Jonas concedeu uma entrevista à Esporte Interativo em que fez várias revelações acerca da carreira, do passado, presente e futuro.
O avançado do Benfica recordou os tempos em que alinhou em Espanha, no Valência, explicando o motivo que levou à saída do emblema ché e ao ingresso nas águias. Embora se tenha associado a sua saída à entrada de Nuno Espírito Santo, o artilheiro desmentiu essa hipótese.
«Em 2013/14, a direção entendeu que não queria mais contar comigo. Como tinha mais um ano de contrato, fiz um acordo de rescisão e vim para o Benfica. Mas foi uma decisão da direção, não dos técnicos, até porque na altura o Valência ia ter um treinador novo. Estou agradecido de estar aqui hoje», afirmou.

Já depois de chegar à Luz, Jonas admitiu também ter recebido contactos do Barcelona.
«Foi uma ligação que houve do diretor do Barcelona para uma pessoa que me ajudou a ir para o Valência. Foi mais esse contacto telefónico, para saber como era a minha situação aqui, como eu estava, quantos anos tinha de contrato. Porque era um dos jogadores que o Barcelona estava a observar e tal. Mas não passou disso apenas. Ele deixou bem claro que tinha outros jogadores em observação, por isso foi só isso», revelou.
Nessa mesma entrevista, realizada em maio, mas divulgada apenas agora, o avançado falou também da época ao serviço do Benfica, confessando que teve «mais dificuldades» devido aos vários problemas físicos que o assolaram. Ainda assim destacou o «feito único» como a conquista do tetracampeonato e elogiou Rui Vitória.

«É uma pessoa muito inteligente em todos os aspetos, conduz bem o grupo, tem liderança, os trabalhos do dia-a-dia são muito bons porque têm tido muito sucesso, prepara bem os jogos, sabe como jogam os adversários. Cada treino é diferente consoante a equipa que vamos defrontar. Ele é muito inteligente e todos estão felizes com ele. Veio de uma equipa com menor expressão mas já tem ADN de campeão. O clube já tinha e ele passou a ter também», indicou.
Para Jonas, os encarnados têm capacidade para lutar por um título europeu num futuro próximo. De resto, o brasileiro revelou que o clube tem vindo a passar essa mensagem aos jogadores.
«Nos dois anos em que participei, passámos as primeiras fases. Na época passada defrontámos o Bayern, agora nesta fomos eliminados pelo Dortmund. Temos tido dificuldades com as equipas alemãs (risos). Todos os jogadores sonham disputar esta competição. A pouco e pouco penso que vamos crescendo nessa competição, é um objetivo do clube pensar em mais algo nessa competição. Quem sabe nas próximas equipas vamos crescendo e chegar às finais. Temos um grupo competitivo que pode chegar a essas finais, mas não gosto de prometer títulos», sublinhou.

Num tom mais descontraído, o «pistolas» explicou também a barba com que se apresentou no momento em que esteve afastado da competição, enquanto recuperava de lesão.
«Foi uma questão de estilo. A minha mãe não gosta que eu tenha barba. Começaram a associar a barba a uma promessa que eu fiz, mas não foi. Nunca deixei a barba crescer mais de duas semanas, até porque é muito grossa. Até que gostei de a ter. Como foi naquele período das lesões eu fui deixando. Os meus colegas incentivavam-me a deixar, a minha mãe é que não gostava. Foi só mesmo para ver, porque nunca tinha deixado crescer tanto», referiu.

Quanto aos planos para o futuro, Jonas manifestou a intenção de regressar à seleção brasileira a tempo do Mundial 2018 e ainda a vontade de voltar ao Guarani, clube onde despontou para o futebol.
«O meu objetivo é ir ao Mundial 2018 com a seleção brasileira, tenho trabalhado a pensar nisso também. Vou esforçar-me ao máximo para quem sabe chamar a atenção do Tite para voltar à seleção. O Guarani toca muito no meu coração. Gostaria muito de no final da minha carreira voltar lá, de alguma forma, se for a jogar melhor ainda», confessou.


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