 17
Bélgica 15
Áustria 12
Azerbeijão 7
Cazaquistão 4


Perdeu os dois jogos com a Alemanha, perdeu também no Azerbeijão (!) e teve dois empates fora, na Bélgica e na Áustria. Cumpriu o esperado e terminou em 2ºlugar.
De destacar o 3º lugar no Euro 08 e o Mundial 02. É a selecção mais difícil que nos pode calhar.
Jogadores mais utilizado: Sevet Çetin, Sabri Sarioglu, Arda Turan
Jogador mais golos: Arda Turan 4, Burak Yilmaz 3


Últimas Competições
Participou

Mundial 2010Não3º lugar no grupo, atrás da Espanha e Bósnia
Europeu 2008SimMeias Finais - eliminada pela Alemanha
Mundial 2006NãoAfastada no play off pela Suiça
Europeu 2004NãoAfastada no play off pela Letónia
Mundial 2002Sim3º lugar - eliminada pelo Brasil




BÓSNIA

França 21
Bósnia 20
Roménia 14
Bielorússia 13
Albânia 9
Luxemburgo 4


Grande fase de apuramento da Bósnia, apenas não já está no Europeu devido ao penalti convertido por Nasri aos 77' do último jogo, que opôs a França à Bósnia (1-1) no Stade de France. 
Teve duas derrotas em casa com a França e na Roménia, também perdeu pontos na Albânia (!) e no último jogo do apuramento.
Tivemos a experiência de nos cruzar com eles no último play off, vencemos ambos os jogos por 1-0. Adversário que pode complicar.

Jogadores mais utilizado: Senad Lulic, Edin Dzeko, Elvir Rahimic
Jogador mais golos: Edin Dzeko 4, Medunjanin e Misimovic 3


Últimas Competições
Participou

Mundial 2010NãoAfastada no play off por Portugal
Europeu 2008Não4º lugar no grupo, atrás da Grécia, Turquia e Noruega
Mundial 2006Não3º lugar no grupo, atrás da Sérvia e Espanha
Europeu 2004Não4º lugar no grupo, atrás da Dinamarca, Noruega e Roménia
Mundial 2002Não4º lugar no grupo, atrás da Espanha, Áustria e Israel



MONTENEGRO

Inglaterra 18
Montenegro 12
Suíça 11
País de Gales 9
Bulgária 5


A selecção de Montenegro conseguiu empatar os dois jogos com a Inglaterra e também empatou na Bulgária. Até podia ter ficado mais próximo do 1ºlugar, não fosse perder na Suíça (1-4) e no País de Gales.
Selecção inexperiente, que surge surpreendentemente à frente da Suíça e no play off. Acessível.


Jogadores mais utilizado: Mladen Bozovic e Elsad Zverotic
Jogador mais golos: Mirko Vucinic e Elsad Zverotic 2


Últimas Competições
Participou

Mundial 2010Não5º lugar no grupo, atrás da Itália, Irlanda, Bulgária e Chipre




ESTÓNIA

Itália 26
Estónia 16
Sérvia 15
Eslovénia 14
Irlanda Norte 9
Ilhas Faroé 4


A Estónia surpreendeu a toda a gente ficando à frente da Sérvia. Perdeu frente à Itália (os 2 jogos), Eslovénia (casa) e nas Ilhas Faroé (!). Empatou em casa frente à Sérvia e conseguiu venceu por 3-1 na Sérvia.
Foi a melhor classificação da Estónia em todas as fases de apuramento. Adversário acessível para Portugal
Jogadores mais utilizado: Sergei Pareiko, Enar Jaager, Dmitri Kruglov
Jogador mais golos: Konstantin Vassiljev 5


Últimas Competições
Participou

Mundial 2010Não5º lugar no grupo, atrás da Espanha, Bósnia, Turquia e Bélgica
Europeu 2008Não6º lugar no grupo, atrás da Croácia, Rússia, Inglaterra, Israel e Macedónia
Mundial 2006Não4º lugar no grupo, atrás de Portugal, Eslováquia e Rússia

Europeu 2004Não4º lugar no grupo, atrás da Bulgária, Croácia e Bélgica

Mundial 2002Não4º lugar no grupo, atrás de Portugal, Irlanda e Holanda


terça-feira, 11 de outubro de 2011

José Pinto Carvalho S. Águas





Luanda, Angola. 9 de Setembro de 1930-2000. Avançado.
Épocas no Benfica: 13 (50/63). Jogos: 379. Golos: 377. 
Títulos: 5 (Campeonato Nacional), 7 (Taça de Portugal) e 2 (Taça dos Campeões).
Outros clubes: Lusitano do Lobito e Rapid Viena. 
Internacionalizações: 25. 


Nasceu em Luanda, mas cedo chegou ao Lobito. O pai, de nome Raul, por África diligenciava conforto para o clã Águas. Mais tarde, pouco mais, já viúva, a mãe, desfeita em preces, aos filhos pediu privações. Logo, José Águas, com apenas 15 anos, dactilógrafo se fez na Robert Hudson, empresa concessionário da Ford, que os tempos, esses, de suave nada tinham. Tornou-se jogador da equipa da firma. Instintos revelados, passou a representar o Lusitano do Lobito.

Nasceu benfiquista por influência paterna. Da então metrópole chegavam noticias de uma equipa que a Taça Latina havia ganho. Um poster, já amarelo de gasto, devotadamente colocado no quarto, inspirava o jovem, numa altura em que até nem se (re)via no meio daquelas estrelas, sobretudo Rogério e Julinho, para ele as mais cintilantes. Menos ainda cogitaria José Águas a hipótese de alguma vez defrontar semelhante naipe de campeões. Enganou-se.

Ainda o júbilo pela arrebatante vitória sobre o Bordéus animava as hostes do Benfica, já a equipa peregrinava por África. No Lobito, uma selecção local constituía um dos cartazes. Quando soube que havia sido seleccionado, José Águas sentiu um frémito e tardou a recompor-se. Custa até imaginar como ficou depois do jogo, que venceu por 3-1, com dois tentos da sua lavra, quando os dirigentes benfiquistas lhe pediram para passar no hotel, depois daquele feito perene, intrigante para Ted Smith, treinador inglês do Benfica. 



O FC Porto, por telefone, depressa convidou José Águas para férias fazer na Invicta e… treinar-se na Constituição. “Amanhã respondo”, terá dito e desligado de seguida. Só que o amanhã chamou-se mesmo Benfica e vezes sem conta olhou, sempre de soslaio, por timidez até na intimidade, a moldura que lhe dava vida ao quarto, onde só mais uma noite passou a sonhar com delicias garridas. Contrato rubricado e com os novos companheiros partiu à conquista de outras paragens africanas.

Chegou a Lisboa no dia 18 de Setembro de 1950. Na Tapadinha se estreou. Nunca tinha visto um campo relvado, botas de pitões também não. Com apenas um treino realizado, o debute nada teve de auspicioso. Empate a duas bolas com o Atlético, sem que os créditos de goleador fossem exibidos. Mas antes que as criticas subissem de tom, na ronda imediata, com o Sporting de Braga, no Campo Grande, quatro golos marcou, num invejável 8-2.

Pelo Benfica, José Águas viveu muitos anos em que a fábula e a realidade pareceram caminhar de mãos dadas. Cansou-se de vencer, de marcar, de contagiar. Foi ele, é ainda, a papoila mais saltitante do hino de Piçarra ou o melhor intérprete do jogo aéreo que o Benfica alguma vez teve. E Portugal também. É o segundo melhor marcador da história encarnada, depois de Eusébio. Só Eusébio, de resto, poderia relativizar José Águas. Mais ninguém!

Atravessou toda a década de 50 em sistemática laboração pelo golo. Fixou-se no topo dos marcadores em cinco ocasiões. Levantou, triunfante, na qualidade de capitão, as duas Taças dos Campeões, sendo mesmo o artilheiro-mor da primeira. Nos Nacionais, apontou mais golos (290) do que jogos efectuou (282). Já não esteve presente na terceira final europeia, por opção do chileno Fernando Riera. “Algum tempo depois, pediu-me desculpas por não me ter colocado a jogar. Disse-lhe que até ficaria satisfeito com os golos de Torres. Era a verdade, era a voz do meu coração de benfiquista, mas Fernando Riera parece não ter ficado muito convencido”. Nem os adeptos com… Torres.

Pela equipa nacional, 11 golos marcou em 25 jogos. Apreciável registo, em tempos marcados ainda por um certo complexo de inferioridade, que não poucas vezes encolhia, amarfanhava mesmo, os nossos melhores atletas.

Ainda no apogeu, José Águas fez uma revelação surreal. Confessou que vestia o traje de futebolista com “o mesmo espírito com que o operário veste o fato-macaco”, porque era assim que ganhava a vida, já que até “não gostava de jogar à bola”. E se gostasse? Dele, sempre gostaram os benfiquistas, numa divida imorredoura de gratidão.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Finalmente!

Gilberto Madaíl fora da corrida à presidência da Federação

«Na vida há ciclos para tudo e temos de ver isso de forma positiva. Basicamente são motivos de saúde que estiveram na base da minha decisão, mas agora já estou praticamente recuperado. Tive uma depressão muito profunda, da qual estou recuperado. É importante que não se encare essas coisas com dramatismos»
 

http://www.zerozero.pt/noticia.php?id=36371

Menos um que tinha um "tacho" na federação. Só é pena que o sucessor não seja muito melhor.

sábado, 8 de outubro de 2011

Apoio a Fernando Gomes

Pelo senso comum e por aquilo que se conhece, não dá para perceber o "apoio inequívoco" de Vieira a esta personagem. Ainda para mais quando havia a hipotese, inicialmente, de Fernando Seara que só não avançou por não sentiu a apoios (especialmente do Benfica). Apesar disso gostei da escolha do Fernando Gomes para responsável pelas selecções nacionais de futebol, nada mais nada menos que Humberto Coelho



quinta-feira, 6 de outubro de 2011

João Manuel Vieira Pinto





Porto. 19 de Agosto de 1971. Médio.
Épocas no Benfica: 8 (92/00). Jogos: 301. Golos: 90. 
Títulos: 1 (Campeonato Nacional) e 2 (Taça de Portugal).
Outros clubes: Boavista, Atlético Madrileño, Sporting e Sporting de Braga. 
Internacionalizações: 81.

A precocidade sempre caracterizou João Pinto. Fez-se cedo homem, cedo foi pai, também cedo campeão de futebol, cedo ainda ícone do Benfica. Tudo tão cedo, tão cedo, que cedo abandonou o Benfica, apesar das oito épocas ininterruptas que fez, cinco das quais como capitão. E talvez mais cedo do que possa vaticinar-se, porque nele tudo acontece cedo, venha a ser reabilitado no gigantesco universo benfiquista. Não será tarde, mas muito menos cedo ainda.

No Bairro do Falcão, na cidade do Porto, começou a subir-lhe a temperatura da bola, do jogo. “Só imaginava uma coisa na vida: ser jogador de futebol. Se não o fosse seria, certamente, um frustrado. Era um puto reguila, vivia num bairro de gente pobre, jogava futebol, fazia algumas patifarias. As maiores? Sei lá, roubar fruta nos pomares vizinhos, subindo árvores, desafiando o perigo. E, vivendo num bairro camarário, apesar de não ser de barracas ou de casas degradadas, percebi muito cedo como a pobreza dói. Mas, nunca me faltou uma bola de futebol e com uma bola de futebol eu sentia-me a criança mais feliz do Mundo”. Aos oito anos, apresentou-se nas Antas com a esperança de aprender, na escola de Oliveira e Gomes, o mesmo que Chalana ou mais tarde Futre, o quarteto nacional que sempre o deixou atónito. “Alguém olhou para mim com desconfiança, dizendo, quase em jeito de gozo, que voltasse mais tarde”. Jamais o fez.


Ainda que entuchado, prosseguiu viagem. Optou pelo Águias da Areosa e um belo dia fez, em Pedrouços, três golos ao FC Porto, que a sede de vingança, essa, torturava-o. Aproximou-se o Boavista, com passe social e dinheiro para os estudos. Respondeu afirmativamente. Dois dias depois, à investida portista, o não foi rotundo.

Na frutuosa oficina do Bessa, João Pinto amadureceu. Dele não prescindia a Selecção Nacional, qualquer que fosse o escalão etário. À fama chegou ao sagrar-se campeão do Mundo em Riade, na Arábia Saudita. Também cedo, como tudo o resto, tinha apenas 18 anos, partiu para Madrid, com a fixação de jogar ao lado de Paulo Futre, no clube do polémico Jesus Gil e Gil. Acabou por ir parar ao Atlético Madrileño, para pouco depois ser devolvido à procedência. No Boavista só ficou uma temporada, mas a tempo de ainda bater o FC Porto, em 91/92, na final da Taça de Portugal. E de bisar no Campeonato do Mundo de juniores, feito único no panorama do futebol internacional.

Por 500 mil contos, Jorge de Brito convenceu Valentim Loureiro a desfazer-se da jóia da coroa axadrezada. Já no Benfica, conquistou de pronto mais uma Taça, uma vez que o Nacional se escapou num dos derradeiros suspiros. Com o ídolo Paulo Futre ao seu lado. Mais Veloso, Mozer, Vítor Paneira. Mais dois jovens em franca ascensão, Paulo Sousa e Rui Costa.

No inicio do Verão de 93, uma onda de autoflagelo abateu-se sobre a Luz. Antes não passasse de uma rábula, mas a coisa foi mesmo séria. Sem ver a cor do papel, Pacheco e Sousa rescindiram os contratos e passaram-se para o eterno rival. João Pinto também denunciou o contrato e comprometeu-se com o Sporting. Em Torremolinos, ande se encontrava de férias, foi resgatado por um convincente Jorge de Brito. Regressou. Na Sala de Imprensa do parque de jogos benfiquista teve uma recepção apoteótica… como se novel recruta fosse. “Burlão”, chamar-lhe-ia Sousa Cintra.




Porque não há duas sem três, ele que já antes de ingressar no Benfica tão próximo esteve do Sporting, desfeita maior haveria de fazer no Maio seguinte. Com Carlos Queiroz no comando, Alvalade ardia na esperança de pôr termo a longo jejum no Campeonato. Ao Benfica só a vitória interessava, sinónimo era da conquista do titulo. Começaram melhor os donos da casa, 1-0 e 2-1 (já golo do João) foram vantagens registadas. Sublime, arrancou para a mais fulgurante de quantas exibições fez. Antes do intervalo, já era de júbilo o ambiente nas hostes rubras. Mais dois golos marcou, invertendo os números do placar. Triságio fez. O Benfica bateu o Sporting, por 6-3. Era, finalmente, campeão nacional.

O génio de João Pinto, continuou a deslumbrar. Diziam os críticos, não poucas vezes, que às costas carregava a equipa. Até que um dia, num daqueles absurdos que a negro pintam a História, do Benfica receberia guia de marcha. O Menino de Ouro. Cedo, muito cedo, demasiado cedo.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Moral problems of winning - RHD




Descrição do vídeo: Shows the moral problems of winning (mostly in football, sports, war, rasicm and what we really enjoy in winning) in different ethic ideologies. Like, what people are willing to do in order to achieve victory. Also what victory is about (getting pleasure from taking pleasure away from someone else)

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

João António F. Resende Alves




Albergaria-a-Velha. 5 de Dezembro de 1952. Médio.
Épocas no Benfica: 4 (78/79 e 80/83). Jogos: 141. Golos: 33. 

Títulos: 2 (Campeonato Nacional), 2 (Taça de Portugal) e 1 (Supertaça).
Outros clubes: Varzim, Montijo, Boavista, Salamanca e Paris Saint-Germain. Internacionalizações: 36.


As luvas pretas eram a imagem de marca de João Alves. Por código genético, futebolista se fez. O avô, Carlos Alves, havia sido um dos melhores jogadores portugueses, depois da I Guerra Mundial, na defesa das cores do Carcavelinhos, após passagem também pelo FC Porto e pelo Académico da capital nortenha. Um dia, nas véspera de medir forças com o Benfica, os jogadores do Carcavelinhos decidiram concentrar-se, arcando as despesas, numa modesta pensão, de frequência no máximo pequeno-burguesa. Foi quando uma miúda, no atrevimento dos seus 12 anos, se abeirou de Carlos Alves e lhe pediu para, no dia seguinte, jogar com luvas, que amuleto seriam. Perante o insólito, o já reputado defesa disse-lhe que o jogo era a doer, não dava para calçar as luvas negras, mas sempre as levou consigo, de tão insistente a rapariga. Ao intervalo, o Benfica tinha já vantagem materializada. Na segunda parte, num alarde de superstição, enfiou as luvas e o Carcavelinhos… ganhou. Assim foi pela vida fora. Assim foi, também, o neto João. Sempre com luvas pretas.

Na Sanjoanense, despontou. Cedo o FC Porto avançaria com a cantada. Só que o Benfica, já alertado, mandou avançar Fernando Cabrita para  São João da Madeira, com o fito de proceder à assinatura do contrato. Nada mais fácil. Benfiquista obstinado, João Alves feérico virou. Partiu com o avô para Lisboa, onde os pais já se encontravam.



No escalão júnior, deu mostras de todo o seu repica-ponto. O jogo girava à sua volta. Pressentia, executava e até concluía. Era daqueles que acabavam de pensar quando os outros começavam a fazê-lo. Na passagem para sénior, João Alves foi cedido ao Varzim, tão gordo era o plantel da Luz. Na Póvoa, exibiu reportório. Jimmy Hagan integrou-o no elenco a abertura da temporada seguinte. Só que no preito a Santana, velha glória da saga europeia, em Freamunde, trica houve o prestigiado António Simões, deitando tudo a perder, ao que parece por causa das luvas pretas. Vingou a posição do Magriço e figura lídima da casa benfiquista. João Alves saiu para o Montijo, pela módica quantia de 600 contos, cifra que o Benfica tinha pago a fim de o jogador não ser mobilizado para a Guiné, ao serviço da Nação, como na altura mandavam dizer os cânones do regime.

Um ano mais tarde, o Boavista abriu os cordões à bolsa e garantiu o concurso de João Alves, provavelmente o mais genial jogador que alguma vez de xadrez vestiu. No final de 75, em Alvalade, conquistava a Taça de Portugal, perante o Benfica (2-1), apontando o golo vitorioso. “Provei aos dirigentes que não me quiseram que, afinal, sabia jogar futebol”.

Igual troféu ganharia no ano seguinte, qual papa-Taças, com Pedroto ao leme. O Salamanca, de Espanha, recepcionou-o. No país vizinho, foi mesmo considerado o melhor estrangeiro, batendo aos pontos jogadores da estirpe de Cruijff, Neeskens, Kempes, Ayala ou Luís Pereira. Regressou ao Benfica, passando a embolsar, dizia-se, o melhor ordenado de um jogador no futebol nacional. Perdeu o Campeonato por um ponto para o FC Porto, mas suscitou o interesse de vários clubes, acabando por ser transferido para o Paris Saint-Germain, no qual, pouco tempo antes, havia militado Humberto Coelho.

Uma lesão complexa vitimou-lhe a época e retornou à Luz. Fez três anos de águia. Ganhou dois Campeonatos, duas Taças e uma Supertaça. Falhou, porém, a final da Taça UEFA, em 1983. “Só Eriksson poderia dizer porque não me pôs na equipa, depois de uma época inteira a jogar e a fazer grandes exibições. Mas se foi só por ter chegado atrasado a um treino, pareceu-me injusto de mais…”.

Ferido no seu alicerce anímico, ao Boavista voltaria. No Bessa, substituiu Mário Wilson, inaugurando o ciclo de treinador. Já nessa condição, ao serviço do Estrela da Amadora, venceu a Taça de Portugal, a sua prova-fetiche.



Pelo combinado luso, fez 36 jogos, metade dos quais na condição de jogador do Benfica. Despediu-se frente à União Soviética, em Moscovo, num impiedoso 5-0. E já não foi a tempo de ser convocado para o Euro 84.

João Alves, com as suas luvas pretas, terá sido um dos mais sublimes futebolistas do Benfica. O que lhe sobrou em ambição faltou-lhe talvez no politicamente correcto. Quixotesco não foi. Só no campo. Palco das suas virtudes. Com alma e chama imensa.

domingo, 2 de outubro de 2011

[7ªJornada] Benfica 4-1 P.Ferreira





Titulares
 1 Artur
14 Maxi Pereira
 4 Luisão
24 Garay
 3 Emerson
21 Matic

 8 Bruno César (Nolito 61')
20 Gaitán (Witsel 74')
10 P.Aimar
30 Saviola(Rodrigo 78')
 7 Cardozo


T: Jorge Jesus

Não Utilizados
47 Eduardo
33 Jardel
 5 Rúben Amorim
22 Rodrigo Mora

Golos
21' Saviola
43' Saviola
65' Luisão
67' Nolito


Cartões
45' Matic(A)
50' Luisão (A)
52' Gaitán (A)
88' Nolito (A)


Estatísticas

Highlights




Quando vi o onze inicial tive receio de apenas jogarmos com 1 médio mais defensivo, especialmente por ser Matic. Mas esta noite estava reservada para Javier Saviola marcou 2 e teve ainda mais 2/3 situações de golo. Já tínhamos falta do El conejo. O Benfica tinha o controle do jogo até ao momento em que Luisão fez um disparate e provocou uma grande penalidade. O golo atordoou o Benfica que demorou uns 15minutos até voltar a estar por cima do jogo. Jesus acertou na substituição colocando Nolito, melhor marcador do clube, que voltou a mexer com o jogo, iniciando o Benfica a cavalgada para um resultado expressivo.

sábado, 1 de outubro de 2011

Mais 5 jogadores no Fundo de Investimento

A SAD do Benfica anunciou esta sexta-feira, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a alienação a título definitivo de percentagem dos direitos sobre Gaitán, Jara, Nolito, Bruno César e Garay ao Benfica Stars Fund.

Com esta operação, os encarnados encaixam de imediato 6,135 milhões de euros, sendo que o valor mais alto foi garantido através da cedência de 15 por cento dos direitos sobre Nicolas Gaitán (2,025 milhões de euros).

De destacar ainda que o espanhol Nolito, que chegou ao clube da Luz proveniente do Barcelona a custo zero, valeu já 1,3 milhões pela cedência de 20 por cento do passe.

Eis o comunicado na íntegra:

A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD, em cumprimento do disposto no artigo 248.º do Código dos Valores Mobiliários, vem informar que alienou a título definitivo ao Fundo “Benfica Stars Fund – Fundo Especial de Investimento Mobiliário Fechado”, gerido pela “ESAF – Espírito Santo Fundos de Investimento Mobiliário, SA”, os direitos económicos dos seguintes atletas, nas percentagens e preços abaixo mencionados:

Nicolas Gaitán (15%) - 2.025.000 euros
Franco Jara (10%) - 600.000 euros
Manuel Durán (Nolito) (20%) 1.300.000 euros
Bruno César (15%) - 1.035.000 euros
Ezequiel Garay (10%) 1.175.000 euros
Total: 6.135.000