segunda-feira, 31 de maio de 2010

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Tentam retirar o mérito, mas não conseguem


Valeu de tudo para tentar descredibilizar o título conquistado pelo Benfica. Já assim havia sido em 2005, com a famosa mão de Luisão que desviou a bola para a baliza, mão essa que foi depois substituída por uma falta sobre o guarda-redes. Em 2010 temos a palavra "túnel" associada ao nome de Ricardo Costa e aos regulamentos que o Porto aprovou e que acabaram por matar o dragão. Mas diz o ditado, "os cães ladram e a caravana passa". Por isso, nada melhor que a estatística para demonstrar a superioridade avassaladora do Benfica esta época em relação a todos os outros campeões da década. Ora vejam:

Melhor média de pontos:2009/2010 - Benfica - 2,53
2008/2009 - Porto - 2,33
2007/2008 - Porto - 2,30
2006/2007 - Porto - 2,30
2005/2006 - Porto - 2,32
2004/2005 - Benfica - 1,91
2003/2004 - Porto - 2,41
2002/2003 - Porto - 2,52
2001/2002 - Sporting - 2,21
2000/2001 - Boavista - 2,26

Melhor média de golos marcados:
2009/2010 - Benfica - 2,6
2008/2009 - Porto - 2,03
2007/2008 - Porto - 2,00
2006/2007 - Porto - 2,17
2005/2006 - Porto - 1,59
2004/2005 - Benfica - 1,50
2003/2004 - Porto - 1,85
2002/2003 - Porto - 2,15
2001/2002 - Sporting - 2,18
2000/2001 - Boavista - 1,85

Melhor média de golos sofridos:
2009/2010 - Benfica - 0,67
2008/2009 - Porto - 0,6
2007/2008 - Porto - 0,43
2006/2007 - Porto - 0,67
2005/2006 - Porto - 0,38
2004/2005 - Benfica - 0,91
2003/2004 - Porto - 0,56
2002/2003 - Porto - 0,76
2001/2002 - Sporting - 0,74
2000/2001 - Boavista - 0,65


Torneio do Guadiana


Torneio Guadiana
Participantes: Benfica, Aston Villa, Feyenoord, Walsall
Dias: 30 Julho - 1 Agosto

quinta-feira, 27 de maio de 2010

quarta-feira, 26 de maio de 2010

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Mário Esteves Coluna

Lourenço Marques. Moçambique. 6 de Agosto de 1935. Médio e avançado.
Épocas no Benfica: 16 (54/70). Jogos: 525. Golos: 126. 
Títulos: 10 (Campeonato Nacional), 7 (Taça de Portugal) e 2 (Taça dos Campeões).
Outros clubes: João Abisini, Desportivo de Lourenço Marques, Olympique de Lyon e Estrela de Portalegre. Internacionalizações: 57. 

No arco-íris do futebol nacional, naquela primeira metade da década de 50, o verde era a tonalidade dominante. Vivia-se o tempo hegemónico dos Cinco Violinos (Jesus Correia, Travaços, Peyroteo, Vasques e Albano), que garantiram para o Sporting o primeiro tetracampeonato da história. No Benfica, com saudade, recordava-se o titulo de 49/50 e a vitória na Taça Latina, o primeiro grande feito do futebol lusitano.


 
Nessa altura, em Lourenço Marque, no bairro do Alto Mahé, onde também cresceram Matateu, Vicente e Hilário, um adolescente começava a emergir nas lides de cariz desportivo. Mário Esteves Coluna, assim crismado foi. Filho de um português da Beira Baixa, aventureiro por terras africanas, que com uma negra de nome Lúcia casaria na capital da antiga África Oriental Portuguesa. O jovem Mário era um predestinado para a cultura física. Decerto, a destreza provinha-lhe da experiência acumulada a subir árvores, ainda petiz, na procura saborosa de mangas ou de caju. “Um dia cais, partes uma perna e vais parar ao hospital”, asseverava José Maria Esteves Coluna, o progenitor, que havia fundado e defendido as redes do Desportivo de Lourenço Marques, filial do Benfica.

Certo é que umas luvas de lutador, pertença de um amigo, fizeram as delicias do jovem Mário. Ainda na puberdade, experimentou o boxe, em combates pouco ortodoxos, sem regras coerentes, circunstância que bem poderá ter concorrido para o espírito combativo, matriz de toda uma vida. Por influência da trapeira, esse encanto dos pobres imberbes, foi Coluna jogar para a equipa João Albasini, albergue de muitos futebolistas de origem laurentina. Basquetebol praticou também, ainda que não tivesse passado da equipa de reservas do Desportivo. Mas foi no atletismo que Mário Coluna obteve, por essa altura, um notável registo. Para assombro de todos, estabeleceu recorde moçambicano de salto em altura, nuns muito estimáveis 1,825 metros, meio centímetro acima, pasme-se!, da marca com que Espírito Santo, outra grande figura do universo benfiquista, tinha destronado Pascoal de Almeida, na lista dos recordistas nacionais.


Ainda que a sua obsessão fosse profissionalizar-se como mecânico do automóveis, atentamente ouviu o conselhos de Severiano Correia, que nele encontrou talento suficiente para bonita carreira fazer no futebol.  É nessa altura que troca o Ferroviário pelo Desportivo, num apelo benfiquista que cedo, bem cedo, lhe havia provocado o imaginário.

Aos 17 anos, começou a jogar na equipa de honra da filial do Benfica. Todos os meses embolsava 500 escudos que, às escondidas dos pai, gastava em prazeres diversos. Nessa altura, o FC Porto ofereceu-lhe 90 contos, por um contrato de três temporadas. Reagiu o Sporting, sabedor da recusa de ingressar no grémio das Antas, adiantando a proposta de uma centena de contos, por contrato de três temporadas. A mesma oferta fez o Benfica. Respondeu com o coração, aquiesceu, de águia ao peito ficaria. Pouco tempo antes, já pontificava no Desportivo, coqueluche era, não jogou na África do Sul, que a tanto apartheid obrigava, mas vingou a derrota da sua equipa (2-1), em Lourenço Marques, num arrebatador 7-0, dia em que todos os golos marcou, como quem serve fria e até cruel vingança. Mandela, se é que soube, terá estrugido palmas. “Aterrei em Lisboa, após uma viagem que durou 34 horas. Dei a volta ao Mundo!”. Mas valeu a pena o esforço. De Moçambique, com destino ao Benfica, haviam já chegado, mas de barco, dias antes, Costa Pereira e Naldo. Era um tridente das paragens coloniais, resolutamente apostado, naquela época de 54/55, em devolver o Benfica à ribalta do futebol nacional.


Para além dos seus dois companheiros, Mário Coluna passou a trabalhar, no dia-a-dia, com Jacinto, Artur Santos, José Águas, Fernando Caiado, Francisco Calado, Ângelo, Palmeiro e Arsénio, entre outros. Ficou no Lar do Jogador, criação recente da direcção encarnada. “Mal cheguei, logo me quis ir embora. Vinha como craque, mas Otto Glória não contava comigo, não era titular. Para além disso, quiseram enganar-me no contrato. Meu pai sugeriu-me que voltasse, fiz as malas e só não regressei porque o mordomo do lar tinha ordem para me barrar a saída”.

Só que a bonança não tardou. E que bem ficou no Benfica! O brasileiro Otto apercebendo-se da incoexistência de Águas e Coluna, dois avançados-centro, transformou o moçambicano em centrocampista. Aposta ganha. De Otto, visionário. De Coluna, diletante. Do Benfica, revigorado.

Em Lisboa, o futuro Monstro Sagrado estreou-se frente ao FC Porto, na festa de Rogério e Feliciano. Mas foi com o Vitória de Setúbal, no pontapé de saída do Nacional de 54/55, que Mário Coluna, no palco do Jamor, marcou dois golos, no seu primeiro jogo oficial, para um robusto triunfo com chapa 5. “Deixou impressão lisonjeira. Habilidade, bons toques de bola, remate forte e fácil, e espírito de sacrifício. Um senão, somente: sua inevitável ingenuidade, leva-o a denunciar o passe provocando a intercepção ou o desarme”. Assim radiografou Vítor Santos o inaugural de 525 jogos com traje vermelho. “Nunca mais me esquecerei dessa época. Foi a minha primeira temporada pelo Benfica e ganhei tudo o que disputei (Campeonato e Taça de Portugal), sem esquecer que tive a honra de ser um dos jogadores que estrearam o Estádio da Luz”. E para a posteridade ficaria o registo de 17 golos apontados, o melhor em 16 anos quase sempre preenchidos por delicias garridas.

Mário Coluna deixou uma marca indelével no Benfica. Não fosse Eusébio, a quem carinhosamente trata por “afilhado”, por carinho e de facto, e talvez estivéssemos na presença do mais carismático jogador da centenária história encarnada. Capitão foi, naturalmente, de 63 a 70. Naquele jeito inconfundível de líder. Com voz baixa, mas ar severo. Granjeou respeito. Fez unanimidade.

Cinco finais europeias disputou. Nas duas primeiras, o Didi de Portugal, como era conhecido por terras de Vera Cruz, venceu e marcou golos, repositório afinal do seu dom de finalizador. E aquela terceira final, de má memória, frente ao Inter, tocado de forma vil por Trapattoni? Amputada ficou a equipa do seu maestro, interditas eram à época as substituições. Nesse dia, com estoicismo, aguentou até ao derradeiro e pesaroso silvo do árbitro, pouco mais fazendo que figura de corpo presente. Assim são os bravos, os campeões.


No Mundial de Inglaterra, capitaneou a turma das quinas. Eusébio esteve galvanizante, José Augusto, Torres e Simões deslumbraram. Ao lado de Jaime Graça, futuro reforço benfiquista, Mário Coluna pautou a intermediária, organizou o jogo. Com imponência. A ele se ficou a dever grossa fatia do sucesso das cores nacionais.

Dez vezes lhe foi colocada a faixa de campeão nacional, sempre ao serviço do seu Benfica. E mais sete Taças de Portugal ergueu. E internacional foi, ininterruptamente, durante 35 partidas, entre Dezembro de 1957 e Junho de 1965m fixando um recorde, só recentemente superado por Pauleta. E mais, muitas mais honrarias, com destaque para a presença na selecção dos Resto do Mundo, em Espanha, no Chamartin, ao lado de Rivera, Hamrin, Mazzola, Corso e Burgnich, na homenagem ao grande Ricardo Zamora. Helenio Herrera, o treinador, deu-lhe a braçadeira de capitão. Durante hora e meia capitaneou o mundo do futebol. Sempre humilde, imagem de marca jamais contestada.



A meio da época de 69/70, temporada fatídica para o Benfica, Otto Glória foi substituído por José Augusto no comando técnico da equipa principal. Para o antigo extremo, a hora era de renovação, de nada valendo que o magistral técnico Stefan Kovacs, nesse mesmo ano, tivesse dito que “o Benfica sem Coluna não é igual”. Ferido, despediu-se, não sem antes deixar um remoque a José Augusto, assim se traduz esse “acabei no Benfica quando era o melhor da defesa; sempre fui um jogador invejado”. O tempo passou e a ferida cicatrizou, o Benfica ganhou.

A 8 de Dezembro de 1970, o Monstro Sagrado recebeu os favores da plateia vermelha na festa do adeus. Com Cruijff, Djazic, Luís Suarez, Bobby Moore, Seeler, Hurst. Justo tributo ao grande capitão. À malvas mandou convites do FC Porto e do Belenenses, que em Portugal a paixão era rubra. Rumaria a França para jogar no Lyon. Terminou a carreira, um ano mais tarde, no modesto Estrela de Portalegre, na qualidade de jogador-treinador.

Cidadão exemplar, atento ao mundo, não resistiu ao apelo de Moçambique. Deputado foi da FRELIMO. Presidente da Federação de Futebol é ainda…

sábado, 22 de maio de 2010

sexta-feira, 21 de maio de 2010

quinta-feira, 20 de maio de 2010

quarta-feira, 19 de maio de 2010

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Benfica 09/10 - Resumo da Temporada


Retirado do blog Memória Gloriosa

Aqui está a surpresa que tinha prometido!

Então é assim...no início desta época, aliás logo na pré-temporada, eu (como muitos) percebi que, como dizia o outro 
"something's in the air", e algo me dizia que esta iria ser uma época memorável.

E por via disso, e aproveitando o trabalho absolutamente fantástico que o 
klik e o allways.slb do SerBenfiquista foram fazendo, disponibilizando o download de todos os jogos do Benfica fui começando a fazer este projecto, que terminei exactamente ontem.

E no que é que consiste este "Benfica 09/10 - Resumo da Temporada"? Basicamente, consiste num filme (dividido em 2 partes) com todos os momentos importantes da temporada. São resumos de todos os jogos para todas as competições utilizando as transmissões em directo dos diversos canais de tv que transmitiram os jogos do Benfica.

Significa que, meus amigos, só têm que fazer isto: baixarem os estores, desligarem telemóveis, dizerem 
"agora não me incomodem", refastelarem-se no sofá e ao longo de 3 horas poderão reviver esta época absolutamente memorável e histórica! Os lances de perigo, os golos, os festejos, as raras tristezas...tudo o que de importante aconteceu, está no ficheiro! Metam isto num DVD e percebem agora o que eu queria dizer com algo que "iriam ver e rever por muitos anos".

Como nota final, reforço os créditos a quem os merece:

Aproveitei o excelente trabalho do Klik e do allways.slb do SerBenfiquista. Sem a excelente iniciativa deles de disponibilizarem os jogos, não sei se teria avançado com este projecto.

A intro do "projecto" é o fantástico video do Guilherme Cabral que coloquei no post anterior. Achei-o tão arrepiante e que caía que nem uma luva, que tinha que o utilizar. Mas todo o crédito é para ele e está lá a assinatura dele para que fique bem claro.

Créditos meus só mesmo na edição dos videos, criação dos resumos e mais uns embelezamentos que darão conta ao ver o ficheiro.

1ª Parte:
2ª Parte:

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Jorge Jesus renova até 2013

COMUNICADO

A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD, em cumprimento do disposto no artigo 248.º do Código dos Valores Mobiliários, vem informar que acabou de formalizar acordo para prolongar o contrato de trabalho desportivo celebrado com o seu treinador Jorge Fernando Pinheiro de Jesus, por mais duas épocas desportivas, ou seja, até 30 de Junho de 2013



Fonte: http://web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/FR28587.pdf

Fernando Albino Sousa Chalana

Barreiro. 10 de Fevereiro de 1959. Avançado.
Épocas no Benfica: 12 (75/84 e 87/90). Jogos: 311. Golos: 47. 
Títulos: 6 (Campeonato Nacional), 3 (Taça de Portugal) e 2 (Supertaça).
Outros clubes: Barreirense, Bordéus, Belenenses e Estrela da Amadora. 
Internacionalizações: 27. 
Treinador do Benfica em 2002/2003.



Chalana e a bola. Qual axioma! A suspeita começou pouco tempo depois de abandonar o berço. A confirmação ocorreu por altura daqueles primeiros passos titubeantes. A prova, essa, encontra-se na quase totalidade das fotografias do Fernando nos tempos da infância. Chalana e a bola. Sempre! Herdeiro foi de uma casta notável de futebolistas. No Barreiro. Terra de muita(s) luta(s). Terra de Azevedo, de Carlos Gomes, de Pireza, de Félix, de Moreira, de Vasques, de José Augusto, de Adolfo. De gente grande do oficio da bola. Que marcou décadas gostosas de futebol. No Benfica ou no Sporting. Na defesa de outros emblemas. Um pouco por todo o lado.

Ainda gaiato, Chalana jogava, jogava muito, quase sempre com os mais velhos. Baixo, franzino, fazia futebol inocente, mas nele havia uma maturidade esquisita. É que já inteligia o jogo, deixando os outros, mais forte, mais altos e de mais idade, embasbacados q.b..
O tirocínio fê-lo no Jogos Juvenis do Barreiro. Enquanto suspirava pela CUF, divertiu-se no futebol de salão, alinhando pela equipa de Serpa Pinto. Arrebatou o troféu de melhor marcador, a Taça Joanina. Logo surgiu a cobiça dos Unidos e do Sporting do Lavradio, conquanto o seu segundo amor haveria de falar mais alto. No corta-mato, já pela CUF, venceu a competição de Lisboa para iniciados e, em Coimbra, averbou a quinta posição no Campeonato Nacional.

Correr sim, mas com bola, desse modo cortou a paixão pelo atletismo, bem cerce, não sem antes ter corrido quilómetros e mais quilómetros, num exercício que a vida justeza fez. Bateu à porta do departamento de futebol juvenil da CUF, com 14 anos. Como inepto o trataram. Foi rejeitado. Imperava a lei da cunha. Afinal, o que lhe sobrava em talento, aos pais, operários da actual Quimigal, faltava em influência.

Recepcioná-lo-ia o Barreirense.

Com idade de juvenil actuava já nos juniores. A pinta não dava lugar a equívocos. Logo, Juca o chamou para o seio dos mais velhos. Um puto entre homens feitos, seis jogos, apenas seis, era jogador do Benfica. Para trás ficava, entre outros, o convite do Sporting. Pouco leonino, já que oitocentas notas de mil não comoveram os responsáveis de Alvalade. Teimoso, um tal Sr. Edgar, na Luz, desfazia-se em louvores ao miúdo Fernando Albino. Tal como São Tomé, o treinador Pavic sentou-se, um belo dia, na bancada do campo do Oriental. Chalana não desmereceu. O jugoslavo ficou de olhos arregalados.


A 6 de Março de 1976, o Anfiteatro da Luz como que virou pia baptismal. Lá jogava o Sporting Farense, em partida do Campeonato. Já com os ouvidos entregues aos sábios conselhos do mestre Ângelo, treinador dos juniores encarnados, Chalana escutou as indicações do britânico John Mortimore. Tinha 17 anos e 25 dias. Ao intervalo entrou para o lugar de Toni, anos mais tarde seu técnico, para quem “depois do Eusébio, foi o Chalana o mais espectacular jogador que pelo Benfica vi passar”. A estreia apadrinhada foi também por Bento, Artur, Eurico, Messias, Bastos Lopes, Vítor Martins, Vítor Baptista, Nené, Jordão e Diamantino. Triunfo por 3-0, com golos de Jordão (2) e Nené. Neste mesmo mês no dealbar da Primavera, voltaria Chalana a jogar entre os consagrados, de novo na Luz, ante o Sporting de Braga que regressou ao Minho, vergado ao peso de uma derrota, por 7-1. Campeão menino se fez essa temporada. De juniores e de seniores. Despontava o Pequeno Genial da prosa escorreita de José Neves de Sousa.

No ano seguinte, inconcebível era um Benfica sem Chalana. Fez quase o pleno de jogos. O primeiro falhou. Foi o da derrota, em Alvalade, por 3-0, na abertura do pano do Nacional de 76/77. Pedagógico, dir-se-ia, o insucesso. É que depois, deu Chalana, muito Chalana, sempre Chalana. De resto, segundo melhor marcador viria a cotar-se, logo depois do eterno Nené, começando a virar hábito o tangencial 1-0 do Benfica, com ponto por ele assinalado. Foi assim na Antas, em Coimbra, na Póvoa de Varzim… E o Benfica de novo campeão se fez.

O futebol cristalino de Chalana cedo o levou também à Selecção. Ainda não tinha atingido a maioridade, que não a futebolística, já o então seleccionador, José Maria Pedroto, com ele contava para as empresas do combinado nacional. Perante a Dinamarca, com vitória difícil, por 1-0, Chalana rubricou trabalho preeminente. “Chalana é um jogador “super-sénior”, que tem a visão ou a presciência de um futebol de cem metros, quer dizer, de um futebol do campo todo, que só se faz se cada um e todos os jogadores de uma equipa têm nos olhos os quatro vértices de terreno onde o jogo se pratica e são capazes de meter a bola em todos os pontos desse rectângulo”, escreveu, por essa altura, mais coisa menos coisa, o jornalista Vítor Santos.
 
 O rapaz do Barreiro continuou a encantar. É verdade que, de 78 a 81, o Benfica jejuou. Foram os anos brasa da luta Norte/Sul, com o FC Porto a impor-se, por uma unha negra, em 77/78 e 78/79. Da primeira vez, o insólito aconteceu, invicto terminou a prova o Benfica, só que o goal average madrasto foi. Da segunda, um só ponto separou na pauta as duas equipas. Já no ano imediato, o Sporting conquistaria o ceptro, após a menos luzidia campanha benfiquista. Mesmo assim, Chalana fazia as despesas da alegria. Era, por essa altura, o melhor jogador português, como deixava entender Mário Wilson: “Ele é futebol da cabeça aos pés. Sim, ele é todo futebol. É senhor de intuição extraordinária para jogar à bola. Numa equipa com Chalana é simples resolver qualquer problema, porque ele é um rapaz cheio de futebol. Um rapaz capaz de solucionar qualquer problema. Além disso, não se envaidece. Por isso, Chalana é um craque”.

O Europeu, de 84, em França, terá sido o palco onde o jogador mas fez refulgir o génio. Apeado dos grandes certames internacionais, desde a odisseia de 66, numa fase sabática que provocou descontentamento, eis Portugal de novo entre os grandes, pela primeira vez na fase final de um Campeonato da Europa. Nessa altura, bipartia-se a liderança do nosso futebol. Por isso, Benfica e FC Porto cederam o grosso do contingente que arraiais assentou em terras gaulesas.

Os empates com a Alemanha e a Espanha, mais o triunfo sobre a Roménia, guindaram os herdeiros dos Magriços às meias-finais da competição. Infantes os rotularam, sendo que infante maior Chalana haveria de ser. Produziu lances ornados de fantasia, com técnica superior, de bela plástica. Estatura meã, cabelos ao vento, barba farta, espírito guerreiro, concitava todas as atenções, qual Astérix na Gália. Da poção mágica não rezam as crónicas, antes do futebol enleante, provocador, eficaz.
 

Inesquecível esse despique com a França, pais organizador e campeão da prova. A poucos minutos do fim, o adversário parecia agonizar, perante a vantagem portuguesa, já em pleno prolongamento, graças às cirúrgicas assistências de Chalana ao felino Jordão, goleador de serviço. Só que Portugal sucumbiu nos derradeiros instantes. Chalana e seus pares derramaram…lágrimas de Portugal.

No começo da época subsequente, partiu para França, de novo, milionário contrato havia assinado pelo Bordéus. Uma aventura que não resultou. Lesionado gravemente, rescindiu o vinculo, perdeu muito dinheiro, ao Benfica regressou, corria o ano de 87, após calvário que se não deseja ao mais refinado inimigo.

Nem gozou a final da Taça dos Campeões, essa mesma época, frente ao PSV. Estava magoado. Era a sua sina. Dois anos volvidos, viajou com a equipa para Viena. Ficou fora da lista de convocados, já na erosão da carreira, por cruel veredicto de Eriksson. Era a segunda impossibilidade prática de vingar a derrota com o Anderlecht, na única final europeia em que interveio. Haveria de gozar, isso sim, um triunfo, mais de uma década adiante, no também único jogo que orientou na condição de treinador principal do Benfica.

Estádio da Luz, Lisboa, 30 de Novembro de 2002. Benfica, 3 – Sporting de Braga, 0. Chorou. Porque os campeões também podem ser meninos.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

We are the champions


CAMPEÕES CAMPEÕES NÓS SOMOS CAMPEÕES
CAMPEÕES CAMPEÕES NÓS SOMOS CAMPEÕES
CAMPEÕES CAMPEÕES NÓS SOMOS CAMPEÕES




sábado, 8 de maio de 2010

[Antevisão] Benfica - Rio Ave


Nós Só Queremos o Benfica Campeão!


11 Possível: Quim, Maxi Pereira, Luisão, David Luiz, César Peixoto, Airton, Ruben Amorim, Ramires, Aimar, Saviola, Cardozo

Castigados: Fábio Coentrão, Javi Garcia, Di Maria


Liga Sagres 2008/09
Benfica 1-0 Rio Ave
Liga betandwin 2005/06
Benfica 2-2 Rio Ave
SuperLiga 2004/05
Benfica 3-3 Rio Ave
SuperLiga 2003/04
Benfica 2-0 Rio Ave
Liga Portuguesa 1999/00
Benfica 1-0 Rio Ave

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Campeão recebe troféu logo no domingo






O troféu destinado ao campeonato nacional vai ser entregue mal se saiba quem é o vencedor da liga 2009/2010. Existem dois exemplares: um estará no Estádio da Luz, onde se vai disputar o Benfica-Rio Ave, e o outro no Estádio da Madeira, onde irá decorrer o Nacional-Sp. Braga.
O troféu é composto por cristal e latão banhado a ouro, pesa 10 quilos e tem 80 cm de altura e 28,1 cm de diâmetro.
A taça "tem a forma de um copo de cerveja em cristal, com as quinas que são o símbolo da marca Sagres e também o formato de uma taça, com a bola de futebol na base", segundo explicou Nuno Pinto Magalhães, assessor da Administração da Sociedade Central de Cervejas.


no Record

segunda-feira, 3 de maio de 2010

[OFICIAL] Nicolás Gaitán por 8.4M€

A Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD, em cumprimento do disposto no artigo 248.º do Código dos Valores Mobiliários, vem informar que chegou a um princípio de acordo com o Club Atlético Boca Juniors para a transferência, a título definitivo, da totalidade dos direitos desportivos e económicos do atleta Osvaldo Nicolás Fabián Gaitán por um montante líquido de 8.400.000 € (oito milhões e quatrocentos mil euros).
Mais se informa que a Sport Lisboa e Benfica – Futebol, SAD chegou a um princípio de acordo com o referido atleta para a celebração de um contrato de  trabalho desportivo para vigorar nas próximas 5 (cinco) épocas desportivas.
Em face do exposto, o jogador será submetido a exames médicos, estando a efectivação dos referidos acordos dependentes da realização dos mesmos.


Comunicado CMVM




[Antevisão] Porto - Benfica




Nós só queremos Benfica Campeão!
Este tem que ser "o jogo", tem que ser o jogo que dá um campeonato, este é para o 32º como diz o Jesus: É pra decidir JÁ! 




11 inicial
Quim, Maxi Pereira, Luisão, David Luiz, Fábio Coentrão, Javi Garcia, Ramires, Di Maria, Aimar, Saviola, Cardozo




PS: Tenho que admitir que dá mais gosto ganhar no Dragão. Não percam esta oportunidade.




HISTORIAL
Liga Sagres 2008/09
Porto 1-1 Benfica
Bwin Liga 2007/08
Porto 2-0 Benfica
Bwin Liga 2006/07
Porto 3-2 Benfica
Liga betandwin 2005/06
Porto 0-2 Benfica
SuperLiga 2004/05
Porto 1-1 Benfica

sábado, 1 de maio de 2010

Olegário

Peço-te que amanhã vejas a bola dentro da baliza, ok?