sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Jacinto do Carmo Marques




Cova da Piedade. 1 de Novembro de 1921. Defesa.
Épocas no Benfica: 13 (43/53 e 54/57). 
Jogos: 251. 
Títulos: 1 (Taça Latina), 4 (Campeonato Nacional) e 6 (Taça de Portugal).
Outros clubes: Piedense, Aldegalense e Carcavelinhos. 

Prenúncio do defesa moderno, na melhor expressão de elegância. Jacinto Marques pontuou o sector recuado do Benfica durante 14 temporadas. De Félix contemporâneo, razão única para não ter atingido maior serventia. Em cada intervenção, parecia proclamar suavidade. No seu modo limpo, agradável, delicado. Viu a luz do dia na Cova da Piedade, engrossando o magote de jogadores oriundos da margem esquerda do Tejo, que no Benfica engenho doutrinaram. Antes de percorrer o alto edifício, ao rés-do-chão se fez, também à cave, ele que deambulou pelo futebol regional.

Em 43/44, finalmente, o consórcio. Golfadas de talento e aberto estava o livro vermelho na primeira lauda. A do rol de artistas. Da dimensão de Francisco Ferreira, Albino, Joaquim Teixeira, Julinho, Arsénio, Espírito Santo ou Valadas. Prolongada foi a adaptação, com exigências várias e sacrifícios múltiplos. Dois anos durou, escassas aparições teve, mas sem resquícios de incompetência.

Na temporada de 45/46, Jacinto afirmava-se. Por coincidência, e só por isso, no único ano em que o Belenenses deu à costa com o precioso atestado do titulo nacional. Eram os tempos das célebres Torres de Belém, também dos inefáveis e mais célebres ainda Violinos do Sporting. Tudo combinado, o Benfica travessia competitiva no deserto fazia. Até que chegou o ano das surpresas. No dealbar da década de 50. Campeonato deu, mais Taça Latina. Com Ted Smith no comando das tropas. Jacinto esteve no topo da lista dos jogadores mais utilizados. “Foi o ponto cimeiro da minha carreira”, deixou escapar, mais tarde, à guisa de testamento.

Regressou cruelmente o Sporting à hegemonia da bola lusitana. Foi o tetra do descontentamento benfiquista. Sempre a porfiar, a morder os calcanhares, mas incapaz de pôr em silêncio aquele sinfonia verde. Com Jacinto na penumbra.

“Por que é que ele não joga? Qual despedida qual quê!”, valeu-lhe a sabedoria, a intuição de Otto Glória.

Logo na época de 54/55, com Jacinto outra vez líder de participações, ano foi de dobradinha, com Campeonato e Taça em tons rubros. Era a primeira vez de Mário Coluna: Monstro Sagrado não era ainda, mas a dupla vitória trazia subjacente o agradável odor de grandes façanhas internacionais.

Jacinto não teve tempo para as vitórias na Europa. Renunciou em 1957. No limite de idade. Com um mostruário que exibe quatro Campeonatos, seis Taças de Portugal e uma Taça Latina. E de certo o inicio do trilho para o melhor Benfica de sempre.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Humberto M. de Jesus Coelho





Porto. 20 de Abril de 1950. Defesa.
Épocas no Benfica: 14 (68/75 e 77/84). 
Jogos: 496. Golos: 76. 
Títulos: 8 (Campeonato Nacional), 5 (Taça de Portugal) e 1 (Supertaça).
Outros Clubes: Ramaldense, Paris Saint-Germain e Las Vegas Quicksilver. 
Internacionalizações: 64.




Quem joga ao lado de Humberto Coelho? Esta bem poderá ter sido uma das questões mais vezes colocadas pelos adeptos do Benfica nas tertúlias da bola. Titular absoluto deste os 18 anos de idade, no eixo da defensiva, ao longo de tantas épocas, contracenou, sucessivamente, com Raul, Zeca, Humberto Fernandes, Coluna, Messias, Rui Rodrigues, Barros, António Bastos Lopes, Eurico, Laranjeira, Alhinho, Alberto Bastos Lopes e Frederico. E outros mais na Selecção Nacional. Humberto constituiu-se uma espécie de imperador. Com direitos adquiridos, pois de forma tão preexcelente cumpria os seus deveres. Humberto era a chave da fortaleza quase sempre inexpugnável. Tipo guarda-mor do templo vermelho. O chefe da tribo. O que gritava revolta ou à serenidade apelava.

Nasceu em Cedofeita, no Porto, provavelmente com genes de líder. O pai era operário metalúrgico, daquela classe que tem como divisa “nada nem ninguém nos vergará”. Um lema que terá inculcado, desde a tenra idade, no filho Humberto, apesar da apetência deste por outras artes.

Só que o jovem tripeiro viveu uma infância pouco pacifica com a causa da bola. Era numa espécie de clandestinidade que exercitava o seu dom favorito. Os pais, o irmão mais velho até, amiúde o repreendiam, que futebol não era futuro, antes os livros, não fosse Humberto passar privações que a família bem conhecia. Da Escola de São João passou à Industrial, com aproveitamento satisfatório, mas sempre de ideia fixa no jogo da bola. Rapagão, José Águas era a sua referência primacial. Sonhava imitá-lo e aos golos de cabeça, numa altura em que o seu porte atlético não era nada desdenhável. Pela Mocidade Portuguesa, ainda praticou, na escola, basquetebol e voleibol, mas o apetite era outro. Tão voraz que, vencendo barreiras, daquelas quase intransponíveis, acabou por se fixar no Arsenal do Bessa, derivando de avançado para defesa-central.

Exibiu Humberto credenciais e, com apenas 13 anos, já o Leixões suspirava por aquele miúdo alto, mais alto que os demais, irrepreensível no jogo aéreo. Debalde, pois a voz firme da mãe com sério olhar à mistura, puseram-no em sentido, na prossecução do campeonato dos livros.

Algum tempo depois, já com endereço numa artéria da freguesia de Ramalde, finalmente o pai deu anuência e lá entrou a ficha de inscrição como juvenil do Ramaldense. Descoberto pelo FC Porto, nas Antas treinou, deixou a melhor das impressões, mas os dirigentes portistas acharam uma exorbitância a verba pedida pela transferência.

Agradeceu o Benfica, naquele ano mágico de 1966. Por apenas 40 contos, mais 25 para Humberto, com o compromisso de honra, selado à maneira, de melhorar a oferta no caso dele se impor no grémio da Luz. Mais parecia premonição. Coube a Ângelo Martins, treinador dos juniores, durante duas temporadas, a polidura executar. Com tanto sucesso que Humberto Coelho, pupilo modelo, pegou de estaca, embrionário estava o grande jogador, para um Benfica órfão de Félix ou Germano, que o mesmo é escrever de um central fora-de-série.

Na pré-época de 68, Otto Glória não hesitou e o facto mais relevante da digressão ao Brasil foi a entrada do capitão dos juniores na convocatória. Lá chegaram mais 30 contos a Ramalde, que no Benfica as escrituras eram para cumprir, cabendo cinco notas de mil mensalmente ao assalariado e ex-sonhador de utopias. Humberto Manuel de Jesus Coelho, de seu nome completo.

No primeiro jogo em Belém de Pará não actuou, mas no segundo marcou presença. E que presença! Frente ao Santos, com Pelé e tudo. Incumbido de marcar o génio foi. Aos 18 anos, logo haveria de caber a mais invejada das empreitadas. Saiu-se a contento, ainda que a vencer por 3-1, o Benfica viesse a consentir a igualdade. O medo estava exorcizado. Irreversivelmente…

Não mais perdeu Humberto a titularidade. Na abertura da temporada 68/69, era vê-lo a ganhar no palmómetro da Luz, num triunfo incontestável, de 4-1, frente ao Belenenses. Seguiram-se mais jogos, muitos jogos, adiada estava apenas a veia goleadora do defesa mais concretizador de toda a história do futebol luso. Foi com Hagan ao leme, no começo dos anos 70, que Humberto começou a comunicar no idioma do golo. O britânico era mesmo fleumático, não desmerecia a origem, avesso se mostrava ás substituições, por mais que a exigente plateia da Luz, de quando em vez, lhe propinasse umas ruidosas assobiadelas. E quando corria para o torto, a ordem era Humberto jogar na área, pelo lado direito das coisas, pelo golo, algumas vezes decisivo.

Haverá algum benfiquista dos 40 para cima, que não recorde o dramático jogo da Luz, em Novembro, dia de Verão de São Martinho, frente ao FC Porto, corria a época de 72/73, quando para espanto geral, a 15 minutos do fim da contenda, 0-2 era o resultado? Num quarto de hora apenas, explodiu o vulcão. Primeiro Vítor Baptista. Depois, Jaime Graça. No último minuto, Humberto, em postura de ponta-de-lança, haveria de sentenciar, obtendo o 3-2, num assomo inusitado de garra. De resto, em 16 temporadas, duas das quais ao serviço do Paris S. Germain, marcou 68 golos, o que lhe confere o 25º lugar entre os defesas mais concretizadores da história do futebol mundial.


Ganhador compulsivo, Humberto foi cimentando prestigio por todo lado onde o futebol falava mais alto. Sem surpresa foi convocado para a Selecção da Europa, em 19 de Agosto de 1981, na comemoração do 80º aniversário da Federação Checoslovaca de Futebol. Orientado pelo germânico Jupp Derwall, actuou ao lado de executantes do jaez de Blokhin, Krankl, Kaltz ou Pezzey. Um ano mais tarde, a consagração foi gigantesca. No Giants Stadium de Nova Iorque, perante 120 mil espectadores, Humberto actuou no meio de uma constelação de estrelas, em gala a favor das crianças da UNICEF. Para que conste, a Europa alinhou assim: Zoff (Itália); Krol (Holanda); Humberto Coelho (Portugal), Pezzey (Áustria) e Stojkovic (Jugoslávia); Beckenbauer (Alemanha), Antognoni (Itália) e Tardelli (Itália); Boniek (Polónia), Rossi (Itália) e Blokhin (União Soviética). Estávamos nos rescaldo do Mundial de Espanha e o antagonista foi o resto do Mundo, com N’Komo, Romeno, Júnior, Zico, Sócrates e Hugo Sanchez, entre outros. À chamada não faltaram também Schumacher (Alemanha), Keegan (Inglaterra), Neeskens (Holanda) e Platini (França). A Europa venceu por 3-2. Obrigado foi Humberto, taça nas mãos, a dar uma volta de honra ao estádio, colocando em clímax largas centenas, talvez milhares, de emigrantes portugueses.

A ele faltou, todavia, um titulo europeu. Esteve perto, bem perto, naquela final da Taça UEFA, com o Anderlecht, no final do ano de 83. Com menos resignação ainda se aceita o facto de jamais ter participado na fase final de um Europeu ou Mundial. Ele que fez parte de uma geração de futebolistas, como Eusébio, Simões, Jaime Graça, Nené, Vítor Baptista, Artur Jorge, Jordão, Vítor Martins, Toni, Alves, Rui Rodrigues, Artur, Carlos Manuel, Shéu, Bento, Pietra, Veloso, Álvaro, Diamantino ou Chalana, para nos socorrermos apenas, porventura com algum sectarismo, dos arquivos benfiquistas.

Equipa de 1982

A ânsia de Humberto, já trintão, selar a ouro uma carreira magnifica, talvez tenha precipitado o adeus definitivo. Havia-se lesionado num treino da Selecção, antes de uma partida com a Finlândia, em Setembro de 83. Desesperado, tentou a recuperação, sempre com o Europeu de França na linha do horizonte, forçou em demasia, porque o tempo lhe parecia fugir. E fugiu mesmo.

À ribalta regressou, anos mais tarde, como seleccionador nacional. Então sim, pisou o palco que a vida de jogador, de forma impiedosa, lhe havia negado. A melhor das compensações não se fez esperar. Porque Deus é bom, dirão os crentes. Garbosamente, comemorou o terceiro lugar no Euro 2000. Justiça se fez.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Uma substituição acertada



O Anji Makhachkala, escreve-se assim mesmo, estava empatado a um golo com o Terek, em jogo do campeonato da Rússia, quando Josan foi chamado. Ouviu o técnico, entrou no terreno de jogo e pediu a bola. Esta foi para a direita, veio de lá cruzada por um companheiro de equipa, cabeceamento certeiro e golo!
Quinze segundos, um toque na bola, um golo! O Anji viria a dilatar a vantagem na recta final, selando o triunfo por 3-1, mas o feito de Josan perdurará na história. 

Golo com dedicatória



Épocas Completas no Benfica: 12
Total de Jogos pelo Benfica: 393
Total de Golos pelo Benfica: 162
Títulos pelo Benfica:
2 Campeonatos Nacionais (2004/2005; 2009/2010)
1 Taça de Portugal (2003/2004)
2 Taças da Liga (2008/2009; 2009/2010)
1 Supertaça de Portugal (2005/2006)

sábado, 13 de novembro de 2010

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

domingo, 7 de novembro de 2010

[10ªJornada] Porto - Benfica


Hoje fui humilhado.
Hoje perdemos o campeonato.

Pior que isso só o facto de a culpa ser de um treinador medroso

http://magicoslb.blogspot.com/2010/11/fc-porto-sl-benfica-5-0.html

sábado, 6 de novembro de 2010

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Germano de Figueiredo





Lisboa. 23 de Dezembro de 1932. Defesa.
Épocas no Benfica: 7 (60/67). 
Jogos: 131. 
Golos: 6.
Títulos: 4 (Campeonato Nacional), 2 (Taça de Portugal) e 2 (Taça dos Campeões).
Outros clubes: Atlético e Salgueiros.
Internacionalizações: 24.



Quando Vinicius de Moraes escreveu “tristeza não tem fim, felicidade sim”, não consta que se inspirasse em Germano. Talvez até jamais o tivesse conhecido. Mas aquele olhar melancólico, cheio de humanidade; aquele rosto austero, anunciando à vida inclemência; aquele porte rígido, transporte de aflições ou até raivas, era Germano, personalidade singular.

Nos seus tempos, infanto-juvenis, logo recebeu golpes pungentes. Perdeu o pai, três anos depois a mãe, entregue aos carinhos de uma irmã mais velha ficou. Talvez por essa altura só o futebol, embrionária paixão, lhe resgatasse a alma.

Nasceu no pitoresco bairro de Alcântara, de raízes populares, em 1932, por coincidência ano em que Salazar iniciou funções como Presidente do Conselho. O Atlético Clube de Portugal, por quem veio a suspirar, ainda não existia, era Carcavelinhos e União de Lisboa, mais tarde sim, deu-se a fusão, nascendo uma das mais emblemáticas agremiações desportivas. Era também Carlos Baptista, o seu ídolo, de Alcântara, é claro, nele encontrou o apelo pela bola, pelo jogo, pelo futebol.

Em 1947, Germano começou a militar nos infantis do Atlético. Optou pela baliza, guarda-redes seduzia-o, mas o treinador, esse mesmo, Carlos Baptista, referência maior do ainda miúdo, nele achou redutor a defesa das redes e metamorfoseou-o avançado-centro. O ciclo estava, porém, incompleto. A defesa-central se quedaria. Conclusivamente.

Quis o destino que se estreasse na equipa de honra do Atlético e logo frente ao Benfica. Ocupou o lugar de Armindo, defesa duro e experimentado, cuja lesão obrigou Janos Biri a chamar o jovem Germano. Venceu o Benfica, por 4-3. No rescaldo, nada em desabono do debutante. Mesmo assim, foi relegado para as reservas, que a idade não ajudava. Só que na segunda volta, ainda no Campo Grande, em grande jogou, titular se afirmou, logo Salvador do Carmo o fez internacional, frente à Áustria, quando substituiu o magoado Cabrita, marcou a estrela Orkwie e, naquele empate, se afirmou em definitivo.


A desdita não lhe dava tréguas. Em novo suplicio mergulhou. O pré-aviso foi uma constipação. Coisa pouca parecia. Em Braga, jogou debaixo dos rigores do Inverno minhoto e sentiu-se mal no fim da contenda. Como arribou um pouco, não se demitiu de fazer a digressão pela Turquia e pela Egipto, ao serviço da equipa nacional. Seguiu-se Madrid, com a farda da Selecção de Lisboa, em jogo organizado por um tal Carmen Franco, mulher do ditador espanhol. A virose que há muito transportava revelar-se-ia, sobretudo nas horas infindas, no aeroporto da capital espanhola, com a comitiva a desesperar por um avião de regresso.

Já em Lisboa, enfermo, deu entrada no Santa Maria. Acusou pleurisia líquida, que curou mal, para o Sanatório do Caramulo haveria de ir, gorando-se a já acertada transferência, por 400 contos para o Atlético e 100 para Germano, a caminho de Alvalade. Ultrapassado o infortúnio, com a resposta afirmativa dos revigorados pulmões, ainda chegou a tempo de comemorar, na Tapadinha, o titulo nacional da II Divisão. E de rumar ao Benfica. Coluna, Águas, Costa Pereira, Cavém e tantos outros receberam o novel recruta sem parcimónia. Estávamos em 60/61. Campeão nacional, o Benfica preparava-se para revalidar o titulo e flores tentar fazer na Taça dos Campeões. Béla Guttmann, nesse particular, era o mais optimista.

Sabia-se que, um ano antes, pedira para que fosse exarado no novo contrato 200 contos de prémio em caso de triunfo na prova máxima dos clubes europeus. “Oh homem, ponha até mais 100!”, terá dito um incrédulo dirigente. Guttmann não se fez rogado. E pôs.

Provavelmente, terá sido essa, a de 60/61, a melhor temporada do centenário Benfica. A primeira das sete de Germano. Ao Campeonato juntou-se o maior dos desideratos, o titulo europeu. Só que a Taça falhou, porque naquele jogo com o Vitória de Setúbal, apesar de haver já Eusébio, não havia mais titulares, de partida estavam para Berna, onde o Barcelona os esperava, tudo devido a um ridículo regulamento. E ainda hoje se fala da protecção das instâncias do futebol ao Benfica. Balelas, isso sim!

Com um Costa Pereira seguro, um Germano imperial, um Coluna autoritário, um José Augusto estonteante, um Águas concretizador, mais os outros, todos os outros companheiros de jornadas épicas, lá foi o Benfica, para conforto nacional, ultrapassando, sucessivamente, opositores como o Hearts, o Ujpest, o Aarhus, o Rapid e o Barcelona. No Estádio Warkdorf, na Suiça, no último dia de Março de 1961, pela primeira vez uma equipa lusa arrebatava o titulo europeu. Na manhã seguinte, o Mundo acordava muito mais… português.


Foi uma final comovente e sortuda para o Benfica. Kubala, Kocsis e Czibor eram do melhor que até então a Europa havia visto. Germano e seus pares da defensiva, não poucas vezes, viram-se em bolandas para os travarem. Valeu a solidariedade, valeu a mística. E Germano foi dos primeiros a fazer profissão de fé.

No ano imediato, igual cometimento. Frente ao Real Madrid, o Benfica bisava, transformando-se na mais famosa equipa do Velho Continente. Com o inevitável concurso de Germano, com Eusébio e Simões ainda na flor da juventude. Tudo eram rosas para o central encarnado, cujo futebol, de tão perfumado, aromava todas as veredas que atravessavam a aldeia da bola.

Germano manteve-se imperturbável. A fama e os louvores não buliram com aquela postura característica. Continuava a cultivar a diferença. Até nos estágios, por essa altura saturantes, porque muito prolongados. Conta Eusébio que “o Germano andava quase sempre com um livro debaixo do braço, enquanto nós, nas concentrações, só líamos jornais e revista”. De tal sorte, que a língua viperina, mas carregada de humor, de Mário João, não tardou a alcunhá-lo de “Mister Book”, para insatisfação do visado. “Ainda por cima eram sempre livros com mais de 500 páginas”, completa Ângelo, sem muito puxar pela memória. Do álbum de recordações, lugar destacado para Germano. Tão igual no apego à bola, tão diferente nas (outras) opções de vida. Mas sempre simpático, que introvertido não é sinonimo de arrogante.

Perdida a terceira final consecutiva, frente ao AC Milan, sem Germano, sempre a padecer de lesões, afastado por Riera, a 27 de Maio de 1965 abria-se ao Benfica a hipótese de garantir o tricampeonato da Europa. Um temporal diluviano abatera-se sobre Milão, chegando a temer-se a realização do embate. O árbitro foi o suíço Gottfrield Dieusf que, um ano depois, estaria envolvido naquela controvérsia que até hoje dura, a da validação do terceiro golo da Inglaterra à Alemanha, no Mundial de 66.

O Inter abriu o activo, por intermédio do brasileiro Jair. Costa Pereira aprendeu talvez a dizer frango em italiano, tão mal batido foi. Abalado, macambúzio, lesionou-se e o frágil alicerce anímico insusceptibilizou também a recuperação. Foi assim que, aos 12 minutos da metade complementar, na impossibilidade de proceder a substituições, Germano calçou a luvas, ocupou lugar entre os postes e… defendeu tudo. Porém, não chegou, que a linha avançada, essa, demasiado abúlica, não conseguiu desfeitear o guardião transalpino.


Perdia-se assim aquela que o Benfica apelidou de taça da vergonha, disputada no terreno do adversário, coisa engendrada no silêncio dos bastidores, de nada valendo a justa contestação encarnada.

Durante um ano mais, Germano continuou a exibir-se ao melhor nível. Para trás ficava o calvário das lesões, que lhe havia tolhido a alma. Estávamos na antecâmara do Mundial de Inglaterra. Convocado foi e, mais importante ainda, era o capitão da equipa, sinal de incontestável liderança. Contudo, na mais brilhante operação do futebol português a nível de selecções, apenas se mostrou num jogo, o da vitória, por 3-0, com a turma nacional búlgara.

Quando regressou de Inglaterra, soube que estava na lista de dispensas de Fernando Riera. Apopléctico ficou, confrontada com a (má) nova. Poderia ter retaliado. Nessa altura ou mesmo pela vida fora. Mas não. Muitos anos depois, foi possível recolher-lhe uma das raras declarações, justamente sobre o homem que da Luz lhe deu guia de marcha: “Fernando Riera foi um grande treinador, uma pessoa amável, profundo conhecedor do futebol, incapaz de cometer injustiças no relacionamento com os jogadores”. Também por aqui se explica esse traço incomum do seu temperamento.

Ao Benfica regressaria, a meio da época 67/68, quando Otto Glória reassumiu a liderança do futebol, substituindo Riera. Integrou como adjunto a equipa técnica da final europeia, de Wembley, ante o Manchester United. Mergulhou, depois, Germano, num silêncio quase permanente. E numa ausência dolorosa até à sua morte, ocorrida, por sardonismo, no ano do Centenário. Dele ficou rico legado.

domingo, 31 de outubro de 2010

Jacinto José M. G. Santos

Matosinhos. 28 de Janeiro de 1941. Defesa.
Épocas no Benfica: 9 (62/71). 
Jogos: 165. Golos: 10. Títulos: 7 (Campeonato Nacional) e 2 (Taça de Portugal).
Outros clubes: Leixões. Internacionalizações: 5. 


 

Jacinto é nome de planta com flores vistosas e perfumadas. Jacinto é também nome de jogador. Do jogador do Benfica. Jacinto Marques pontificou, nos anos 50, na defensiva encarnada. Poucos anos depois, outro Jacinto, Jacinto Santos, igualmente defesa, desabrochou. E cresceu em tons berrantes, durante quase uma década. Como a tal flor da planta que lhe deu nome, perfumado e vistoso.

Apresentou-se ao grande publico da bola em Matosinhos, no Leixões. Com 20 anos, partiu na direcção da Luz, tendo o conterrâneo Raul Machado, ligeiramente mais velho, por companheiro também de trajectória. Encontrou os bicampeões da Europa. Viveu a sensação do pega-lá-dá-cá com Eusébio, Coluna, Germano, Águas. De mentalidade operária, esmerou-se a trabalhar. Não chegou. Nos quatro primeiros anos, foi remetido à subalternidade, que a coisa ali era séria.

Em 66/67, braço dado com a titularidade, finalmente marcou pontos. Nascimento à baliza, Cavém à direita, Cruz à esquerda, ao lado de Raul Machado compunha o eixo na estrutura base da defensiva benfiquista. Estava-se no rescaldo do Inglaterra 66. Sem a tutelar presença de Germano, surpreendentemente cedido ao Salgueiros. No ano imediato, Jacinto apareceu no onze da final europeia, ante o Manchester United. Só no prolongamento haveria de baquear (4-1) o Benfica, orientado pelo eterno Otto Glória. Desvaneceu-se a hipótese peregrina  de ser campeão no mais importante certame mundial a nível de clubes.

Ainda deambulou à direita, com a entrada em cena de um jovem que respondia pelo nome de Humberto Coelho. Foi em 68/69, na sua última grande época no clube. Eficiente na marcação, lesto no desarme, já menos no jogo aéreo, veloz e autoritário na posse de bola, não era um defesa, era o defesa.

Permaneceu nove anos na Luz. Tem adscritos sete Campeonatos e duas Taças. Quando o vermelho sobressaia no colorido nacional, uma mão cheia de contributos deu à equipa portuguesa. Despediu-se a 13 de Setembro de 1970, com a CUF (1-0), na Catedral, era já Jimmy Hagan o treinador.

Jacinto Santos talvez não tivesse atingido o brilhantismo de alguns dos seus companheiros de rota. Nem tanto lhe fora pedido. Mas sempre lhe é devido um lugar VIP na tribuna dos notáveis do Benfica.

sábado, 30 de outubro de 2010

D10S existe... e nasceu há 50 anos


«Quando se atira a bola a um bebé, o reflexo natural dele é agarrá-la com as duas mãos. O meu filho chutava-a com o pé esquerdo.»
 
A frase pertence a Dona Totta, mãe de Maradona. Nela cabe toda a perfeição da mais pura definição do génio que nasceu para jogar à bola.
Nasceu a 30 de Outubro de 1960, pelas 7.15 da manhã, na Policlínica Evita, em Lanús (Buenos Aires). Na Argentina brinca-se que quando Maradona nasceu, os médicos gritaram golo. 

Se não gritaram, deviam ter gritado. 

Ora como meio século é uma data que merece ser celebrada em grande, o Maisfutebol convida o leitor a uma viagem sem retorno: uma viagem por todas as histórias e vídeos de Maradona, com depoimentos de gente dentro, gente que viveu com o génio. 

Está tudo num conjunto de textos que vão ser lançados a partir das zero horas e durante a tarde deste sábado. 

No primeiro bloco vai viajar desde o nascimento até ao dia em que saiu para o Barcelona. Vai ler os depoimentos do irmão Raul e do filho Maradona Jr., vai recuar até Villa Fiorito com um amigo de infância, vai vestir a camisola do Cebollitas ao lado de um antigo colega. 

Vai estar com o treinador Juan Carlos Montes quando o chamou ao plantel principal do Argentino Juniors e vai ser Rúben Giacobetti a cruzar a linha lateral para ser substituído por Maradona na estreia como sénior. 

Vai perceber com Ricardo Bochini o que é ser o ídolo do ídolo de milhões, vai estar com Mario Kempes a recordar um almoço da concórdia entre os dois maiores dez do futebol argentino, vai ser Batista e saber o que é ser agredido por Maradona num Mundial. 

Vai juntar-se a nós e gritar «Maradó, Maradó». 

Mas porque este dia não é só de Maradona, é de todos nós, que amamos o futebol, tem de fazer parte da viagem: envie vídeos, envie textos, deixe-nos a sua homenagem. Venha enfim celebrar o génio.
É fácil: imagine que é Maradona e tem uma bola nos pés. 




O pontapé de Batista vingado


 

[9ªJornada] Benfica 2-0 P.Ferreira



Benfica 2-0 P.Ferreira
1-0 14' P.Aimar
2-0 65' Kardec (p)

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Fichas dos Jogos do Benfica

Para quem quiser imprimir ou simplesmente guardar as fichas com constituição das equipas, substituições, tabelas classificativas dos jogos referentes ao Benfica aqui ficam os links úteis, estão em formato pdf. 



Aqui fica um exemplo:




Liga Zon Sagres
1ª Jornada: Benfica - Académica
http://www.megaupload.com/?d=BX0DJYJE

2ª Jornada: Nacional vs Benfica
http://www.megaupload.com/?d=U61863WU

3ª Jornada: Benfica vs Setúbal
http://www.megaupload.com/?d=OK87BGZC

4ª Jornada: Guimarães vs Benfica
http://www.megaupload.com/?d=BNRV51CR

5ª Jornada: Benfica vs Sporting
http://www.megaupload.com/?d=HFLQ9A3K

6ª Jornada: Marítimo vs Benfica
http://www.megaupload.com/?d=L38MFYZJ

7ª Jornada: Benfica vs Braga
http://www.megaupload.com/?d=JUV616XU


Champions League
1ª Jornada: Benfica vs Hapoel
http://www.megaupload.com/?d=XJO11I7L

2ª Jornada: Schalke vs Benfica
http://www.megaupload.com/?d=QNVRC150


Taça Portugal
3ª Eliminatória: Benfica vs Arouca
http://www.megaupload.com/?d=SHWBO8CO

Izaías Marques Soares





Vitória, Brasil. 18 de Outubro de 1963. Avançado.
Épocas no Benfica: 5 (90/95). 
Jogos: 177. Golos: 71. 
Títulos: 2 (Campeonato Nacional) e 1 (Taça de Portugal).
Outros Clubes: Rio Ave, Boavista, Coventry e Campomaiorense. 




Com “z” e não com “s”, assim manda escrever o bilhete de identidade do cidadão brasileiro, mais tarde luso-brasileiro, Izaías Marques Soares, nascido em Vitória. No sitio certo, dir-se-á. Na hora certa também, considerada a fulgurante carreira do jogador, que permaneceu cinco épocas no Benfica, depois das experiências, em sol português, no Rio Ave e no Boavista.

Izaías foi bem um exemplo de constante empatia com a exigente massa adepta do Glorioso. Era o protótipo do jogador que deixava tudo em campo. O resultado de uma equação composta por nervo, sentimento e… golo. Não sendo ponta-de-lança deferiu 71 remates certeiros em 177 jogos na equipa principal do Benfica, chegando mesmo (91/92 e 92/93) a situar-se no cume dos goleadores.

Logo no primeiro ano de berço vermelho, sagrou-se campeão nacional, sob a ordens de Eriksson. Com Veloso, Ricardo, Vítor Paneira, Paulo Sousa, Valdo, Jonas Thern, Rui Águas e César Brito, cujos os golos, nas Antas, sublinharam uma das mais deliciosas empreitadas do clube, em jogo carregado de dramaticidade. Na época imediata, a revalidação do titulo escapou, mas já não a visibilidade internacional. Em Londres, mais até na capital inglesa, Izaías maravilhou, em partida da Liga dos Campeões, com o Arsenal, apontando dois golos decisivos, que obrigaram os britânicos a baixar a grimpa.



Era então figura irrecusável no xadrez benfiquista. A plateia dispensava-lhe aplausos, ele retribuía com arrancadas fulgurantes e bolas no fundo das redes. Sugeria estar ligado à electricidade. A sua irrequietude e, mais ainda, as suas explosões, não poucas vezes, parecia coisa sobrenatural. Marcou presença na final da Taça de 93, ganha (5-2) ao Boavista, cotando-se como uma das unidades de melhor produção no titulo de 94, praticamente garantido (6-3) em Alvalade, onde não deixou de assinar e em duplicado o seu ponto de honra.

De forma imprevista, foi dispensado após uma época colectivamente cinzenta, na direcção técnica de Artur Jorge, mas nem por isso evidenciou sinais de amolecimento.

Ao fazer a ponte, de forma ainda que involuntária, entre as últimas conquistas mais arrebatantes do clube e a fase de menor fulgor competitivo, Izaías acabou por marcar, no Benfica, um território, que a história não apaga. Ele que nasceu em Vitória e para a vitória.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Sorteio da Taça com um Benfica-Braga

O sorteio da 4.ª eliminatória da Taça de Portugal, agendada para 21 de novembro, ditou um confronto entre grandes. O Benfica vai receber na Luz o Sp. Braga. O Sporting vai medir forças com o Paços de Ferreira e o Porto desloca-se a Moreira de Cónegos.


Benfica (L) - Sp. Braga (L)
Sporting (L) - Paços de Ferreira (L)
Olhanense (L) - Nacional (L)
Moreirense (LO) - FC Porto (L)
Beira-Mar (L) - Académica (L)
Portimonense (L) - V. Guimarães (L)
Espinho (2.ª Div.) - Leixões (LO)
Juv. Évora (2.ª Div.) - Santa Maria (3.ª Div.)
Varzim (LO) / Cova da Piedade (3.ª Div.) / Gondomar (2.ª Div.) -Ribeirão (2.ª Div.)
Merelinense (2.ª Div.) - Carregado (2.ª Div.)
Rio Ave (L) - Feirense (LO)
Atlético (2.ª Div.) - Tourizense (2.ª Div.)
Pinhalnovense (2.ª Div.) -Tirsense (2.ª Div.)
Mondinense (3.ª Div.) - Torreense (2.ª Div.)
Marítimo (L) - Setúbal (L)
Bombarralense (3.ª Div.) / Louletano - U. Madeira (2.ª Div.)


O sorteio da 4.ª eliminatória da Taça de Portugal realiza-se esta segunda-feira, às 12 horas, no Auditório Manuel Quaresma, na sede da Federação Portuguesa de Futebol.
Os clubes que ainda estão presentes na prova vão saber o que a sorte lhes reserva na próxima ronda da "prova rainha" do futebol português.
Em prova encontram-se ainda catorze das dezasseis equipas da Liga Zon Sagres, sendo que apenas a União de Leiria e a Naval foram eliminadas na ronda anterior por duas equipas madeirenses.
Os leirienses foram batidos em casa, por 2-1, pelo União da Madeira e a equipa da Figueira da Foz foi vencida pelo também primodivisionário Marítimo por 2-0.
Eis os apurados: V. Guimarães, Académica, P. Ferreira, Nacional, Beira Mar, Portimonense, Olhanense, Marítimo, Sp. Braga, Benfica, FC Porto, Rio Ave, V. Setúbal, Sporting, U. Madeira, Juventude Évora, Moreirense, Feirense, Ribeirão, Carregado, Sp. Espinho, Atlético, Merelinense, Santa Maria, Bombarralense, Pinhalnovense, Tirsense, Leixões, Mondinense, Torreense e Tourizense.
O embate entre Varzim-Gondomar foi adiado.




Histórico Benfica com Braga para as provas a eliminar...
Taça de Portugal:

1954/1955, Quartos de Final:
Braga 1-4 Benfica (Corona 86´; Arsénio 3´, 51´ e 84´, Palmeiro 75´)

1964/1965, Meias Finais:
Braga 1-4 Benfica (Teixeira 43´; Coluna 21´, Eusébio 31´, 58´ e 67´)
Benfica 9-0 Braga (Rodrigues [AG] 3´, Pedras 17´e 23´, Eusébio 30´ e 32´, Yaúca 52´, 59´ e 89´, Simões 85´)

1965/1966, Quartos de Final:
Braga 4-1 Benfica (Adão 53´ e 61´, Bino 63´, Perrichon 74´; Nélson 34´)
Benfica 3-1 Braga (Eusébio 40´ e 53´[GP], Torres 69´ ;Adão 21´)

1978/1979, 5ªEliminatória:
Braga 2-1 Benfica (Chico Gordo 65´, Fontes 82´; Artur [AG] 42´)

1981/1982, Meias Finais:
Braga 2-1 Benfica (Fontes 6´ e 64´; Nené 23´)

1988/1989, Meias Finais:
Benfica 3-1 Braga (Lima 52´, Vata 75´, Valdo 89´; Santos 30´)

1997/1998, Meias Finais:
Braga 2-1 Benfica (Karoglan 32´ e 58´; Panduru 15´)

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Liga dos Campeões 2010/11 | 3ªJornada [2]

Liga dos Campeões 2010/11 | Fase de Grupos


Grupo A

Inter 4-3 Tottenham
Zanetti 2' Eto'o 11'(p) 35', Stankovic 14'
Bale 52', 90', 90+1'
Resumo do Jogo


Twente 1-1 W.Bremen
Janssen 75'
Arnautovic 80'
Resumo do Jogo

Classificação Geral



Grupo B


Lyon 2-0 Benfica
Briand 21, Lisandro 51'
Resumo do Jogo

Schalke 3-1 Hapoel
Raúl 3' 58', Jurado 68'
Shecther 90+3'
Resumo do Jogo


Classificação Geral




Grupo C

Rangers 1-1 Valência
Edu 34'
Edu 46' (pb)
Resumo do Jogo


Manchester United 1-0 Bursaspor
Nani 7'
Resumo do Jogo

Classificação Geral



Grupo D

Panathinaikos 0-0 Rubin
Resumo do Jogo


Barcelona 2-0 Copenhaga
Messi 19' 90+2'
Resumo do Jogo

Classificação Geral

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

[Liga dos Campeões] Lyon 2-0 Benfica



Em alta: Roberto, Fábio Coentrão, Aimar, Gaitan (tirando a burrice da expulsão)
Em baixa: Maxi Pereira, Carlos Martins, Saviola, Kardec

Apesar da derrota, ainda acredito no apuramento para a fase seguinte. Temos possibilidades de vencer os 2 jogos em casa e também em Israel. Estamos em 3º com apenas 3 pontos, mas já tivemos as 2 deslocações difíceis.
O Carlos depois de ser o "herói" contra o Braga, marcando um grande golo, decisivo para a vitória, hoje foi uma autentica nódoa. A culpa não é só dele, ele nunca será um apoio de Javi, não é substituto de Ramires. Que falta nos faz...

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Olegário continua em forma

O árbitro português Olegário Benquerença esteve em destaque no encontro entre o Ajax e o Auxerre, da última terça-feira, da Liga dos Campeões. O juiz de Leiria mostrou o cartão vermelho por três vezes, mas foi o último deles que se destacou dos demais.
Jean-Pascal Mignot, jogador do Auxerre, estava a aquecer junto à linha lateral. O encontro caminhava para o final, com os holandeses na frente por 2-1 e Mignot resolveu «pedir» a Olegário Benquerença que apressasse o reatamento do jogo. O árbitro não gostou e mostrou-lhe o amarelo. Mignot não ficou por aí e respondeu. Benquerença não perdeu tempo: cartão vermelho sem, sequer, ter entrado em campo.
No final do encontro, o técnico do Auxerre, Jean Fernandez mostrou-se indignado com a atitude do seu jogador: «Eu realmente não entendo a sua reacção. Aceito que não se concorde com o árbitro e, até, que se veja o amarelo...mas, depois, não se pode ter aquela reacção. É mais um jogador suspenso para os próximos jogos o que torna tudo mais díficil.» 


Liga dos Campeões 2010/11 | 3ªJornada [1]

Liga dos Campeões 2010/11 | Fase de Grupos


Grupo E

Bayern Munique 3-2 Cluj
Cadú (pb) 32', Panin (pb) 37', Gómez 77'
Cadú 28', Culio 86'
Resumo do Jogo


Roma 1-3 Basileia
Borriello 21' 
Frei 12, Inkoom 44', Cabral 90+3'
Resumo do Jogo

Classificação Geral



Grupo F


S.Moscovo 0-2 Chelsea
Zhirkov 23', Anelka 43'
Resumo do Jogo

Marselha 1-0 Zilina
Diawara 48'
Resumo do Jogo

Classificação Geral




Grupo G

Ajax 2-1 Auxerre
De Zeeuw 7', Suárez 41'
Birsa 56'
Resumo do Jogo


Real Madrid 2-0 Milão
C.Ronaldo 13', Özil 14'
Resumo do Jogo

Classificação Geral



GrupoH

Arsenal 5-1 Shakhtar
Song 19', Nasri 42', Fabregas 60'(p), Wilshere 66', Chamakh 69'
Eduardo 82'
Resumo do Jogo


Braga 2-0 Partizan
Lima 35', Matheus 90'
Resumo do Jogo

Classificação Geral

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Relembrar 1986/87

Resumo
O Benfica continua com o treinador John Mortimore depois de uma época em que podia ganhar os três titulos nacionais ganha apenas a Supertaça e Taça em 1985/86.  Em 1986/87 começa mal a perder a Supertaça para o Porto (1-1 nas antas e 2-4 na luz). No campeonato 3 empates até 14ª Jornada, nessa jornada o jogo histórico dos 7-1 do Sporting ao Benfica. Mas as grandes equipas vêem-se nas más horas, e nessas duas derrotas o Benfica lançou-se para a conquista do campeonato nacional. Logo a seguir ao jogo com o Sporting o Benfica jogou mal contra o Braga e vence 2-1, na jornada seguinte foi a vez de jogar com o Porto. Um Porto confiante e um Benfica pouco moralizado e que todas as equipas o achavam uma anedota, mas o Benfica acaba por vencer 3-1 com uma hat-trick de Rui Águas. O campeonato continua e o Benfica ia conquistando pontos mas ia tendo alguns empates, mas nunca perdendo (7-1 foi a única derrota), e foi a altura da VINGANÇA AO LAGARTOS, a conquista do campeonato, foi depois de o jogo contra o Sporting na luz (2-1), e a conquista da taça também frente o Sporting com um bis de Diamantino. Na taça das taças o benfica perde na 2ª eliminatoria com o Bordéus no total (2-1).

Campeonato Nacional

Taça de Portugal, Supertaça, Taça das Taças, Taça de Honra




Plantel
Guarda Redes
Bento
Silvino
Neno
Defesas
Edmundo
Gonçalves
Bastos Lopes
Oliveira
Pietra
Veloso
Dito
Álvaro
Samuel
Médios
Tueba
Zivkovic
Paulo Guilherme
José Luís
Rui Pedro
Shéu
Diamantino
Nunes
Carlos Manuel
Avançados
Manniche
César Brito
José Fernandes
Rui Águas
Chiquinho Conde
Wando
Paulo Navalho

Treinador  John Mortimore

Resultados
Supertaça
Benfica 2-4 Porto
Porto 1-1 Benfica

Campeonato
Boavista 0-2 Benfica
Varzim 0-0 Benfica
Belenenses 1-1 Benfica
Sporting 7-1 Benfica
Chaves 1-2 Benfica
Braga - Benfica (FC do Benfica)
Benfica 1-0 Guimarães
Académica 0-0 Benfica
Portimonense 0-3 Benfica
Guimarães 1-2 Benfica
Rio Ave 0-2 Benfica
Marítimo 2-2 Benfica 
Benfica 3-1 Porto
Salgueiros 1-1 Benfica
Benfica 3-1 Marítimo
Benfica 3-1 Rio Ave
Benfica 1-0 Salgueiros
Benfica 1-1 Portimonense
Benfica 2-0 Académica
Benfica 3-1 Boavista
Benfica 2-1 Braga
Benfica 1-0 Farense
Benfica 2-0 O Elvas
Farense 0-2 Benfica 
O Elvas 0-2 Benfica 
Benfica 2-0 Varzim
Benfica 2-1 Sporting
Benfica 2-0 Belenenses
Benfica 0-0 Chaves
Porto 2-2 Benfica 




Taça Portugal
Bombarralense 0-3 Benfica 

Benfica 4-0 U.Santarém 
Cartaxo 0-0 Benfica
Benfica 7-0 Cartaxo
Benfica 6-1 Torreense
Boavista 1-3 Benfica                (Quartos Final)
Benfica 4-0 Portimonense       (Meia Final)
Benfica 2-1 Sporting              (Final)



Taça das Taças
Benfica 2-0 Lillestrom          (1ªRonda)
Lillestrom 1-2 Benfica
Benfica 1-1 Bordéus              (2ªRonda)
Bordéus 1-0 Benfica 

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

«Deixo de jogar no Benfica no final da época» - Nuno Gomes

É ponto assente. Esta será a última época de Nuno Gomes a jogar com a camisola do Benfica. Com 34 anos, o jogador termina contrato com os «encarnados» e garante que não vai prolonga-lo. 



Em aberto fica a possibilidade de o avançado transitar para um cargo directivo, a exemplo do que sucedeu com Rui Costa, mas Nuno Gomes diz que ainda se sente em condições para jogar mais uma temporada. Certo é que nos relvados, com a camisola do Benfica, esta será a sua última temporada...

«Vou deixar de jogar no Benfica no final da época, o resto logo se verá. Sinceramente nesta altura não vejo o que poderei fazer depois de Junho, só sei que termino contrato e não vou continuar como jogador», afirmou o camisola 21 da equipa «encarnada», que falava depois de ter representado o plantel num almoço com o embaixador do Chile, numa homenagem aos 33 mineiros que estiveram soterrados na mina de San José.