terça-feira, 31 de agosto de 2010

[O que é feito de...] José Soares




Nome Completo: JOSÉ Feliciano Loureiro SOARES
Posição: Defesa Central
Nacionalidade: Português (Internacional sub-21)
Data de Nascimento: 23-02-1976 (34 anos)

Número da Camisola: 38 e 3
Pé Preferido: Direito
Épocas completas no Benfica: 2

Total de Jogos pelo Benfica: 8
Total de Golos pelo Benfica: 0Títulos pelo Benfica: 0

1997/1998
Jogos: 5

Golos: 0


1999/2000
Jogos: 3

Golos: 0
 
Currículo
2009/10 Badajoz (Espanha)
2008/09 Badajoz (Espanha)
2007/08 O Elvas
2006/07 Salgaocar (Índia)/O Elvas
2005/06 Al-Shamal (Qatar)
2004/05 Al-Shamal (Qatar)
2003/04 Al-Ettifaq (A.Saudita)
2002/03 Schweinfurth (Alemanha)
2001/02 Istres (França)
2000/01 D.Aves
1999/00 Benfica/Campomaiorense (Emp)
1998/99 Benfica/Alverca (Emp)
1997/98 Benfica/Alverca (Emp)
1996/97 Alverca (Emp)
1995/96 Alverca (Emp)
1994/95 Benfica/Famalicão (Emp)


José Soares, central formado no Benfica, poucos jogos fez na equipa principal, e ainda bem.... era fraquinho, fraquinho. Andou emprestado nos primeiros 6 anos como profissional, até que o Benfica o conseguiu despachar para o Desportivo das Aves. Proseguiu a carreira por clubes praticamente desconhecidos para o adepto normal de futebol, mudando quase sempre de clube no final de cada época. Actualmente está no Badajoz, já com 34 anos. Não esquecer que foi internacional sub21 por Portugal. 

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Eusébio da Silva Ferreira





Lourenço Marques. Moçambique. 25 de Janeiro de 1942. Avançado.
Épocas no Benfica: 15 (60/75). 
Jogos: 443. Golos: 476. 
Títulos: 11 (Campeonato Nacional), 5 (Taça de Portugal) e 1 (Taça dos Campeões).
Outros clubes: Sporting de Lourenço Marques, Rhode Islands Oceaners e Boston Minutemen, Monterrey, Toronto Metros, Beira-Mar, Las Vegas Quicksilver, New Jersey Americans e União de Tomar. 
Internacionalizações: 64. 

Dezassete de Dezembro, Sexta-feira, de 1960. A bordo do avião, com odor colonial, Eusébio, ele também, anoiteceu. Com a cabeça a fervilhar de ambição. Próximo, muito próximo, estava o sonho que tantas vezes lhe tinha dado fogo às ilusões. A Lisboa, então capital do império, chegava o rapaz de 18 anos. Esperavam-no Júlio Teixeira, Albino Rato e Domingos Claudino, em representação do clube da águia. O jornalista Cruz dos Santos, de “A Bola”, recolheu-lhe uma declaração quiçá imprevista, proferida em voz trémula: “Não gosto de jogar a avançado centro”. E para tranquilidade situacionista, o então trissemanário desportivo avançou que o recém-chegado viera “de Portugal para Portugal”. Mal dando conta que a noite tomara o lugar do dia, ai estava Eusébio, no Lar do Jogador, à Calçada do Tojal, com Torres, Germano, Santana e Mário João.

Para trás ficava a fragrância da quente terra africana. Ficava o bairro da Mafalda, em Lourenço Marques. As fugas à escola, as sovas da D. Elisa, os intermináveis jogos com a bola de trapos. Mais aquela história do major Rodrigues de Carvalho e de Mário Tavares de Melo, enviados benfiquistas, terem colocado 110 contos de reis em cima da mesa da família Ferreira, quantia destinada a transferir Eusébio do Sporting de Lourenço Marques para o Benfica. A mãe, nessa altura, puxou os galões e exigiu 250, com lágrimas a borbulhar-lhe as faces. Negócio fechado, “dinheiro grande”, como D. Elisa, anos mais tarde, recordaria o episódio.



Os primeiros tempos de Eusébio, em Lisboa, foram tumultuosos. Até pensou desistir e retornar a Moçambique. Viveu-se o mais prolongado Benfica-Sporting do século. Meses durou. Uma guerra burocrática, não raras vezes a tanger o insulto. Argumento vem, argumento vai, uns dias mais vermelho, outros mais verde, Eusébio desesperava. Impotente. Queria jogar. Afinal, se o destino até não o havia deixado ser menino, porque subtrair-lhe ainda o maior dos prazeres? A 13 de Maio de 1961, finalmente, a trama burocrática findou. Eusébio era jogador do Benfica. No dia da Senhora de Fátima. Algo que jamais esqueceu.


E dez dias volvidos, no relvado da Luz, procedia-se à despedida da equipa que, horas depois, partiria para Berna, a fim de esgrimir argumentos com o Barcelona, na final dos Campeões. “Subi os degraus, velozmente. Quando entrei e ouvi a multidão gritar o meu nome, fiquei tonto”. A peleja teve o Atlético por opositor. Barrosa defendeu as redes, Mário João e Ângelo eram os laterais, Neto, Artur e Saraiva compunham a intermediária, Nartanga, Jorge, Mendes, Eusébio e Peres faziam as despesas ofensivas, na melhor expressão do dispositivo táctico conhecido por WM.

Cedo Eusébio comunicou no seu idioma predilecto. Um golo madrugador fez. Seguiram-se outros dois, os primeiros de camisola rubra, nesse jogo particular, que terminou 4-2 a favor do Benfica. Poucos dias mais tarde, frente ao Olivais e Moscavide, na primeira partida de carácter oficial, bisou. Seguiu-se o Vitória de Setúbal, em jogo da Taça, depois o Belenenses, a contar para o Campeonato. E golos, mais golos. Numa relação irremitente.

“Fez bonitos golos; os jogadores do Santos, todos eles, eu próprio, dizíamos que aquele rapaz era um grande jogador, até porque ninguém sabia quem ele era”. A declaração é assinada na primeira pessoa do singular. Por Pele, “o génio da redonda”, segundo Jorge Amado. Foi proferida no final do encontro Benfica-Santos, em Paris, a 15 de Junho de 1960. Três gentilezas Eusébio à bancada fez. Perderam os já campeões da Europa, depois de terem encaixado quatro golos sem resposta. Foi quando o ainda desconhecido Eusébio se levantou do banco de suplentes. Para um hat-trick. E só não igualou, porque Béla Guttmann, feiticeiro-que-não-foi, o impediu de marcar uma grande penalidade, por falta sobre ele próprio cometida. Haveria de falhar José Augusto. O Santos venceu 5-3, mas Eusébio revelou-se nesse dia ao mundo da bola. Lancinantemente competitivo.

Pantera Negra ficou. Epíteto feliz ou a exaltação de predicados como a velocidade, a destreza, a elegância. “Inicialmente não gostei, porque em Los Angeles havia um grupo chamado Black Panter, que matava pessoas e assaltava bancos”. Começou a gostar e hoje orgulha-se até, recordando aquele jornalista inglês, responsável pela alcunha, que ficou atónito com o seu desempenho num Inglaterra-Portugal, em Outubro de 1961, cumpria Eusébio a segunda internacionalização, depois da estreia, ante o Luxemburgo, alguns dias antes, sempre é claro com o golo da praxe.

Naquela temporada de 61/62, confirmava-se um nova profecia de Guttmann, segundo o qual “não há cu para duas cadeira”. Em tradução futebolística, o mago predizia ou Campeonato ou título europeu. Assim foi, ainda que a conquista da Taça, perante o Vitória de Setúbal (3-0), com dois golos de Eusébio, ajuda-se a mitigar o insucesso.

O Benfica caminhou magnânimo até à final de Amsterdão. Quem não recorda, após a eliminação do FK Áustria, o concerto da orquestra vermelha na Luz? Na primeira mão, o triunfo coube aos alemães, em dia de neve maldita…e sem Eusébio, lesionado. A desforra, essa, dias depois, roçou a perfeição. Seis golos, com dois de Eusébio, ao Nuremberga. “A dada altura, dei por falta de uma medalha com a santa da minha devoção, que a minha mãe me oferecera três meses antes de vir para Lisboa”, explicou, sugerindo que mais golos poderia ter apontado com a Santa das Boas Graças. O amuleto jamais apareceu, a fé como que recrudesceu.


Eliminados os britânicos do Tottenham, numa meia-final de grande dramaticidade, eis que, a 2 de Maio de 1962, o Benfica sobe ao palco da glória, em Amsterdão, já com o estatuto de campeão da Europa para defrontar o Real Madrid, de Di Stéfano, Puskas, Gento, Del Sol e Santamaria, “o primeiro grande clube moderno”, na observação sapiente de François de Montvion, director do “France Football”. Exauriu-se Eusébio. Ele e os companheiros Costa Pereira, Mário João, Ângelo, Cavem, Germano, Cruz, José Augusto, José Águas, Coluna e Simões. O despique foi grandiloquente. Até começou equilibrado, mas Puskas abriu o activo e, seis minutos depois, marcaria o 2-0. A final parecia sentenciada e nas bancadas só os espanhóis vibravam. Era imperativo que soasse o alarme vermelho e nada melhor do que um livre à entrada da área. À base do poste rematou Eusébio, mas José Águas, no sitio certo, fez a recarga vitoriosa e também melhorou a expressão do moral benfiquista. Como corolário, num lance em que Eusébio lutou nas alturas com o guarda-redes merengue, aproveitou Cavem para restabelecer a igualdade. Mas a desdita não se fez esperar e, de novo Puskas, antes do intervalo, batia Costa Pereira.

No descanso, rezam coincidentes testemunhos, Bela Guttmann só pronunciou uma frase. Ei-la: “O jogo está ganho, não se preocupem”, num registo profético. Mário Coluna cedo empatou de novo a contenda. Até que emerge Eusébio, provocando uma hemorragia colectiva de prazer nas bancadas lusas. Dois golos marcou. Após um delicioso apontamento, o miúdo da Mafalda caiu na área. O golpe foi sucio e a grande penalidade apontada. Com o requinte dos apaixonados, Eusébio colocou a bola na marca, maricón lhe chamou Santamaria, com o fito de o desconcentrar. Não entendeu o insulto e, em surdina, inquiriu Coluna. “Marca o golo e chama-lhe cabron”. As duas coisas fez. Gloriosamente.

Tempo houve ainda para novo tento apontar. Foi o da consagração. Por isso, “Eusébio es una bestia”, escreveu o jornalista espanhol Ramón Melcon, um elogio com laivo de revolta. “Eusébio, a Pantera Negra, estraçalhou o Real Madrid”, na opinião do repórter britânico Desmond Hackett, para quem “foi uma noite de futebol majestático; esta nobre equipa do Benfica exibiu um futebol perfeitamente ao nível das realezas que estavam na cidade, devido ao aniversário da rainha Juliana”.

Da beleza do futebol virginal, aristocrata da bola virava Eusébio. Por isso, como escreveu epicamente o nosso Carlos Pinhão, “na era de Eusébio, Eusébio é que era”.

Alfredo Di Stéfano havia sido apeado do cume da pirâmide europeia da coisa redonda. No Velho Continente proclamava-se um novo rei. Humilde, sempre humilde, como também só sempre são os homens bons, Eusébio guarda com uma devoção quase evangélica a camisola do astro argentino, naturalizado espanhol. “Para mim, tem tanto significado como a da Taça dos Campeões”, precisa Eusébio. “Não era Di Stéfano o meu ídolo e o jogador mais completo que vi actual em toda a minha vida?”. Era mesmo.


Como foram também mais três as hipóteses de se voltar a sagrar campeão da Europa. Logo no ano subsequente à final de Berna, com o AC Milan (1-2); em 64/65, frente ao Inter (0-1); em 67/68, ante o Manchester United (1-4, após prolongamento). Os colectivos benfiquistas falharam, ainda que sempre soçobrassem com dignidade. A dignidade à Benfica, misto de amor e de luta, de entrega e de esforço, de prazer e de classe. Assim foi também nas duas finais perdidas da Taça Intercontinental, com o Peñarol e o Santos. Só que o Benfica esteve sempre lá. No areópagos da fama. Clube mítico se fez.

Quando, na primavera de 63, Portugal venceu o campeão do Mundo, a selecção do Brasil, no Estádio Nacional, com um golo solitário de José Augusto, Eusébio cumpria ainda a sua oitava internacionalização. “Agora, é só continuar até ao Mundial de 66”, atirou premonitoriamente, na sua expressão serena de felicidade.


Estávamos na antecâmara da jornada épica em terras inglesas. À equipa das quinas cedeu, nessa altura, largo contingente o Benfica. Em representação do clube da Luz, Manuel da Luz Afonso e Otto Glória, respectivamente seleccionador e técnico, chamaram à campanha Eusébio, Germano, Coluna, Simões, José Augusto, Cruz e Torres. Com inspiração nos “Lusíadas”, de Luís Vaz de Camões, nasceram os Magriços. Esfomeados de sucesso, protagonizaram imaculadamente a fase de preparação, perante a Noruega, Escócia, Dinamarca, Uruguai e Roménia, sem erro de anacronismo. Eusébio até só marcou três golos, mais parecendo adiar a exortação dos requintes de goleador para as melhores e autênticas núpcias. Foi a Hungria a preambular a maior odisseia de toda a história do futebol indígena. Vitória por 3-1, com golos vermelhos de José Augusto (2) e José Torres, “que 32 anos de espera para chegar a uma fase final até justificavam uma aragem de sorte”, comentou Vítor Santos. E o mestre descobriu “uma Académica de gala… encarnada e verde”, no segundo embate, frente à Bulgária, para um triunfo luso, por incontestáveis 3-0, já com um tento assinado por Eusébio.

Até que chegou o Brasil, quatro anos antes vencedor de igual certame no Chile. Poderia Portugal ter algum complexo de pequenez? Não eram o Benfica e o Sporting habituais clientes das melhores ementas do futebol europeu? E não havia Eusébio? Um imprevisto golo do mais baixinho em campo, Simões de seu nome, com garbosa cabeçada, abriu as hostilidades. Para não ficar atrás, logo de seguida, também Eusébio, todo ele violando as leis da física, num soberbo momento antigravidade, apontou o segundo golo, nem mais nem menos que o primeiro de cabeça ao serviço da equipa de todos nós. Rildo, o brasileiro, ainda reduziu, mas guardado estava o melhor pedaço. E que pedaço! Pedaço de talento singular, aquele remate de Eusébio, quase à velocidade da Luz. Era o 3-1 final, que Pele decerto não viu, ele que do campo saíra de forma precoce, após ter disputado rijo lance com o lateral do Sporting, o do “cantinho de Morais”, da final verde de Antuérpia.

Por limite apenas o céu ou nada a declarar com excepção do génio, alternativamente, bem poderiam traduzir a mágica exibição de Eusébio naquela Portugal-Coreia do Norte. Aí estava o artista da bola, o poeta do jogo, o mítico herói do povo.

A perder por 0-3, Eusébio por porventura o primeiro dos imperturbáveis. Revoltou-se na sua melhor expressão. Produziu lances ornados de fantasia, contagiou os companheiros, marcou golos como se de regresso estivéssemos ao milagres das rosas. Quatro foram, com José Augusto a fechar a contagem (5-3). Nesse jogo como em mais nenhum outro, Eusébio submeteu a bola ao império da sua vontade. No Mundial, seguiu-se a impiedosa derrota ante a Inglaterra, país organizador (2-1, com um golo de Eusébio), após trapaça sórdida. É que o palco do jogo foi Londres, no belo Wembley, à revelia dos regulamentos. Por isso, Manuel da Luz Afonso disse que “se o jogo tiver de ser resolvido por moeda ao ar, a dita moeda terá duas caras ou duas coroas”. Necessário não foi. O Portugal de Eusébio viu-se compelido a jogar com a União Soviética, na discussão de um lugar no pódio. E venceu. Eusébio fez o nono golo na prova, sagrando-se o melhor marcador. Melhor jogador, também.

A eusebiomania que, muito justamente, no rescaldo do Mundial de 66, atingiu Portugal e o Mundo reverteu a favor do Benfica. Ao jogador e ao clube chegaram muitos cantos da sereia ao longo dos anos. “´É património do Estado”, judiciou mesmo Salazar, confrontado com a hipótese de Eusébio representar a Juventus. “Então eu mal conheço a pessoa, não é da minha família, como é que podia impedir-me de ir ganhar aquela pipa de massa?”. Era a generosidade postiça do velho regime. Para trás ficaram também o Inter de Milão, o Real Madrid, o Vasco da Gama e tantos, tantos outros clubes que disputaram os seus préstimos.

Nos 15 anos que jogou no Benfica, escreveu Baptista Bastos, “Eusébio representou-nos, àqueles que pediam passagem, aos anónimos, aos arranhados, aos sovados por todas as injustiças (…), Eusébio foi todos nós sendo apenas ele (…), Eusébio realizou todos os nossos sonhos, sonhando-os por todos nós”. Eusébio e o Benfica tornaram-se indissociáveis. Ainda hoje, o nosso futebolista do século mantém-se recordista de títulos nacionais. Onze vezes ganhou a prova máxima e em cinco ocasiões venceu a Taça de Portugal. Arrebatou sete vezes a Bola de Prata, duas vezes a Bota de Ouro e uma vez a Bola de Ouro. Vestiu as camisolas da UEFA e da FIFA. Fez o Benfica peregrinar em glória pelas mais diversas paragens.


De águia ao peito, Eusébio disputou 715 jogos, tendo apontado 727 golos. No decurso da mais rica era vermelha, fez por ano 48,5 golos em média. Também por essa razão, com o moçambicano nos seus quadros, na velha Luz, essa fantástica praça desportiva, o Benfica, para consumo doméstico, esteve nove (!) anos consecutivos sem perder, desde 17/10/65 (2-4, com o Sporting) até 30/12/74 (2-3, com o Vitória de Setúbal, partida em que não alinhou por se encontrar lesionado).

Na contabilidade pessoal de Eusébio, estão anotados 1137 golos, tendo o milésimo sido marcado, já no ocaso da carreira, pelo Toronto Metros, frente ao Minnesota. Com dificuldade, ele que tem uma memória quase fetal, consegue elencar cinco das suas melhores obras, desde “o terceiro golo contra os suíços do Chaux-de-Fonds, o também terceiro golo apontado no Mundial ao Brasil, um golo à selecção do Japão, um livre directo à baliza do sportinguista Vítor Damas, até ao pontapé de quarenta metros que fulminou as redes da Juventus”.

Ao lado de Pele (Brasil), Alfredo Di Stéfano (Argentina/Espanha), Franz Beckenbauer (Alemanha), Bobby Charlton (Inglaterra), Johan Cruijff (Holanda), Michel Platini (França), Ferenc Puskas (Hungria/Espanha), Stanley Mattews (Inglaterra) e Lev Yashin (Rússia), o nosso Eusébio foi eleito pela FIFA, organismo que superintende o futebol mundial, um dos dez melhores futebolistas de todos os tempos. “A maior distinção da sua carreira”, garantiu o jornalista Vítor Serpa, director de “A Bola”. De facto, apetece perguntar que cidadão português, qualquer que seja o ramo de actividade, terá sido escolhido entre a melhor dezena mundial de sempre no seu mester? Eusébio, claro.

Eusébio cedo da bola se enamorou. Possui o mais invejável relicário futebolístico nacional. Coloriu o país de vermelho. Ensinou ao mundo onde fica Portugal.

Eusébio ganhou e merece esse raro direito à imortalidade.

Zoran Filipovic





Titograd. Jugoslávia. 6 de Fevereiro de 1953. Avançado.
Épocas no Benfica: 3 (81/84). 
Jogos: 84. Golos: 41. 
Títulos: 2 (Campeonato Nacional) e 1 (Taça Portugal).
Outros clubes: Estrela Vermelha de Belgrado, Club Brugge e Boavista. 
Internacionalizações: Jugoslávia.


Havia quase 20 anos que José Águas tinha envergado pela última vez o mais carismático equipamento desportivo do país. José Torres, esse, era também passado. Antes mesmo do filho Rui e até talvez melhor, ninguém como o jugoslavo Zoran Filipovic remeteu os benfiquistas para uma das mais apetecidas memórias. Ele que tinha a elegância de Águas, o gesto técnico, a impulsão, o apego ao golo, até traços fisionómicos que não destoavam.

A estreia revelou-se aprobatória, em embargo da derrota, na Antas, por 2-1, mas com um golo da sua criação. Arrancava a temporada de 81/82, Baroti mantinha a liderança técnica. Depois de Jorge Gomes e César, Filipovic, natural da província de Montenegro da velha Jugoslávia, era o terceiro estrangeiro a ingressar no clube. O Benfica não revalidou o título, é certo, mas o antigo jogador do Estrela Vermelha de Belgrado, já quase trintão, venceu a fase de reconhecimento, enterrou dúvidas, afirmou-se como pedra de toque na ofensiva, acompanhado pelo inevitável Nené.



No ano seguinte, Filipovic não abjurou as credenciais, tendo assinado mesmo uma temporada fantástica. Com Eriksson, o Benfica reconquistou o título nacional, venceu a Taça de Portugal e chegou à final da Taça UEFA. Nesta prova, em 12 jogos, apontou oito golos, cotando-se como o mais precioso jogador da equipa. Três golos à Roma e um à Universidade de Craiova, respectivamente nos quartos e nas meias-finais, catapultaram o conjunto para nova final europeia, ao cabo de 15 anos de jejum.


Na terceira e última época, Filipovic voltou a sagrar-se campeão nacional, mas o registo de oito participações apenas, ainda que com sete golos averbados, é reveladora das dificuldades para se impor no colectivo, já na ternura da veterania. De resto, foi também um ano dourado da dupla Nené (21 golos) e Diamantino (19 golos), mais do emergente dinamarquês Manniche (11 golos).

Zoran Filipovic regressou ao Benfica, em 94/95, como membro da equipa técnica chefiada por Artur Jorge. Não foi feliz, ainda que em Maio de 96, já com Mário Wilson treinador principal, tenha contribuído para o triunfo na final do Jamor. A sua competência, a sua dedicação, mais ainda os seus golos, colocam-no na estante dos notáveis que a águia ao peito trouxeram.

Félix Assunção Antunes





Barreiro. 14 de Dezembro de 1922. 2 de Agosto de 1998. Defesa.
Épocas no Benfica: 10 (44/54). 
Jogos: 188. Golos: 2. 
Títulos: 1 (Campeonato Nacional), 4 (Taça de Portugal) e 1 (Taça Latina).
Outros clubes: CUF, Torreense e Luso do Barreiro. Internacionalizações: 15.


Ainda hoje, alguns especialista e praticantes mais antigos do culto da águia convergem no julgamento, segundo o qual Félix terá sido o melhor defesa-central de sempre do Benfica. Mesmo que à colação venham os nomes de Germano ou Humberto Coelho, de Mozer ou Ricardo Gomes. Chegou ao clube, em 1945, já a sangrenta Guerra Civil de Espanha e a sórdida II Guerra Mundial haviam terminado. De resto, é por essa altura, na avalizada opinião do historiador e também benfiquista Veríssimo Serrão, que a censura, um dos braços do hermético regime, obrigou a imprensa da época a escrever “os encarnados” em substituição de “os vermelhos”. Afinal, qualquer que fosse a versão, a cor predilecta de Félix Antunes, natural do Barreiro, operário na CUF, futuro ídolo do futebol.




Com o emblema da empresa ao peito, embora na sucursal dos Unidos Futebol Clube, despontou nos escalão júnior, nos Campeonatos Regionais de Lisboa. Aos 18 anos, já era titular da equipa principal, actuando no posto de médio-esquerdo. Revelava habilidade, intuição. Talvez por esse motivo, muitas vezes jogou também como médio-centro ou interior-esquerdo, isto é, mais próximo da zona privilegiada do golo.

No Benfica, apesar de alguma indefinição na fase madrugadora do seu percurso, o húngaro e não poucas vezes vidente, Janos Biri, estabilizá-lo-ia no eixo da retaguarda. Assim se notabilizou. Operava de forma imperial, preciso na colocação e (ab)usando de dois pés que maravilhas faziam. Cognominado de Pantufas seria. E se no jogo aéreo era insuperável, encontrada está a radiografia do defesa ideal. Actuou no Benfica, ao longo de dez temporadas. Era o tempo da hegemonia do Sporting, com os Cinco Violinos a marcarem pontos na agenda competitiva. Mesmo assim, ainda venceu um Campeonato Nacional e quatro Taças de Portugal.

Na época de 49/50, Félix deu inestimável contributo para a conquista da Taça Latina, primeiro grande feito internacional do palmarés benfiquista. A mestria que revelava propiciou mesmo que se chegasse a falar do Sport Lisboa e Félix. O seu nome começou a circular pela Europa, numa altura em que o futebol não tinha, nem pouco mais ou menos, a projecção mediática dos nossos tempos, com a televisão em fase embrionária e em Portugal nem vê-la ainda.

As quatro finais consecutivas da Taça de Portugal (48/49, 50/51, 51/52 e 52/53, já que em 49/50 não se disputou) constituíram um marco até hoje inigualável no reportório vermelho, até porque se saldaram em outras tantas vitórias. Apenas Bastos, Joaquim Fernandes, Moreira, Arsénio, Rogério e Félix fizeram o pleno.

Chegou à Selecção Nacional em Março de 1949, recebendo o testemunho do belenense Feliciano. Com as quinas, haveria de disputar um total de 15 jogos, numa altura em que o futebol português tardava a sua afirmação, sobretudo perante as congéneres que já haviam adoptado o mais completo profissionalismo. Despediu-se em Viena, frente ao combinado nacional austríaco, numa trágica derrota (9-1). Foi acusado de mau comportamento no estágio de preparação para o despique. A Federação multou-o e o Benfica também, multiplicando a parada, que num conto de réis se fixou.

Com o alicerce emocional fragilizado, pela derrotas, pelas incidências, pelas multas e pelas criticas, Félix não reagiu bem às punições, sobretudo indignado ficou com a repreensão monetária do Benfica, da responsabilidade do presidente Joaquim Bogalho. Três semanas volvidas, foi jogar a Setúbal, a 18 de Outubro de 1953. No Campo dos Arcos, o Benfica baqueou, num contundente 5-3. Ainda hoje se diz que os golos sadinos resultaram de erros inusitados do defesa-central. Embora até se perceba o exagero, incontestável é que na cabina, terminado o encontro, Félix despiu a camisola, atirou-a de forma ostensiva para o chão e pisou-a num acesso de mau génio. O presidente do clube, estupefacto, presenciou a cena. A decisão, essa, não tardou. Para Félix era a inapelável despedida do Benfica.

Foi assim que um grande jogador, com apenas 30 anos, serviu de exemplo aos vindouros. Era assim a disciplina no Benfica. A transigência estava interdita a quem desrespeitasse o símbolo e a divisa do clube. Mesmo que fosse um gesto intempestivo. Mesmo que interpretado por um atleta insubstituível. Um atleta sagrado que não respeitou valores mais sagrados ainda. Um atleta da singular craveira de Félix.

domingo, 29 de agosto de 2010

Os primeiros pontos




Onze 
13 Júlio César
14 Maxi Pereira
  4 Luisão
23 David Luiz
18 Fábio Coentrão
  6 Javi Garcia
  8 Salvio
20 Gaitan
10 Aimar
30 Saviola 
  7 Cardozo

Suplentes
12 Roberto
27 Sidnei
25 César Peixoto
  5 Rúben Amorim
17 Carlos Martins
11 Jara
19 Weldon

Substituições
25' Salvio por Roberto
46' Saviola por Rúben Amorim
72' Gaitan por Carlos Martins

Disciplina
24' Júlio César (vermelho)
90' Luisão (amarelo)
Marcador 
  4' Cardozo
44' Luisão
57 Aimar

sábado, 28 de agosto de 2010

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Foste infeliz

Mesmo que seja verdade, foi uma afirmação infeliz, porque nesse caso a culpa é tua. 

"O Benfica está a fazer a pré-época no campeonato", afirma Jorge Jesus

 

O treinador do Benfica justificou hoje as três derrotas consecutivas em jogos oficiais com a ausência de todo o plantel no período de pré-temporada. Mas garantiu uma equipa sem pressão para o jogo de amanhã, frente ao V. Setúbal.
Em declarações prestadas à Benfica TV, Jorge Jesus começou por projectar o encontro da 3.ª jornada da Liga. "Espero que o Benfica esteja ao nível daquilo que é capaz de fazer. Os primeiros resultados não foram o que nós pensávamos, mas daremos boa resposta, porque sentimos que também estamos a melhorar semana a semana".
De resto, descreveu o V. Setúbal como "uma equipa com qualidade, um adversário forte, motivado" e prometeu uma atitude vencedora amanhã à noite, no Estádio da Luz: "Sabemos que vamos ter dificuldades mas temos de arranjar forma de sermos melhor do que o V. Setúbal. Esperamos sair vencedores deste jogo”, vincou.
Pressão imposta pelas derrotas? “O Benfica tem sempre de jogar para os três pontos, acho que isso não aumenta a pressão. Os jogadores do Benfica estão preparados para sairmos para os jogos e termos de ganhar”. E por que razão não têm aparecido as vitórias neste ínico de temporada? "No ano passado o Benfica fez a pré-época com todo o grupo. Agora há jogadores que estiveram no Mundial que não trabalharam desde o primeiro momento. A diferença é que o Benfica está a fazer a pré-época no campeonato", justifica.


in Público

Convocados para a 3ªjornada

O futebolista argentino Eduardo Salvio foi convocado esta sexta-feira pelo treinador Jorge Jesus para a recepção ao Vitória de Setúbal.

Para o encontro de sábado no Estádio da Luz, o técnico convocou o defesa-esquerdo César Peixoto que recuperou de uma tendinite na face posterior da coxa esquerda.

A partida entre o Benfica e o V. Setúbal tem início marcado para as 21h15 deste sábado, dia 28 de Agosto.

Lista de convocados:
Guarda-redes: Roberto e Júlio César;
Defesas: Luisão, Maxi Pereira, Fábio Coentrão, Luís Filipe, David Luiz, César Peixoto e Sidnei;
Médios: Ruben Amorim, Javi Garcia, Pablo Aimar, Carlos Martins, Nicolás Gaitán e Salvio;
Avançados: Cardozo, Saviola, Franco Jara, Weldon e Nuno Gomes.


[O que é feito de...] Bruno Basto


Nome Completo: BRUNO Miguel Leite BASTO
Posição: Defesa Esquerdo
Nacionalidade: Português
Data de Nascimento: 21-05-1978 (32 anos)
Número da Camisola: 39 e 19
Pé Preferido: Esquerdo



Épocas completas no Benfica: 3
Total de Jogos pelo Benfica: 58
Total de Golos pelo Benfica: 1
Títulos pelo Benfica: 0

1997/1998
Jogos: 3
Golos: 0

1998/1999
Jogos: 22
Golos: 1 (1 na Liga)

1999/2000
Jogos: 33
Golos: 0


Currículo
2010/11 sem clube
2009/10 sem clube
2009      Shinnik
2008      Shinnik
2007/08 Nacional
2006/07 Nacional
2005/06 Feyenoord/Saint Étienne
2004/05 Bordéus/Feyenoord
2003/04 Bordéus
2002/03 Bordéus
2001/02 Bordéus
2000/01 Bordéus
1999/00 Benfica
1998/99 Benfica
1997/98 Benfica
              Alverca
1996/97 Alverca
1995/96 Benfica (Juniores)
1994/95 Benfica (Juniores)


Bruno Basto, lateral esquerdo que conseguia fazer todo o corredor esquerdo, ou pensava que conseguia. Era um jogador rápido, mas depois de chegar à linha de fundo não sabia cruzar. Foi formado no Benfica, no ano 2000 emigrou para França, depois ainda passou pelo Feyenoord, antes de regressar a Portugal. Como não vingou, voltou a sair desta vez para a Rússia. O Shinnik não lhe estava a pagar o ordenado (quatro meses em atraso) e por isso recindiu.
Actualmente a residir em Vila Real, Bruno Basto está sem clube, e pondera deixar o futebol ainda este ano para trabalhar como representante de jogadores.
Tinha potencial mas não era um jogador muito esperto e parece que ficou afectado nos 7-0 com o Celta. Fez 58 jogos e um golo (ao Porto)

Calendário da Liga do Campeões

1ª Jornada: BENFICA – Hapoel Tel-Aviv dia 14 de Setembro às 19:45
2ª Jornada: Schalke – BENFICA dia 29 de Setembro às 19:45
3ª Jornada: Lyon – BENFICA dia 20 de Outubro às 19:45
4ª Jornada: BENFICA – Lyon dia 2 de Novembro às 19:45
5ª Jornada: Hapoel Tel-Aviv – BENFICA dia 24 de Novembro às 19:45
6ª Jornada: BENFICA – Schalke dia 7 de Dezembro às 19:45

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Benfica no Grupo B com Lyon, Schalke e Hapoel Tel-Aviv


Grupo A
Inter
W.Bremen
Tottenham
Twente

Grupo B
Lyon
Benfica
Schalke
Hapoel Tel-Aviv

Grupo C
Manchester United
Valência
Rangers
Bursaspor

Grupo D
Barcelona
Panathinaikos
Copenhaga
Rubin Kazan

Grupo E
Bayer Munique
Roma
Basileia
Cluj

Grupo F
Chelsea
Marselha
Spartak Moscovo
Zilina

Grupo G
Milan 
Real Madrid
Ajax
Auxerre

Grupo H
Arsenal
Shakhtar
Braga
Partizan


Correcções sobre os Palmarés

Recentemente, tem-se verificado que vários orgãos de comunicação social, talvez com o intuito de diminuir as conquistas do Sport Lisboa e Benfica, têm vindo a omitir vários títulos oficiais conquistados pelo nosso clube.
O que é certo é que se tem vindo a falar, pelo menos desde a semana em que se disputou a última final da Taça da Liga, brilhantemente conquistada pelo Sport Lisboa e Benfica, de uma aproximação no número de títulos oficiais conquistados pelo Futebol Clube do Porto em relação ao Benfica de tal forma que este estaria mesmo à beira de apanhar o nosso clube no número de títulos conquistados pelas secções de futebol sénior de cada um deles. Apesar destes números terem sido desmentidos na altura, na passada semana, a campanha de desinformação voltou, tendo sido publicada na 1ª página do JN este título:




Ora, será mesmo verdade o que é publicado nesta 1ª página?

Champions - Sorteio às 17h

As dez equipas que saírem vencedoras do "play-off" juntam-se às 22 qualificadas automaticamente para a fase de grupos no sorteio agendado para o Fórum Grimaldi, no qual as 32 formações serão divididas em quatro potes de cabeças-de-série, dos quais sairá, depois, a constituição dos oito grupos. A hierarquia dos cabeças-de-série tem por base o sistema de coeficientes da UEFA e as equipas da mesma federação não se podem defrontar.
No caso de haver federações com dois representantes na fase de grupos, estas duas equipas serão colocadas nos respectivos grupos, para que os seus jogos sejam separados e divididos entre terça e quarta-feira, de modo a nunca actuarem no mesmo dia, pelo que, quando um desses clubes jogar em casa num dia, o outro actuará necessariamente fora no outro dia de jogos. Nas federações com três representantes, apenas duas delas serão emparelhadas no que diz respeito ao dia e local dos seus jogos, enquanto no caso de federações com quatro representantes, estes serão agrupados dois a dois, com base nas audiências televisivas.
Para garantir que equipas do mesmo país actuam em dias separados, os oito grupos serão diferenciados por cores: os Grupos A a D serão os vermelhos, enquanto os Grupos E a H serão os azuis. Quando um dos clubes que se encontre emparelhado com outro é sorteado, por exemplo num dos grupos vermelhos, o seu par - quando for sorteado - será automaticamente colocado num dos quatro grupos azuis.
As equipas do Pote 1 serão provisoriamente colocadas na primeira posição dos respectivos grupos, as equipas do Pote 2 na segunda posição e assim sucessivamente. Quando estiver concluído o sorteio da constituição dos grupos, será realizado um sorteio por computador para determinar a posição real de cada equipa dentro do seu grupo, definindo desta forma as jornadas e a ordem dos desafios em casa e fora.



Pote 1
***** Barcelona          ESP  136,865
***** Manchester United  ENG  125,228
***** Chelsea            ENG  118,228
***** Arsenal            ENG  115,228
***** Bayern München     GER  110,841
***** Inter              ITA  100,867
***** Milan              ITA   99,867
***** Lyon               FRA   96,748


Pote 2
****  Werder Bremen      GER   94,841
***** Real Madrid        ESP   84,865
***** Roma               ITA   83,867
***** Shakhtar Donetsk   UKR   73,910
***** BENFICA            POR   72,659
***** Valencia           ESP   66,865
***** Marseille          FRA   62,748
***** Panathinaikos      GRE   56,979


Pote 3
****  Tottenham          ENG   56,228
***** Rangers            SCO   56,158
***   Ajax               NED   55,309
***   Basel              SUI   48,675
***** Schalke 04         GER   54,841
***   Sporting Braga     POR   39,659
***   København          DEN   34,470
***** Spartak Moscow     RUS   33,758


Pote 4
**    Hapoel Tel Aviv    ISR   27,775
***** Twente             NED   25,309
***** Rubin Kazan        RUS   21,758
****  Auxerre            FRA   19,748
***** Cluj               ROU   15,898
**    Partizan           SRB   13,800
**    Zilina             SVK   10,666
***** Bursaspor          TUR    6,890





Calendário
Fase de grupos, Jornada 1    14-15/09/10
Fase de grupos, Jornada 2    28-29/09/10
Fase de grupos, Jornada 3    19-20/10/10
Fase de grupos, Jornada 4    02-03/11/10
Fase de grupos, Jornada 5    23-24/11/10
Fase de grupos, Jornada 6    07-08/12/10
Oitavos-de-final, 1ª mão    15-16/02/11 ou 22-23/02/11
Oitavos-de-final, 2ª mão    08-09/03/11 ou 15-16/03/11
Quartos-de-final, 1ª mão    05-06/04/11
Quartos-de-final, 2ª mão    12-13/04/11
Meias-finais, 1ª mão    26-27/04/11
Meias-finais, 2ª mão    03-04/05/11
Final (Estádio de Wembley, Londres)    28/05/11

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Magazine BenficaHD semana2

Mais uma semana, infelizmente com nova derrota do Benfica, que está a ter dificuldades em regressar ao nível da época passada. Não me peçam para falar do Roberto, é melhor não.
Aqui fica o Magazine #2 desta época.
 

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

[O que é feito de...] José Sousa


Nome Completo: José Carlos Leite de SOUSA
Posição: Defesa Direito
Nacionalidade: Português (Internacional sub-21)
Data de Nascimento: 09-10-1977 (32 anos)
Número da Camisola: 36 e 16
Pé Preferido: Direito


Épocas completas no Benfica: 2
Total de Jogos pelo Benfica: 45

Total de Golos pelo Benfica: 1
Títulos pelo Benfica:
0

1997/1998
Jogos: 30
Golos: 1 (1 na Liga)


1998/1999
Jogos: 15
Golos: 0



Currículo
2009/10 Arouca
2008/09 Beira-Mar
2007/08 Olympiakos Nicosia
2006/07 Belenenses
2005/06 Belenenses
2004/05 Belenenses 
2003/04 Belenenses
2002/03 Belenenses (Emp)
2001/02 Farense(Emp)
                Porto
2000/01 Braga 
1999/00 Alverca
1998/99 Benfica
1997/98 Benfica
                Alverca
1996/97 Alverca


Iniciamos uma nova rubrica "O que é feito de..." com José Sousa, lateral direito que passou pelo Benfica no final dos anos 90. Esteve no clube apenas um ano e meio, chegou nos famosos "pacotes" do Alverca e para lá voltou depois de se perceber que não tinha muita qualidade. Jogou 45 jogos de águia ao peito e fez um golo. Já esteve no Porto, andou emprestado ao Farense, Belenenses, onde acabou por ficar 5 anos. Após uma breve passagem pelo Chipre, este ano vai representar o Arouca que subiu para a Liga Orangina.

Antevisão 2ªJornada




Hoje arranca a 2ªjornada da Liga. Depois de assistirmos aos 4 jogos nos playoffs de acesso às competições europeias (2V e 2D) volta o futebol nacional.
Na primeira jornada houveram algumas surpresas, desde logo a derrota do Campeão Nacional em casa frente aos estudantes, tal como a derrota do Sporting na Mata Real (apesar de já ser mais habitual) e a vitória do Setúbal no terreno do "europeu" Marítimo. Apenas acertei 3 palpites.
Neste fim de semana os 2 grandes de Lisboa cruzam-se com os 2 clubes da Madeira, o Porto tem uma recepção aparentemente fácil e o Braga vai ter que suar outra vez.


Académica - Olhanense 1
Jogos: 15
Académica:7
Empates: 3
Olhanense: 5
Golos: 38-29
Reencontro do Jorge Costa com a sua antiga equipa. A Académica moralizada  com a vitória na Luz, joga em casa com a Olhanense na abertura da 2ªjornada.


Setúbal - Braga 2
Jogos: 46
Setúbal:25
Empates: 10
Braga: 11
Golos:97-48
A equipa bracarense continua em grande depois da vitória a meio da semana sobre o Sevilha. A equipa de Manuel Fernandes está bem montada e conseguiu vencer na Madeira. Será que a equipa de Domingos consegue manter esta senda vitoriosa? Não pode pensar no jogo de 3ªFeira com risco de perder aqui pontos.

Nacional - Benfica 2
Jogos: 11
Nacional:3
Empates: 1
Benfica: 7
Golos: 9-18 

Teste difícil para Jesus. O Benfica perdeu 3 jogos consecutivos e precisa urgentemente de arrepiar caminho e voltar às vitórias. Luisão volta aos convocados possivelmente substituindo Sidnei. O novo reforço Salvio ainda não foi chamado.
 
Portimonense - Naval X
Jogos: 0
Portimonense:-
Empates: -
Naval: -
Golos:
Duas equipas derrotadas na 1ªjornada que querem agora pontuar. Aposto num empate no regresso da 1ªLiga ao Algarve

U.Leiria - P.Ferreira X
Jogos: 8
U.Leiria: 4
Empates: 2
P.Ferreira: 2
Golos: 10-8 

O Paços iniciou bem este campeonato, batendo o Sporting, mas nos últimos 5 anos não venceu em Leiria. Aposto num empate.

Sporting - Marítimo 1
Jogos: 30
Sporting: 22
Empates: 6
Marítimo: 2
Golos: 62-17
Começam a aparecer críticas a Paulo Sérgio. Derrota na 1ªjornada e, principalmente a difícil posição em que a leonina está no playoff de acesso à liga europa, deixam o Sporting com pouca margem para errar. O Marítimo também vem de 2 derrotas.

Porto - Beira Mar 1
Jogos: 24
Porto: 18
Empates: 4
Beira Mar: 2
Golos: 60-12
Será complicado aos aveirense aguentarem um Porto forte que está a atravessar uma boa fase. Certamente a estratégia passa por adiar o 1ºgolo, vamos ver se resulta.

Guimarães - Rio Ave 1
Jogos:16
Guimarães: 12
Empates: 3
Rio Ave: 1
Golos: 29-9
A jornada fecha 2ªfeira na cidade berço. No primeiro jogo as dulpas Paulo Sérgio/Djamir e Edgar/Faouzi não chegaram ao golo, penso que o Vitória tem melhores opções e é favorito.



19 Convocados para a Madeira

O Sport Lisboa e Benfica realizou esta manhã o último treino de preparação, antes da partida para a Madeira, onde vai defrontar o Nacional.

Alan Kardec fez treino condicionado, devido à lesão tendinosa na face anterior da coxa esquerda e Roderick Miranda realizou tratamento e trabalho de ginásio, de forma a recuperar de uma mialgia na face posterior da coxa esquerda. Balboa não participou na sessão, por ter estado em tratamento. O extremo tem uma lesão no menisco externo do joelho direito.

O mais recente reforço da equipa, Eduardo Salvio, já integrou o treino às ordens de Jorge Jesus e faz parte da comitiva “encarnada” para se ambientar ao seu novo grupo de trabalho.

Jorge Jesus convocou 19 atletas para este jogo da segunda jornada. Fique a conhecer a lista de convocados: Moreira, Roberto; Fábio Faria, Luisão, Maxi Pereira, Fábio Coentrão, David Luiz, Sidnei; Airton, Ruben Amorim, Javi Garcia, Pablo Aimar, Carlos Martins, Gaitán; Cardozo, Jara, Weldon, Nuno Gomes e Saviola. 

Assistências na 1ªJornada


SL Benfica  - Académica     48.905 (75,24% ocupação)
SC Braga    - Portimonense  13.179 (43,52% ocupação)
Olhanense   - V.Guimarães    5.713 (49,16% ocupação)
Naval       - FC Porto       4.872 (51,44% ocupação)
P. Ferreira - Sporting CP    4.845 (93,68% ocupação)
Marítimo    - V.Setúbal      4.177 (83,54% ocupação)
Beira-Mar   - Leiria         2.324  (7,47% ocupação)
Rio Ave     - Nacional       1.654 (15,38% ocupação)

Média 52,43%

retirado de Claques de Portugal

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Joaquim Fernandes da Silva





Lisboa. 1 de Junho de 1926. Defesa.
Épocas no Benfica: 9 (45/54). 

Jogos: 231. Golos: 1. 
Títulos: 1 (Campeonato Nacional), 4 (Taça de Portugal) e 1 (Taça Latina).
Outros clubes: Torreense e Negage (Angola).



Quatro dias apenas depois da bem sucedida intentona de 28 de Maio de 1926, em Lisboa nascia Joaquim Fernandes, futuro jogador do Benfica, defesa-esquerdo, durante nove temporadas, figurante na história da Taça Latina, mas também na de outros acometimentos. Transição fez dos anos 40 e 50, com mais de duas centenas de participações em despiques de carácter oficial, circunstância que o coloca no primeiro pelotão (39º lugar) dos atletas mais utilizados em cem anos de vida do clube.

Chegou na temporada de 45/46, ano da morte do mítico Cosme Damião, timoneiro da nau benfiquista no começo da viagem, que também havia sido “médio-centro da equipa de honra, treinador, conselheiro e caixa de todos os jogadores que não tinham vintém”, segundo Cândido de Oliveira. Fernandes acabaria por fazer uma época sabática. O que lhe sobrava em vontade, faltava-lhe em experiência. Só realizou um jogo oficial, a contar para a Taça de Portugal, prova também do seu fetichismo, apesar da derrota (2-3) com o Atlético, na Tapadinha. No ano imediato, após começo letárgico do conjunto, garantiu a titularidade, esteve na série ininterrupta de 11 vitórias, mesmo assim insuficiente para chegar ao título, no início da era dos Violinos do Sporting. Participou também na inaudita marca de 13-1, com que o Benfica, por essa altura, assolou a Sanjoanense.

Até ao final da década, Fernandes transformou-se num dos irremovíveis, a mesma chancela de Félix, Jacinto, Francisco Ferreira, Moreira, Arsénio, Julinho e Rogério. Era essa a base do colectivo na pomposa empreitada que propiciou a conquista da Taça Latina. Mais Bastos, José da Costa, Corona, Rosário e Pascoal. Em ano formidável, com o Campeonato também na colecção dos despojos.

De resto, foi a única vez, ao longo do seu predomínio, que a orquestra rubra ousou, melodiosa e vibrantemente, silenciar a enleante homónima leonina. Se o Sporting arquitectou um inédito tetra no Campeonato, o tetra fez também o Benfica, mas na Taça, batendo em sucessivas finais o Atlético (2-1), a Académica (5-1), o Sporting (5-4) e o FC Porto (5-0). De permeio, em 49/50, anulada seria a edição da segunda prova mais importante do calendário da bola. Esfumou-se um possível penta, tanto mais que o cancelamento, ordenado pela FPF, ocorreu na bela temporada de 49/50. É que Portugal esteve a um passo de participar no Mundial do Brasil, face à desistência de alguma nações. O convite, esse, haveria, mais tarde, de ser declinado.

Joaquim Fernandes pendurou as botas em 53/54. De Moçambique, chegavam Costa Pereira, Mário Coluna e Naldo, este o seu presumível substituto. Por pouco tempo, já que Ângelo logo haveria de reclamar a posição, com os ditames que se conhecem. De Fernandes, no Benfica, vingou o preceito da regularidade.



Nome Completo: JOAQUIM FERNANDES Silva
Posição: Defesa Esquerdo
Nacionalidade: Português (Internacional A)

Data de Nascimento: 01-06-1926
Número da Camisola: ?
Pé Preferido: Esquerdo

Épocas completas no Benfica: 9
Total de Jogos pelo Benfica: 228
Total de Golos pelo Benfica: 1

Títulos pelo Benfica: 1 Taça Latina (1949/1950)
1 Campeonato Nacional (1949/1950)
4 Taças de Portugal (1948/1949; 1950/1951; 1951/1952; 1952/1953)


1945/1946
Jogos: 1

Golos: 0


1946/1947
Jogos: 21
Golos: 0


1947/1948
Jogos: 28
Golos: 0


1948/1949
Jogos: 30
Golos: 0


1949/1950
Jogos: 29
Golos: 0


1950/1951
Jogos: 31
Golos: 0


1951/1952
Jogos: 30

Golos: 0
1952/1953
Jogos:
32
Golos: 0


1953/1954
Jogos: 26
Golos: 1 (1 na Liga)